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Bacias de formação de ciclones tropicais

04/06/2018 By Samantha Leave a Comment

Figura 1: Bacias de formação de ciclones tropicais. Cada bacia possui uma temporada específica e vamos discutir isso ao longo do post. Cortesia de Wikimedia Commons

Em um post recente em que falo sobre o início da temporada de furacões de 2018 no Golfo do México + Atlântico Norte e no Pacífico Oriental, achei que eu precisava falar um pouco mais sobre temporada de ciclones tropicais.

É importante sempre lembrar que ciclone tropical é o termo técnico. Dependendo da região, podemos nos referir aos ciclones tropicais como tufões ou furacões, porém estamos falando do mesmo fenômeno meteorológico. Saiba mais aqui.

Vejam a imagem que abre essa postagem (Figura 1). Nela, podemos ver 7 regiões com manchas vermelhas indicadas em cada uma delas (em alguns casos, as manchas vermelhas se estendem a duas regiões distintas). Essas manchas vermelhas indicam as áreas que estão sujeitas ao desenvolvimento de ciclones tropicais.

Essa figura na verdade não é nova aqui no blog. Ela aparece no post em que conto um pouco a respeito dos comitês responsáveis pelo monitoramento de ciclones tropicais em todo o mundo e eu volto a repeti-la a seguir (Figura 2) para que possamos fazer as devidas comparações. Observe que a Figura 2 apresenta as mesmas áreas que a a Figura 1, porém por razões estratégicas a fim de melhorar o monitoramento, algumas áreas da Figura 1 foram subdivididas na Figura 2.

Figura 2: Comitês para estudo e monitoramento de ciclones tropicais. São 13 comitês, indicados na figura por suas áreas de atuação. Fonte: Wikimedia Commons / WMO

Cada uma dessas áreas possui diferentes temporadas de ocorrência de ciclones tropicais. É importante deixar isso muito claro, pois eu já mencionei que a temporada de furacões no Golfo do México + Atlântico Norte e no Pacífico Oriental acontece entre junho e novembro e eu não quero transmitir a ideia de que a temporada de ciclones tropicais é igual em todas as regiões do planeta.

Inclusive, estou fazendo posts temáticos com a temporada de furacões de 2018. Basta acompanhar a tag!

Vou falar das temporadas de ciclones tropicais de cada uma das regiões usando a identificação dos números da Figura 1.  Lembrando que quando me refiro a temporada de ciclones tropicais eu me refiro ao período do ano, climatologicamente falando, em que temos maior quantidade de ciclones tropicais.

Para saber o período do ano em que temos mais ciclones tropicais, é necessário monitorar a região ao longo de muitos anos (quanto mais anos, melhor). Assim conseguimos dados estatísticos para determinar em quais meses do ano o fenômeno costuma acontecer.

Áreas 1 (Figura 1)

A temporada de furacões na Área 1 (Figura 1) ocorre de 01 de junho até 30 de novembro. Nesse período, o NHC fica de olhos bem abertos e voltados para essa área. Claro que essas datas são apenas referências (pode começar um pouco antes e/ou terminar um pouco depois). Na temporada de 2018 já tivemos uma tempestade tropical, Alberto, que não chegou a se desenvolver como ciclone tropical. Ou seja, bem no final de maio!

Nas Área 1 e Área 2 (Figura 1), o ciclone tropical é regionalmente chamado de furacão (em inglês, hurricane).

A figura abaixo (Figura 3) mostra um levantamento climatológico da ocorrência de ciclones tropicais e tempestades tropicais na Área 1 (Golfo do México + Atlântico Norte, conforme Figura 1). São dados da NOAA para o período dos últimos 100 anos (leia mais aqui). Observa-se um aumento da atividade no final de maio, com um ápice em setembro e queda da atividade ciclônica no final de novembro.

Figura 3: Dados da NOAA para o período dos últimos 100 anos sobre a ocorrência de furacões e tempestades tropicais (cor vermelha) ou apenas furacões (cor amarela) no Golfo do México + Atlântico Norte (Área 1 conforme indicado na Figura 1).

Áreas 2 (Figura 1)

Já na Área 2 (Figura 1), o monitoramento é algo bem mais recente do que na Área 1 (Figura 1). O monitoramento na Área 2 praticamente começou apenas depois do advento do satélite meteorológico (últimos 30 anos aproximadamente), porém já haviam algumas informações desde a década de 1960. A temporada de furacões na Área 2 começa em 15 de maio e vai até 30 de novembro para o Pacífico Oriental e de 01 de junho até 30 de novembro para o Pacífico Central. Na prática, como vocês podem ver, as datas são bem parecidas. A Área 2 também é monitorada pelo NHC, até porque se estende até o Havaí (na Figura 1, é destacado inclusive Honolulu), que é território norte-americano.

A seguir, vamos discutir um artigo que apresenta a climatologia das áreas destacadas na Figura 1. É o artigo Ramsay (2017) e ele será muito útil para falar da climatologia de todas as áreas.

Área 3 (Figura 1)

A Área 3 (Figura 1) tem como destaque a cidade de Tóquio, capital do Japão. Por lá, ciclone tropical é também chamado de tufão, como um nome regional. Nesse post eu explico o significado do nome tufão. A Área 3 compreende toda a costa da China, Indochina e norte da Indonésia, uma área que é densamente povoada. Os serviços meteorológicos da região monitoram tufões o ano todo e é dito que a temporada dura o ano todo. No entanto, de acordo com Ramsay (2017), para o Pacífico Ocidental (Área 3 da Figura 1), a época em que ocorrem mais furacões é o período de Maio a Novembro (Figura 4, obtida no artigo em questão).

Figura 4 – Figura originária do artigo The Global Climatology of Tropical Cyclone, Ramsay (2017) e que pode ser consultado aqui. A figura apresenta uma climatologia da ocorrência de ciclones em diversas áreas do globo (conforme títulos nos gráficos), para o período de 1985-2014.

Como vocês podem observar na Figura 4, o artigo de Ramsay (2017) apresenta informações de todas as áreas indicadas na Figura 1. Os dados utilizados no artigo tratam-se do (IBTrACS; Knapp, Kruk, Levinson, Diamond, & Neumann, 2010). IBTrACS é a sigla para  International Best Track Archive for Climate Stewardship e trata-se de um conjunto de dados globais de ocorrência, frequência e intensidade de ciclones tropicais coletados de todos os centros meteorológicos internacionais (filiados a WMO ou não).

Bom, então eu peguei a Figura 4 de Ramsay (2017) e adaptei indicando todas as áreas da Figura 1, para que possamos discutir melhor a climatologia das áreas. Dessa maneira, nasceu a Figura 5. Agora podemos falar da Área 4:

 

Figura 5 – Figura originária do artigo The Global Climatology of Tropical Cyclone, Ramsay (2017) e que pode ser consultado aqui. A figura apresenta uma climatologia da ocorrência de ciclones em diversas áreas do globo (conforme títulos nos gráficos), para o período de 1985-2014. Adaptei para indicar todas as áreas marcadas na Figura 1. 

 

Área 4 (Figura 1)

A Área 4 trata-se do norte do Oceano Índico, onde os ciclones tropicais também são chamados de tufões. Comparando com outras regiões (veja Figura 5), poucos ciclones se formam por lá.

A região tem um ciclo sazonal único, já que quando as bacias do Pacífico Norte, Leste do Pacífico Norte e Atlântico Norte estão próximas de seus picos climatológicos em atividade de tempestades entre julho e setembro, a bacia do Oceano Índico Norte (Área 4) não experimenta quase nenhum ciclone tropical. O primeiro pico de atividade na região é entre maio e junho. O segundo pico de atividade na região ocorre entre outubro e novembro.

Área 5 (Figura 1)

A Área 5 trata-se do sul do Oceano Índico, onde os ciclones tropicais também são chamados de tufões. Aqui, a temporada de ciclones tropicais tem pico entre os meses de Janeiro e Fevereiro (veja Figura 5) e aqui é legal  destacarmos algo bem interessante.

Até o momento, quando discutíamos a Área 1, Área 2, Área 3 e Área 4, percebíamos que os picos ocorriam no meio do ano. A partir de agora, quando falarmos das Áreas 5, Área 6 e Área 7 vamos ver que os picos ocorrem no começo do ano (janeiro/fevereiro).

As Área 1, Área 2, Área 3 e Área 4 correspondem ao Hemisfério Norte e o verão nesse hemisfério ocorre no meio do ano, que é quando esse hemisfério recebe mais radiação solar. Dessa maneira, os oceanos nessa parte do globo ficam mais aquecidos e favorecem o desenvolvimento de ciclones tropicais, que dependem da evaporação da água do mar para obter energia. Já a Área 5, Área 6 e Área 7 correspondem ao Hemisfério Sul.

Se observarmos a Figura 5, vamos notar que as escalas referentes ao eixo X (meses) da Área 5, Área 6 e Área 7 estão indicadas de julho a junho. O mesmo para o gráfico referente ao Hemisfério Sul (terceiro na Figura 5).

Área 6 (Figura 1)

A Área 6 trata-se da região australiana (a oeste da Austrália, conforme indicado na Figura 1). Aqui, a temporada de ciclones tropicais tem pico entre os meses de Janeiro e Fevereiro (veja Figura 5), conforme discutimos anteriormente quando falamos da Área 5.

Uma curiosidade é que em algumas regiões da Austrália, ciclones tropicais tem um nome regional bem diferente: willy-willy.

Área 7 (Figura 1)

A Área 6 trata-se da região do sul do Pacífico (conforme indicado na Figura 1). Aqui, a temporada de ciclones tropicais tem pico entre os meses de Janeiro e Fevereiro (veja Figura 5), conforme discutimos anteriormente quando falamos da Área 5.

 

Importante resumo

  • O Hemisfério Norte conta com ciclones tropicais mais intensos do que o Hemisfério Sul (em média, claro)
  • O período da ocorrência de ciclones tropicais no Hemisfério Sul é aproximadamente entre outubro e maio (com pico em janeiro e fevereiro)
  • O período da ocorrência de ciclones tropicais no Hemisfério Sul é aproximadamente entre maio e novembro (com pico em agosto e setembro)
  • As diferenças entre os períodos de ocorrência no Hemisfério Sul e no Hemisfério Norte tem a ver com o aquecimento diferencial da superfície da Terra em decorrência das estações do ano.

Dica para estudantes de Meteorologia e Geografia

O artigo que discuti – Ramsay (2017) – é muito interessante e ao meu ver pode muito bem ser tema de discussão de uma aula de climatologia. Recomendo que todos leiam esse artigo!

Dica de livro

Agora vou falar de um livro em português que é super recomendado para quem está iniciando seus estudos em Meteorologia. Meteorologia: noções básicas conta com um time de autores excelentes (Rita Yuri Ynoue, Michelle S. Reboita, Tércio Ambrizzi, Gyrlene A. M. da Silva), todos professores de cursos de Meteorologia de diversas regiões do Brasil.

Hoje, o jornal em qualquer mídia apresenta e explica a dinâmica meteorológica. Embora façam parte de um sistema complexo, os fenômenos meteorológicos são apresentados nesta obra de forma simples e didática, desde os conceitos básicos de composição e estrutura da atmosfera até a previsão do tempo e do clima e as mudanças climáticas. {x}

Vale muito a pena comprá-lo! Na obra, há material introdutório sobre ciclones tropicais. Um excelente ponto de partida, sem dúvidas. Comprando o livro a partir do meu link, você ajuda na manutenção do Meteorópole, já que eu recebo uma pequena comissão.

 

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Filed Under: Blog, Ciclone, Furacão Tagged With: ciclone tropical, climatologia de furacões, furacão, furacões, temporada de furacões 2018, tufão, tufões

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