No post anterior, vimos como as nuvens se formam. Esse post será uma continuação, e aqui proponho uma nova pergunta: em quais situações as nuvens se formam? Para que haja formação das nuvens, o vapor d’água precisa condensar-se sobre os núcleos de condensação. Para que ocorra condensação, é necessário ocorrer resfriamento. Quando uma parcela de ar quente é forçada a subir na atmosfera, forçamos um resfriamento. Mas há outras formas disso acontecer.
Uma nuvem pode formar-se das seguintes maneiras:

Convecção (Figura 1a)
O que foi explicado no post anterior foi o processo de convecção (figura 1a). Vamos revisar?
O Sol aquece a superfície da Terra (solo, oceano, florestas, asfalto…) que então aquece o ar atmosférico logo acima da superfície. Esse ar aquecido é mais leve e portanto sobe (como um balão de ar quente). O vapor d’água contido nesta parcela de ar que subiu se condensa (passa para o estado líquido) quando encontra alturas com temperaturas mais baixas. Veja a ilustração da Figura 2:

Esse processo de formação de nuvens é o responsável pela formação de intensas nuvens de tempestade, aquelas que ocorrem no final da tarde em algumas regiões do Brasil.

As nuvens de tempestade caracterizam-se por este formato que lembra uma daquelas bigornas de desenhos animados, com topo achatado (figura 3). Esse formato pode ser visto apenas se a nuvem for observada de longe.
O ar pode ser forçado a se levantar de outras maneiras além da convecção, como vimos na figura 1. Veremos outras maneiras nos títulos abaixo.
Levantamento do ar devido a topografia (Figura 1b)
O ar atmosférico pode ser forçado a levantar-se devido a topografia, quando o ar é forçado a subir uma montanha ou cadeia de montanhas. Ao subir a montanha, o ar encontra temperaturas mais baixas e então a nuvem é formada.

É também através do levantamento de ar pela topografia que temos as famosas nuvens lenticulares (possuem formato de lente):

Um exemplo brasileiro sobre a formação de nuvens topográficas (também chamada orográficas) é quando o ar vindo do litoral sobre a Serra do Mar. Em situações assim, temos inclusive a formação de chuva e neblina na Serra do Mar:

Convergência de ar (Figura 1 c)
As nuvens também podem se formar devido a convergência de ar (figura 1c). Convergência de ar significa o encontro de dois fluxos de ar provenientes de direções diferentes.
Próximo ao Equador de nosso planeta, temos a Zona de Convergência Intertropical. Ventos provenientes do Hemisfério Sul e do Hemisfério Norte encontram-se. Ao encontrarem-se, essas massas de ar são forçadas a subir. Quando o ar sobe, já sabemos o que acontece: o vapor d’água condensa e temos a formação de nuvens.

Levantamento de ar ao longo de frentes frias (figura 1d)
E as nuvens também podem formar-se devido ao levantamento de ar que ocorre ao longo de sistemas frontais (Figura 1d). Nas frentes frias, temos o encontro de duas massas de ar de características diferentes (uma é relativamente mais quente e a outra é relativamente mais fria). A massa de ar frio avança sob a massa de ar quente. A massa de ar quente é forçada a levantar e temos assim a formação de nuvens de diferentes formas ao longo de toda a frente fria.

Na figura 8, vemos ilustrações de vários tipos de nuvens, cada um desses tipos identificados por uma sigla: Cb, Ac, Cs, Ci… No próximo post, falaremos sobre a classificação de nuvens e sobre o significado de cada uma dessas siglas.
Bibliografia
AHRENS, C.D.: Meteorology Today 9th Edition
FORSDYKE, A.G.: Previsão do tempo e clima. Coleção prisma. ed. Melhoramentos. l978
–Clouds, Wikipedia, the free encyclopedia
–Intertropical convergence zone, Wikipedia, the free encyclopedia
Tendo em vista, a concluindo de curso de formação de condutores de veiculo, estou produzindo uma aula para conquistar minha permissão no Detran. Assim vislumbrei neste estudo uma uma das formas de direção defensiva para ministrar. Desde já agradeço a colaboração.
Essa convergência intertropical são os ventos alísios ?
Isso mesmo, Lucas 🙂
Obrigada pela visita.