

As duas imagens acima ilustram dois furacões de categoria 5 (que é o maior valor da escala que mede furacões em termos de potencial de danos), que ficaram muito famosos pelos danos materiais e pessoais que ocasionaram. Os dois furacões, juntos, ocasionaram mais de 2000 mortes e cerca de 118 bilhões de dólares em danos materiais.
Coincidentemente, os dois furacões possuem nomes de mulheres: Rita e Katrina. Mas será que é sempre assim? Todo furacão tem necessariamente nome feminino?
O costume de dar nomes a furacões tem pouco mais de 100 anos. Os moradores das ilhas caribenhas costumavam dar aos furacões o nome do santo do dia, de acordo com o calendário da Igreja Católica. Assim, um furacão que ocorresse no dia 15 de maio, seria chamado Furacão Santo Isidoro, pois este é o santo deste dia. Se no ano seguinte um novo furacão ocorreresse na mesma data, chamaria-se Furacão Santo Isidoro II.
No início do século XX, nos EUA, os furacões eram nomeados com a latitude e a longitude (as coordenadas geográficas) do local onde a tempestade se originou. Esses nomes eram muito difíceis de serem lembrados, tornando a comunicação muito difícil e sujeita a erros. Durante a Segunda Guerra Mundial, meteorologistas militares trabalhando no Pacífico começaram a usar nomes femininos para se referir aos furacões, tornando a comunicação mais fácil. Em 1953, este método de nomeação começou a ser adotado pelo Centro Nacional de Furacões (National Hurricane Center, NHC, departamento americano responsável pelo monitoramento e pelos aletas de furacões). Assim, esse método começou a ser utilizado também para os furacões que ocorriam no Oceano Atlântico. Usando nomes para referir-se aos furacões, o NHC teve bastante sucesso em alertar o público sobre a ocorrência desses fenômenos.
No final da década de 70, os meteorologistas passaram a utilizar também nomes masculinos ao se referirem a furacões. Para cada ano, uma lista de 21 nomes, cada um começando por uma diferente letra do alffabeto, era elaborada e organizada em ordem alfabética. As letras Q,U,X,Y e Z não eram utilizadas.
Nessa lista em ordem alfabética, os nomes femininos e masculinos eram alternados. Por exemplo, A=Anthony, B=Barbara, C=Christopher, etc.
Atualmente, a Organização Meteorológica Mundial (WMO, the World Meteorological Organization) mantém as listas de nomes para os furacões do Atlântico. Eles mantém 6 listas, que são reutilizadas a cada 6 anos.

Mais sobre o Furacão Rina.
Furacões como o Rita e o Katrina, que causaram muitos prejuízos e mortes, nunca mais terão seus nomes utilizados para designar furacões. Quando isso ocorre, diz-se que o nome foi aposentado.
Os furacões que ocorrem no Atlântico são mais famosos aqui no Brasil, porque normalmente atingem áreas mais conhecidas pela maioria de nós, como o litoral da Flórida de de outros estados norte-americanos, costa atlântica do México, ilhas do Caribe, etc. Porém, furacões ocorrem também no oceano Pacífico e no Oceano Índico (em alguns lugares, os furacões são até chamados de tufões, como falamos aqui), e os nomes dados a eles seguem regras muito semelhantes as dos furacões do Atlântico.
Sendo assim, a pergunta “Por que furacões tem nomes de mulheres?” não faz sentido, já que atualmente utiliza-se nomes de mulheres ou de homens. Furacões intensos como Rita e Katrina, com nomes de mulheres, foram apenas coincidências recentes.

Fontes:
–Hurricane naming system. Wikipedia, the free encyclopedia.
– WMO, Tropical Ciclone Programme.
– Atlantic Oceanographic and Meteorological Laboratory, NOAA. FAQ.
– How are hurricanes named? Geology.com
– Hurricane Andrew. Wikipedia, the free encyclopedia.
– Hurricane Rita. Wikipedia, the free encyclopedia.
– Hurricane Katrina. Wikipedia, the free encyclopedia.
eu achei o ste.
é muito preucupante esses furacoes e tornados
é muito preucupante esses furacoes e tornados
wow
não gosto disso