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O que é essa letra C???

23/04/2013 By Samantha 1 Comment

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Há alguns dias, a imagem acima tem circulado pelas comunidades de meteorologistas. Quem fez esta montagem foi Lizando Jacóbsen, meteorologista do SIMEPAR, que escreveu as seguintes palavras:

Aí pessoal da arte visual da Rede Globo. Um ciclone extratropical é representado pela letra B, pois é (e sempre será) um sistema de BAIXA pressão mais intenso. Ilustração da previsão é bonita e fantástica, mas didaticamente não está correto.  Termos e símbolos meteorológicos não devem ser ignorados e/ou usados de forma incorreta.

O problema da figura é que não usamos a letra ‘C’ para caracterizar um ciclone. Há uma lista de símbolos sinóticos usados em meteorologia. Os meteorologistas aprendem a representar os fenômenos usando esses símbolos nas chamadas cartas sinóticas:

Nautica222pg27VentosSenhorAguasSinotica
Símbolos sinóticos principais. Fonte: Ilha Sailing.

Um ciclone pode ser representado pela letra B, pois trata-se de um centro de baixa pressão. Não é foi o caso, mas se evoluísse para uma tempestade tropical ou furacão, há simbolos apropriados para isso (veja tabela acima). Já vi algumas cartas representarem o fenômeno da primeira imagem como VC (de ‘Vórtice Ciclônico’).

Eu nunca vi o uso da letra ‘C’ antes. Eu me lembrei de um caso de 2011, do ciclone Arani, que ganhou destaque nas cartas sinóticas (falei sobre ele aqui):

Fenômeno AraniEsse símbolo representa céu completamente obscurecido e faz parte de outro conjunto de símbolos meteorológicos. O meteorologista responsável pela carta sinótica acima foi muito feliz, pois usou um simbolo para chamar a atenção para o fenômeno (ciclones intensos provocam ventos superiores a 80km/h e podem causar  danos em embarcações, pois provocam ondas muito altas). E usou um símbolo correto, para que o fenômeno não fosse confundido com um furacão.

cloudcover

O uso da letra ‘C’ neste caso recente foi motivo de discussão por parte de comunidade meteorológica. Alguns disseram que era bobagem, e que a letra ‘C’ é para facilitar a comunicação com a população, já que ‘C’ = ciclone. Outros prefeririam que fosse utilizada outra terminologia (talvez o mesmo símbolo usado no caso Arani), pois seria correta.

Eu acho que estou em cima do muro. E é uma posição confortável, consigo ver os dois lados :). Na verdade não é bem isso, eu tenho a tendência a me inclinar para um lado do muro. E isso vai ficar bem claro. Eu realmente gostaria de levantar algumas questões:

– A palavra final é sempre (ou quase sempre) do jornalista: eu trabalhei pouco tempo com previsão, em uma empresa privada. Vi várias vezes jornalistas ligando para a empresa em tom indignado, dizendo que não tinham entendido o que havíamos escrevido. O texto é enviado para o jornalista, que pode modificá-lo usando aquilo que julga ser certo.

– Muitos jornalistas sofrem de cientofobia, numerofobia ou o que valha. É incrível, tudo é difícil. Outro dia falei a palavra senóide para uma jornalista e ela pediu pelo amor de Deus para eu parar. É triste, sério mesmo. É um grande problema de alguns profissionais: o preconceito de área. E vou ser justa, o preconceito de áreas acontece também do profissional de exatas para com o profissional de humanas.

– Por que são jornalistas que apresentam a previsão do tempo? Acho isso errado e muito injusto. Se um meteorologista for treinado para se comportar bem diante das câmeras, vai conseguir fazê-lo. Televisão é treino, já dizia o Prof. Augusto Pereira na disciplina de Meteorologia nos Meios de Comunicação. Eu conheço vários meteorologistas que são ótimos comunicadores, como a Josélia Pegorin, Desirée Brandt, Giovanni Dolif, etc.

– Por que tão pouco tempo? Eu tenho a impressão que algumas emissoras, como a Globo, tem investido em mais tempo na previsão do tempo. E cá entre nós, embora a questão da letra ‘C’ tenha ocorrido na Globo, é preciso dizer que a Flávia Freire tem feito um ótimo trabalho. O pessoal de arte da Rede Globo também está de parabéns, porque várias vezes já vi o uso de recursos visuais muito didáticos para explicar fenômenos, como aqui onde ela explica sobre a formação de nevoeiros e aqui onde ela fala sobre o Sandy. No entanto, ainda acho que o tempo é curto. O Brasil é um país muito grande, mais tempo seria necessário para explicar melhor.

– Por que tão poucos telejornais? Nos E.U.A, que são um país com dimensões continentais como o Brasil, há diversos telejornais locais, que focam na previsão do tempo daquela determinada região. Isso com certeza melhora a qualidade da apresentação da previsão do tempo. Além disso, notícias locais ganhariam um destaque melhor. Eu tenho a impressão que as emissoras pequenas (as tais ‘afiliadas’ ) acabam focando muito na programação do Rio-São Paulo (ou outras capitais) e deixam os interesses locais um pouco de lado.

– Por que tratar o público como idiota? Eu sei que um telejornal como o Jornal Nacional fala com pessoas de diversos graus de instrução. No entanto, sinceramente acredito que se você explicar algo com cuidado, usando palavras simples e corretas, você consegue transmitir a informação para todas as pessoas do Brasil. A Flávia Freire faz isso muito bem. Eu não entendo qual  a dificuldade em explicar que um ciclone é um centro de baixa pressão. Poderiam inclusive usar uma animação bonita para explicar isso melhor. As pessoas não são idiotas, elas apenas não tem conhecimento. E podem aprender se isso for introduzido.  Enquanto tratarem a meteorologia como ‘a hora da moça falar sobre o tempo’, ninguém vai levar a sério. Um profissional precisa apresentar, falar sobre o assunto, introduzir o tema para as pessoas. A apresentação da previsão do tempo também é divulgação científica.

Links e bibliografia

– Clique aqui para ver 13 tabelas com símbolos meteorológicos (clique nas setinhas).

– Reportagem do Paraná Online explicando como a previsão do tempo é feita e valorizando nossa profissão.

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Filed Under: Blog, Ciclone, Opinião, Previsão do Tempo Tagged With: ciclone, polêmica, simepar

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Comments

  1. Renan says

    28/04/2013 at 3:02 pm

    Estou de acordo com você, para mim não faz sentido jornalista apresentar a previsão do tempo, isso sem falar que o mérito acaba ficando com quem apresenta. E sobre o pouco tempo que dão à previsão aqui no Brasil, ahhh quem dera se fosse como nos EUA! Lá as pessoas fazem questão de assistir os 10 minutos ou mais de discussão! Dependendo do dia, como quando há um furacão ou uma tempestade de inverno, a previsão dura ainda mais tempo.

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