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You are here: Home / Blog / Clichês sexistas: crianças de 10 anos ainda os reproduzem

Clichês sexistas: crianças de 10 anos ainda os reproduzem

18/06/2013 By Samantha Leave a Comment

Eu detesto clichês, embora eu confesso que eu os use vez ou outra. Há discursos tão recheados de clichês que chegam a ser irritantes.

Os clichês preconceituosos ou sexistas, evidentemente, são ainda piores. “Mulher dirige mal”, “mulher é falsa com as amigas’, “mulher loira é burra”, etc, são exemplos de clichês sexistas.

Quando eles são ditos por pessoas mais velhas, eu relevo. É, fazer o quê. Acho mais difícil consertar adultos. Bom, sempre há a possibilidade de multa ou prisão em casos graves. Mas quando esses clichês são repetidos por crianças, são preocupantes. Um dia desses dei uma palestra a uma turma de alunos de 10-11 anos. Mostrei essa imagem:

Fonte: NOAA
Fonte: NOAA

Esse carro foi erguido pela força do vento associado a um tornado. Sempre brinco com os alunos que esse era de fato um bom motorista (com essas exatas palavras).

E um aluno disse:

– Deve ter sido uma mulher que estacionou esse carro, né?

Dez anos. E disse isso. Ele deve ter ouvido pessoas de sua família falar isso. Conhecidos. Talvez até a professora já disse isso. Ninguém nunca discutiu isso com ele. Porque, afinal de contas, é só uma piada (já diz o clichê). E parece que tem pouca gente disposta a discutir essas coisas. Quando tento discutir esse tipo de situação com alguém, dizem que estou exagerando ou que estou sendo chata. Desculpem, não vou mudar. Quero mudar a situação. Se eu mudar, não posso mudar.

Até quando esse tipo de coisa será tratada como apenas uma piada?

Eu tenho 30 anos, tirei minha carta com muito esforço e dirijo muito pouco. Ouvi piadinhas jocosas e ridículas minha vida toda. Será que eu dirijo pouco (e sou bem insegura quanto a isso) porque ouvi muitas dessas piadinhas ao longo da minha vida? Será que eu não gosto da ideia de dirigir porque ouvi meu pai chamar todo motorista desconhecido que ele considerava ruim de “Dona Maria” ?

Talvez o Brasil esteja perdendo um talento das pistas rs. Exageros a parte, eu realmente não sei se vou dirigir algum dia. Se precisar, acho que farei. Mas pensem comigo: uma criança gorda, que sempre foi desrespeitada por colegas, talvez deixe de desenvolver seus talentos. Talvez deixe de prestar atenção na aula. E talvez vá ficando cada vez mais escondida e acuada, com medo dos colegas. A gente vê isso acontecendo o tempo todo. Chama-se bullying.

Será que não “é só uma piada” que marginaliza negros e homossexuais? Será que não é “só uma piada” que ridiculariza e diminui a auto-estima de pessoas gordas ou magras demais? Será que não é só uma piada que acaba com o dia de um deficiente físico ou mental?

Sinceramente, acho que se pretendemos melhorar o país, se pretendemos melhorar o relacionamento entre as pessoas, nosso discurso precisa ser revisto. Não dá pra levar tudo na brincadeira. Piadas só são engraçadas quando todos os envolvidos riem e ninguém é ridicularizado.

Ando cansada de muitas coisas. Quando vejo crianças mal educadas, pessoas  que não entendem a importância de um protesto, gente que propaga pseudociência, crimes, maldade, falta de amor ao próximo, vejo que há algo muito errado com o mundo. E se você quiser fazer do mundo um lugar melhor, comece com você mesmo (já disse Michael Jackson).

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Terminei minha apresentação e tive que esclarecer mais um mito/clichê: de que furacões tem apenas nomes de mulheres. Expliquei (esse sempre perguntam). No final, algumas meninas vieram falar comigo. Reparei que os olhos delas brilharam durante a apresentação, acho que elas gostam de ciência. Fizeram ótimas perguntas e fizeram alguns comentários. Tomara que ninguém roube o sonho delas. Tomara que continuem dizendo que elas são capazes de ser meteorologistas, engenheiras, astronautas, físicas, etc.

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Filed Under: Blog, Crônicas, Feminismo Tagged With: bullying, furacão, sexismo, tornado

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