• Política de Privacidade
  • Sobre Mim
  • Sobre o Projeto
  • Contato
  • Skip to primary navigation
  • Skip to main content
  • Skip to primary sidebar
  • Skip to footer

Meteorópole

Uma meteorologista além da Meteorologia

  • Início
  • Sobre
    • Sobre o Projeto
    • Sobre Mim
    • Palestras
    • Parceria
    • Anuncie!
  • Experiências
  • Perguntas sobre Meteorologia
    • Envie sua foto meteorológica
    • Faça sua pergunta
  • Contato
  • Show Search
Hide Search
You are here: Home / Blog / O uso do eye candy nas séries de TV: Star Trek

O uso do eye candy nas séries de TV: Star Trek

08/10/2013 By Samantha 8 Comments

As revistas de fofoca brasileiras provavelmente traduziriam o termo eye candy como colírios para os olhos. Ou como beldades.

Quem curte ficção científica, como eu, já deve ter percebido que todos os seriados e filmes do gênero sempre possuem uma mulher extremamente atraente, com roupas apertadas ou decotes, que as vezes tem um papel super passivo na trama? Abordei o tema nesse post, quando falei da maravilhosa Capitã Janeway. Decidi estender um pouco mais e falar do assunto. E esse assunto vai voltar mais vezes no blog, pois mal posso esperar para começar a ler este livro.

Eu tenho em casa algumas histórias do Flash Gordon da década de 50. Dale Arden, namorada de Flash Gordon (que nos quadrinhos originais era um astronauta e não um jogador meio burrinho de futebol americano rs), só o acompanha na viagem espacial como acessório. Ela não faz nada de importante para a trama e há uma situação em que é sequestrada e aparecem desenhos dela amarrada com a blusa desabotoada. Eu tenho os quadrinhos há muito tempo porque gosto do super-herói, mas as imagens de Dale Arden amarrada numa tentativa de exprimir ali um erotismo (a mulher amarrada e indefesa) me incomodam demais.

Desculpem pela péssima qualidade da foto. Eu tirei uma foto de um gibi bem antigo e minha câmera não é lá essas coisas. Na história, rolou uma rebelião na colônia penal onde Flash Gordon e os outros astronautas tiveram que parar para reabastecer a nave (ou algo assim). Dale, é noiva (ou esposa?) de Flash Gordon e ela só está na missão por razões decorativas. Durante a rebelião, ela é feita refém. Essa imagem me incomoda muito porque ela está amarrada e amordaçada, com a blusa aberta. A idéia do erotismo na figura da mulher indefesa.
Desculpem pela péssima qualidade da foto. Eu tirei uma foto de um gibi bem antigo e minha câmera não é lá essas coisas. Na história, rolou uma rebelião na colônia penal onde Flash Gordon e os outros astronautas tiveram que parar para reabastecer a nave (ou algo assim). Dale, é noiva (ou esposa?) de Flash Gordon e ela só está na missão por razões decorativas. Durante a rebelião, ela é feita refém. Essa imagem me incomoda muito porque ela está amarrada e amordaçada, com a blusa aberta. A ideia do erotismo na figura da mulher indefesa.

É bastante claro: Dale só está nos quadrinhos como objeto de decoração. Não sou uma grande leitora de quadrinhos, mas vocês com certeza já repararam que as heroínas usam roupas absurdamente coladas (as tiras de tecido foram coladas diretamente no corpo, só pode) e nada práticas. Você luta contra o mal com a barriga de fora, deixando exposta a parte mais vulnerável do corpo humano? Não faz nenhum sentido prático. Além disso, tem a forma física absurdamente desproporcional e em alguns casos irreal, com cintura super fina, braços atléticos e seios volumosos. Essa ideia claro que influenciou os videogames: lembram da Lara Croft? Eu era fã, mas quando eu jogava, eu ficava indignada: pulando desse jeito de shortinho? Os joelhos devem ficar arrebentados! Sem contar os seios enormes e desproporcionais da personagem. Numa entrevista da época, Angelina Jolie disse que tinha que usar enchimento. E olha que Angelina já apareceu nua em diversos filmes e seus seios eram razoavelmente grandes antes de sua recente cirurgia. É bastante claro que criaram uma personagem para mexer com a libido dos adolescentes.

Mas vamos voltar a TV. Os quadrinhos são anteriores a TV. A TV se popularizou e logo vieram as séries de ficção científica. Star Trek – TOS, apesar de ser uma pioneira alguns pontos (uma personagem negra no núcleo de protagonistas  e a  idéia original é de que a imediata fosse uma mulher), também abusou demais do recurso do eye candy. O próprio uniforme feminino: um vestido absurdamente curto e botas. Ninguém consegue fazer um trabalho de campo em um novo planeta classe M com segurança e mobilidade usando um micro-vestido.

Estou com meu tricorder nesse planeta classe M. Uso meia-calça em meio as rochas. Super apropriado.
Estou com meu tricorder nesse planeta classe M. Uso meia-calça em meio as rochas. Super apropriado. Cabelo e maquiagem, sempre impecáveis!

Além disso, há diversos episódios da série clássica em que surgem mulheres estonteantes em planetas perdidos pela galáxia. Elas usam decotes, roupas curtas, micro-tops e tem aquela eterna cara comum da maioria das mulheres da TV dos anos 50/60: socorro, alguém precisa me salvar.

Oi Kirk, vou te servir, vc é irresistível -sqn
Oi Kirk, vou te servir, vc é irresistível -sqn

A série clássica de Star Trek abusou na quantidade de eye candies. Recentemente encontrei uma lista (certamente feita por nerds rs) com as mulheres mais bonitas da trama. Felizmente, Nichelle Nichols (Uhura) aparece na lista, embora em uma não-merecida vigésima sexta posição.

Vocês vão reparar que nesse post vou basicamente falar de Star Trek. É minha série favorita e exerce grande influência na cultura pop. Diversas outras séries foram inspiradas por Star Trek. No final da década de 90, lançaram Star Trek – TNG. E mais uma vez, um eye candy: Deanna Troi. É uma personagem interessante, uma mulher refinada e inteligente, mas extremamente passiva. Nas primeiras temporadas ela vivia desmaiando ou ficando em situações vulneráveis. Lembro de ficar indignada e dizer:

– Lá vai a Troi ter um passamento de novo.

Ela nem usava o uniforme: usava um macacão super colado ou um vestido, ambas peças com decote. Esse macacão era tão apertado que acabava revelando demais.

Desnecessário esse macacão colado.
Desnecessário esse macacão colado da Deanna Troi.

Tasha Yar, outra pesonagem feminina da série,  interpretada pela lindíssima Denise Crosby (na época ela era mais jovem e segundo meu marido, parecia-se com a Xuxa, rs), também tinha o apelo visual, mas era uma mulher com personalidade forte e questionadora. Ela era a chefe de segurança, uma posição forte e de destaque. Além disso, ela teve que sobreviver em um mundo hostil e anárquico, antes de entrar para a Federação. Seus cabelos são curtos, o que de certo modo já é um indicativo de “menos vaidade”. O cabelo da mulher é símbolo de uma suposta  feminilidade:

Tasha Yar
Tasha Yar

Outra personagem feminina do núcleo principal de Star Trek – TNG é a Dra. Crusher. Ela usa o sobrenome do marido falecido. Mas não acho que isso seja indicativo de “dominação masculina”, neste caso. Ela é uma médica que sempre cura as doenças (por mais absurdas que sejam). Seu único defeito é ser mãe de Wesley Crusher, o Deus ex machina das primeiras temporadas. Dra. Crusher tem o apelo MILF: a mãe bonitona e sedutora.

"Roubei" essa foto do Momentum Saga, num post ótimo que aborda as estruturas familiares na ficção científica.
“Roubei” essa foto do Momentum Saga, num post ótimo que aborda as estruturas familiares na ficção científica.

Depois surge Guinan, a melhor personagem de Star Trek – TNG (ok, empata com o Data). Eu gosto da Guinan porque quem a interpreta é Whoopi Goldberg e isso zera qualquer argumento. Ela é demais! O propósito dela na série não é ser eye candy, até porque a atriz não segue o tal padrão de beleza de nossa sociedade eurocêntrica. Você não sente vontade de dar um chacoalhão nos homens que falam “eh na Ucrânia que tem mulher bonita”?Bom, eu sinto.

Infelizmente, quando as mulheres negras são consideradas bonitas por nossa sociedade eurocêntrica, elas tem a pele mais clara (são claramente uma mistura étnica, como Nichelle Nichols, Zoe Saldana ou Beyonce), traços faciais europeizados e cabelo alisado.

Sinceramente, sempre achei Whoopi linda. Adoro o estilo, os olhos, a pele, os cabelos e principalmente: seu talento. Devo ter visto quase todos os filmes que ela participou. Choro de rir com Deloris Van Cartier e Oda Mae Brown rs.  Sua personagem em Star Trek é uma mulher misteriosa, com um passado que vai sendo aos poucos revelados. Além disso, ela está ali como uma amiga de todos, uma bartender que ouve os problemas de todo mundo e dá sábios conselhos (o que é fácil pra quem tem, sei lá, uns 1000 anos rs).

Ah, uma curiosidade: LeVar Burton, que interpreta Geordi La Forge é amigo da atriz. Ela pediu para que ele falasse com os produtores, pois seu sonho era participar de alguma produção da franquia. Em princípio, os produtores não acreditaram muito em LaForge. Whoopi já era uma atriz renomada e talvez imaginassem que uma série de TV era pouco para uma atriz que já tinha sido indicada ao Oscar. E reza a lenda que Whoopi quis ser atriz inspirada por Nichelle Nichols. Quando criança, Whoopi ficou fascinada ao ver uma mulher negra interpretando uma personagem que ‘não era uma empregada doméstica’. Mesmo que essa história não seja verdadeira, concluímos que: representatividade é tudo.  

Guinan
Guinan

Sendo assim, acho que a única eye candy de verdade de Star Trek – TNG é Deanna Troi. Nas últimas temporadas da série, acho que perceberam que ela era uma personagem com potencial. Ela começou a ganhar mais destaque e passou a ser um pouco mais ativa. Em alguns filmes que acompanharam a série, ela inclusive está de uniforme.

Um ponto muito positivo para a Star Trek – TNG é que os uniformes passaram a ser os mesmos para homens e mulheres, uma espécie de macacão.  Na primeira temporada, Deanna Troi chegou a usar um uniforme versão vestitidinho curto (parecido com o da Nyotta Uhura). Em uma cena que vi por acaso, talvez nas primeiras temporadas mesmo, lembro de ter visto um rapaz, membro da tripulação (figurante), usando um vestitidinho desses. Achei super bacana! Século XXIV, todo mundo pode ser o que quiser. Depois, acho que eles aposentaram o vestidinho.

Vocês acham que fui eu quem tirou esse print? Estão enganadíssimos! Outros nerds, esses seres que vivem confinados eu seus quartos,já tinham percebido isso também!
Vocês acham que eu selecionei esse frame? Estão enganadíssimos! Outros nerds, esses seres que vivem confinados eu seus quartos,já tinham percebido isso também! Aparentemente, a ideia era mostrar que a questão de igualdade de gêneros já era algo óbvio no século XXIV. Leia mais aqui.

Em Star Trek – DS9 não vi tanto a figura do eye candy. O chefe da estação espacial é um homem negro, Benjamin Sisko. Gostei bastante :). A chefe de segurança é uma mulher, Kyra Neris, uma personagem forte e determinada. Outra personagem feminina de destaque é Jadzia Dax. De um modo geral, são mulheres com personalidade forte e elevado senso de resposabilidade e dever. Na minha opinião, em DS9, apesar das atrizes serem bem lindas, essa questão do eye candy está mais superada.  As mulheres são bem menos passivas. Não vou falar muito de DS9 porque o post está gigante e eu quero muito falar mais da Janeway…rs.

Em Star Trek – Voyager, temos algo muito interessante: há uma eye candy muito evidente (7 of  9). No entanto, a capitã da nave (a chefe da coisa toda) é a Kathryn Janeway, uma mulher badass. Há indícios de um relacionamento homoafetivo entre a ex-borg 7 of 9 e a Capitã Janeway. Há momentos, que fica bem claro que ali pode haver mais do que amizade e gratidão.

Capitã Janeway e Seven of Nine
Capitã Janeway e Seven of Nine: há uma aparente tensão romântica entre as personagens.

Bom, daí lá pelos anos 2000 alguém inventou que seria legal fazer uma série narrando acontecimentos anteriores ao nascimento do Capitão Kirk e sua galera. A série chamava-se Enterprise, tinha abertura com música melosa (risos), e passava-se no século XXII. A série não foi muito boa, para dizer a verdade. Eles tinham uma eye candy vulcana. T’pol alimentou os sonhos secretos de muitos nerds solitários. Não vou colocar a foto dela aqui porque detesto a série (mentira parcial, é um guilty pleasure). Eu fiquei foi impressionada com a quantidade de pornografia com montagens feitas com o rosto de Jolene Blalock (atriz que interpretava T’Pol). Fui procurar uma foto em que a personagem aparecia com as costas nuas (eu lembro desse episódio, ela passava pelo pon farr, se não me engano) e achei uma enorme quantidade de pornografia.

Sem querer dissertar sobre pornografia e sei que tem colegas e amigas feministas que são mais flexíveis quanto ao assunto: eu acho terrível! Quase toda pornografia produzida deprecia as mulheres e gera expectativas equivocadas com relação ao sexo. Fico imensamente preocupada ao ver adolescentes muito jovens procurando imagens pornográficas, pois isso gera uma enorme angústia e inadequação com relação aos seus corpos. E nem vou mencionar a pornografia relacionada com a pedofilia e outros crimes. Na minha opinião, a pornografia é um assunto-tabu que deveria ser mais discutidos dentro de casa e dentro da escola. Não há como ignorar que menores (que legalmente não poderiam ver esse tipo de material), são grandes consumidores desse tipo de material.

Apreciar a beleza feminina é algo desprezível? Claro que não. O problema é que é sempre a beleza feminina. Nas séries, os homens não exercem papéis decorativos. Embora escolham alguns atores muito bonitos, eles são ativos, dominantes e audaciosos. A beleza, no caso deles, não é determinante ou necessária. Data e Worf podem nos provar isso:

worf_data2
Gatões

Alías, em Star Trek – TNG há uma mulher klingon, K’Ehleyr. Ela é namorada de Worf. Como os Klingons são bem ameaçadores (são enormes, com esta enrugada e lembram cachorros bravos, como diria Q), alguém decidiy que K’Eleyr deveria ser na verdade uma mulher metade klingon/metade humana. A intenção pra mim foi óbvia: fazê-la parecer mais ‘européia’:

KEhleyr

Outras mulheres klingon que aparecem na série (e que são 100% klingon) tem a aparência menos europeizada. As irmãs Duras, mulheres klingons que também tem um papel importante na série, tem um menor apelo estético. Como ela são vilãs na série, isso não faz muita diferença. Mas ainda assim há uma tentativa em erotizá-las: mulheres klingon são man eaters.

Worf e Data não precisam ser lindos. Mas as mulheres, de modo bastante geral, elas sim precisam ser lindas. Mesmo as atrizes que não tem necessariamente um apelo de eye candy (como as que interpretam Tasha Yar e a Dra. Crusher, por exemplo), são extremamente belas. Elas são competentes e belas. É o que cobram da gente o tempo todo. Certa vez, me entrevistaram para falar do Furacão Sandy. Uma prima minha ficou indignada porque eu não estava MAQUIADA. Qual a necessidade? Eu estava arrumada, penteada. Não estava com uma blusinha muito arrumada (me pegaram de surpresa), mas eu estava apresentável. Será que eu preciso estar toda montada para mostrar minha competência?

Será que além de estudar, ser gentil, arrumar a casa, cuidar do marido, etc, precisamos sempre estar bonitas?

E vejam como é cruel esse conceito de ser bonita. É bem claro que isso significa ser jovem. Estar maquiada. Cabelo com o corte e o jeito da moda (no momento ombré/californianas/não muito liso/ ondulado nas pontas). Roupas caras. O ser bonita significa consumir!

Não podemos ser naturalmente bonitas? Não podemos usar a roupa que nos deixa confortável? É possível estar elegante e confortável, basta redefinir seus conceitos de elegância. Usar maquiagem é legal? Fazer um penteado diferente é legal? Claro que é! Mas é horrível quando vira necessidade. Quando vira necessidade, as pessoas sentem-se obrigadas a consumir. E nós, mulheres, somos as maiores vítimas do consumismo desenfreado.

Conheço uma pessoa que não sai de casa sem maquiagem ou sem fazer as unhas. Ela já cometeu uma terrível descortesia em deixar seus convidados esperando, pois estava no salão fazendo as unhas (e não foi só uma vez!). Isso não pode ser algo normal!

Somos muito mais do que meros objetos decorativos. Não quero ser eye candy de lugar nenhum.

Compartilhe:

  • Clique para enviar por e-mail a um amigo(abre em nova janela)
  • Clique para compartilhar no Facebook(abre em nova janela)
  • Clique para compartilhar no Twitter(abre em nova janela)
  • Clique para compartilhar no Skype(abre em nova janela)
  • Clique para compartilhar no Pocket(abre em nova janela)

Filed Under: Blog, Feminismo, Opinião Tagged With: eyecandy, reflexões, seriados, star trek

Reader Interactions

Comments

  1. Silvio says

    08/10/2013 at 4:50 pm

    Ótimo texto, Samantha! Além da pertinente discussão sobre as eye candies, lembrou-me que preciso retomar as maratonas de Star Trek.

    Mas também lembrei da série Battlestar Galactica: na versão original, de 1978, os poucos papéis femininos eram ocupados por eye candies que não faziam muita diferença na trama. Na série remake, de 2004, muitos personagens principais, antes interpretados apenas por homens, ganharam versões femininas e badasses.

  2. Sybylla says

    08/10/2013 at 4:59 pm

    Que.texto.foda.

    Compartilhando em tudo quanto é lugar!

    Sempre me incomodou essa “política da pouca roupa ou colada” de Star Trek, especialmente por causa da Conselheira Troi. Sempre achei suas roupas tão forçadas, tão obviamente exageradas. Felizmente ela ganhou um pouco mais de importância e relevância e foi propriamente vestida com o uniforme da Frota Estelar nos filmes.

    Nada contra roupas bonitas, elegantes, vestidos e penteados elaborados, ou roupas mais ousadas, mas ela estava trabalhando. Por que tinha que usar algo fora do padrão da frota, que era o uniforme? Vai uma militar andar com a farda amassada pra ver o que acontece? rs

    Infelizmente isso é uma boa amostra da posição que as mulheres tinham nestes enredos e ainda tem por aí, seja na FC, seja na sociedade. Sempre digo que minha série favorita é Voyager e muita gente fala “ain, só porque tem uma mulher como capitão”. É sim, é por isso sim, por ver a determinação de uma mulher em um momento perigoso para sua nave e para sua tripulação e por ver como ela comandou com pulso firme e decisões polêmicas toda a situação. E eu aposto que se fosse um homem, a séria não teria sido tão detonada por fãs fundamentalistas de Star Trek.

    As próprias capas de pulp fictions ajudaram a disseminar essa visão de mulheres em tubos, amarradas, com pouca roupa, indefesas. Bem disse a Feminista Cansada: nunca somos cientistas, guerreiras, espiãs, soldados. Somos sempre adornos.

    Grande abraço! 😀

  3. Samantha says

    08/10/2013 at 5:17 pm

    Oi Sybylla! Você não imagina o quanto fiquei feliz porque você curtiu o texto. Eu adoro seu blog (não é novidade rs), admiro seu trabalho e sou sua fã (não uma fã tipo Anne Wilkes, apenas uma fã rs).
    Bem lembrada a questão dos pulp fictions. Meu pai tinha uma coleção desses livrinhos. As mulheres nas capas sempre estavam com decotes e saias reveladoras, além de uma aparência de fragilidade, sempre a espera de serem salvas por um herói.

    E seus comentários sobre a Voyager, nem preciso falar mais nada! É exatamente o pulso firme e a postura decidida de Janeway que possibilitaram que ela pudesse manter o espírito de união em sua nave. Ela é foda e eu gosto da série porque uma mulher é a capitã! Já disse isso para alguns trekkers (homens) e eles discordaram e claro, teceram inúmeras críticas à série!

    Ah, naquela lista de gostosões faltou Quinn Mallory rsrs.

    Abraços 🙂

  4. Samantha says

    08/10/2013 at 5:19 pm

    Bem lembrado, Silvio!
    Assisti poucos episodios do remake. Preciso assistir tudo, principalmente agora depois do seu comentário. 🙂
    Bjsss

  5. Beto Silva says

    28/10/2013 at 11:43 pm

    Excelente Post, Samantha! To adorando seu blog, que conheci graças a Sybylla! Inclusive a Sybylla no comentário dela falou tudo o que eu pensei em comentar. 🙂 Por isso vou apenas comentar alguns detalhes específicos.
    Por exemplo, a tal história da Whoopi Goldberg ter se inspirado na Nichelle Nichols já foi confirmado pela própria atriz. Nos boxes que relançaram os filmes da série clássica e da Nova Geração, existe uma mesa redonda entre Patrick Stewart, Jonathan Frakes, William Shatner e Leonard Nimoy, mediada pela própria Whoopi, onde ela confirma essa história. Recomendo inclusive essa mesa redonda!
    Outra questão é a do micro-vestidinho do tripulante anônimo que você colocou a imagem aí no post. Essa imagem é da primeira temporada, provavelmente do episódio piloto. Tem muito tempo que não revisito meu box da primeira temporada de TNG, mas acredito que é nele onde Geene Roddenberry afirma que a ideia era justamente a de que no futuro não existiria uma ditadura sexista das roupas. Uma mulher poderia usar calças tanto quanto um homem podia usara saia. Tanto que nas primeiras temporadas da série, o uniforme de gala não passava de uma versão vestido do uniforme normal, sem calças e uma botona estilo xuxa que ia acima dos joelhos, enquanto o vestido ia até abaixo do joelho. Por motivos que nunca descobri mudaram tudo isso a partir da terceira temporada.
    Ainda tem o caso da Deanna Troi. Eu também nunca entendi o porque daquelas roupas que ela usava. Por um tempo acreditava que ela não fosse uma oficial da Frota e por isso usava roupas civis, mas essa ideia foi por água abaixo ao descobrir que ela é sim oficial (com a patente de Tenente-Comandante), tendo cursado a Academia da Frota inclusive. Ou seja, razão nenhuma para não usar o uniforme padrão (que também não era lá essas coisas todas). Lembro de uma vez assistir um episódio com um amigo militar. A reação dele ao descobrir que ela era uma oficial e não usava o uniforme foi a clássica: “Só em filmes mesmo!” Felizmente alguém percebeu isso e no excelente episódio duplo Cadeia de Comando (Chain of Command no original), O Capitão Jellico que substituíra temporariamente Picard, dá uma dura na Troi e bota ela pra usar o uniforme padrão.
    Finalmente tem o caso de Voyager e Enterprise! Adoro as duas séries, por vários motivos, mas vou destacar dois, que são os mesmo pra você, Samantha e Sybylla adorarem Voyager: tem mulheres fortes e decididas como protagonistas! Adoro isso de verdade! Infelizmente, em muito casos os redatores não souberam escrever histórias para valorizarem mais isso. Embora eu adore ambas as séries, elas não estão no meu topo de preferência justamente por causa dos redatores e produtores, que em muitos casos não souberam usar personagens maravilhosas. Adoro a Capitã Janeway, adoro a Sete de Nove, gosto bastante da T’Pol, mas infelizmente a mania irritante dos redatores e produtores de usa-las mais como sexy simbols e menos como personagens interessantes e ricos, me deixavam um gostinho meio amargo.
    Bom é isso! Espero ter conseguido passar as ideias de maneira clara. Como eu disse estou adorando o blog e lendo com muita admiração cada uma das postagens! Grande abraço.

  6. Samantha says

    29/10/2013 at 11:30 am

    Olá Beto!
    Obrigada por suas colocações. Onde assino? Adorei principalmente a parte:

    “Adoro a Capitã Janeway, adoro a Sete de Nove, gosto bastante da T’Pol, mas infelizmente a mania irritante dos redatores e produtores de usa-las mais como sexy simbols e menos como personagens interessantes e ricos, me deixavam um gostinho meio amargo.”

    Lembro-me exatamente do momento em que o Capitão Jelico a obriga a usar o uniforme. Ele não faz nenhum comentário sexista, nem nada. Só demonstra não aceitar que um oficial não use um uniforme. E depois daquele episódio ela passou a usar o uniforme na maior parte do tempo da sexta e sétima temporada, pode reparar. Há ocasiões um pouco informais em que ela ainda usa aquele macacão roxo ridículo (e que denuncia que ela é um indivíduo normal com simetria bilateral, rsrsrs), mas na maioria dos casos usa o mesmo macacão da Dra. Beverly.

    Obrigada mesmo pelo comentário. Adorei receber o comentário de alguém que gosta tanto de Star Trek e vindo de um blog tão legal que é o Momentum Saga.

    Abraços!

  7. Douglas says

    04/08/2018 at 3:59 pm

    Parabéns pelo post!

  8. Samantha says

    06/08/2018 at 2:42 pm

    obrigada!

Comente Cancelar resposta

Primary Sidebar

Minhas redes sociais

  • Twitter
  • Instagram
  • Facebook
  • LinkedIn
  • Pinterest

Publicidade

Gosta do Meteorópole?

Doe pelo PicPay: @samanthaweather

Assinar blog por e-mail

Digite seu endereço de e-mail para assinar este blog e receber notificações de novas publicações por e-mail.

Categorias

Blogroll

  • Aqui só tem História!
  • Das Minucias – Lorena
  • Habeas Mentem
  • Mamãe Plugada
  • Meteorologia Sinótica (Prof. Rita Ynoue)
  • Momentum Saga
  • Monolito Nimbus
  • Outra Cozinha (Carla Soares)
  • Poeira Cósmica (Aline Ribeiro)
  • Tá em promoção! – Blog

Banners de Blogs Bacanas (BBB)



Informações Importantes

  • Política de Privacidade
  • Sobre Mim
  • Sobre o Projeto
  • Contato

FAQ

Qual a diferença entre nevoeiro e neblina?
A única diferença entre nevoeiro e neblina (também chamada de cerração, ruço, névoa, librina o brêtema) é…

Clique para ver resposta completa

Footer

Tags

A "Cientista" Grávida - A Série aquecimento global arte calendário do advento chuva classificação de nuvens clima Curiosidades dicas divulgação científica dúvida do leitor educação ensino eventos feminismo ficção científica filosofia de buteco furacão furacões leitura literatura livros maternidade mudança climática mudanças climáticas natal nuvens opinião palestras previsão do tempo profissão pseudociência publicidade raios reflexões religião seca sobre escrever star trek são paulo tornado tufão vida de mãe vídeo vídeos

Posts Recentes

  • O nome popular das plantas: o caso onze-horas
  • Mais uma ocorrência de cabeça d’água: cuidado nos rios e quedas d’água
  • Brinco de Oxum
  • A ausência do olhar
  • A perda de uma árvore

Meteorópole Copyright © 2021 · Hospedagem Gerenciada Girardi♥Pauly · Log in

#meteoropole no Instagram

No images found!
Try some other hashtag or username
loading Cancelar
Post não foi enviado - verifique os seus endereços de e-mail!
Verificação de e-mail falhou, tente novamente
Desculpe, seu blog não pode compartilhar posts por e-mail.