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Pequenos machistinhas

17/10/2013 By Samantha 3 Comments

Eu tinha dito no meu blog não-oficial (Todash Space) que eu estava pensando em deixar de escrever lá. Explico: fiquei com a sensação que uso o TS como um rascunho de ideias. Muitas vezes falo sobre algo lá e acabo trazendo pra cá de maneira mais elaborada e mais organizada. Sem contar que lá falo de tudo, até sobre maquiagem rs. Bom, não pretendo apagar o TS, até porque há posts daqui com link pra lá.

O nome Todash Space vem d’A Torre Negra, saga escrita por Stephen King com 7 volumes. Li todos eles em cerca de 1 ano (talvez um pouco menos, não lembro direito).O Todash é o espaço entre os mundos (Mundo Médio e Mundo Chave). Ele é escuro e cheio de monstros. Onde ouve-se apenas barulhos de sinos.

Acho que A Torre Negra é minha saga favorita. Eu sou muito apaixonada pelo universo de Narnia, e é por isso que não tenho certeza qual dos universos é o meu favorito rs.

Mas como dizia um professor: vamos voltar para a vaca fria. O tema do post de hoje é Star Trek (de novo, beijos) e  sexismo (de novo 2, beijos). O texto é baseado nesse post do TS.

Há algum tempo atrás, vi um vídeo no Facebook .Aliás, parem de postar vídeos no Facebook! O sistema deles é uma porcaria, ineficiente para essa finalidade. Postem no Youtube. Ou no Vimeo. Grata.

Parece que o vídeo saiu do ar. Mas era um garoto pré-adolescente ensinando a pegar garotas, usando todos os estereótipos machistas possíveis. Esse vídeo me fez lembrar de um episódio da 4° temporada de Star Trek: TNG.

No episódio,  um menino humano é criado por talarians, que são uma raça extremamente bélica. Acontece que esses talarians atacaram a colônia onde o garoto (que chamava-se Jeremiah Rossa) vivia com seus pais. Durante o ataque, seus pais morreram. Ele tinha apenas 4 anos. Um capitão talarian chamado Endar o adotou e o re-batizou como Jono. Na história, Jono é um adolescente de 14 anos. Portanto, ele vive há 10 anos com os talarians.

Sou machistinha.
Sou machistinha.

Durante tanto tempo vivendo entre talarianos, ele tinha esquecido que era humano. Como nunca contaram a verdade, para ele, o rapaz acreditava que era talarian, mesmo sendo fisicamente diferente. Talarianos tem umas proeminências no crânio, no topo da cabeça.

A cultura  talarian é sexista e impõe diversas restrições às mulheres. Basicamente, as mulheres obedecem àquilo que os homens ordenam. Aposto que você conhece bem essa realidade, cara leitora (ou caro leitor).  Ouvimos muitas histórias de mulheres mais velhas, que contam que queriam fazer uma série de coisas, mas o pai/irmão/noivo/marido não permitiam. Talvez sua avó tenha casado-se a contragosto, com um noivo que escolheram para ela. Uma amiga me disse algo chocante certa vez, mas ela tem razão (oi Débora rs): todos nós somos descendentes de um estupro. Sim. Em algum momento, alguma de minhas antepassadas pode ter sofrido abuso. E desse abuso, outro antepassado meu nasceu. Não podemos romantizar e imaginar que somos descendentes de pessoas que se amaram. Infelizmente, no passado, a mulher não tinha nenhum direito sobre seu corpo. Lei aqui essa história sobre Nhá Chica, só para ilustrar o que quero dizer.

Aqui no Brasil as coisas melhoraram muito mas ainda não dá para ser 100% otimista. Há muito o que fazer. Ser mulher não é fácil, corremos riscos reais de violência diariamente, em cidades grandes ou pequenas. Muitos dos agressores, são da própria família ou são conhecidos da vítima. O Brasil pode ser muito melhor nesse ponto, quando comparamos com algumas culturas extremamente patriarcais e teocráticas, mas ainda precisamos avançar muito. O feminismo precisa chegar em todos os rincões, para que a visão caricata da “mulher feminista que queima sutiã e odeia homens” seja abandonada. É uma questão de esclarecimento e luta pelos direitos civis.

Desculpem pelas digressões, mas é impossível não lembrar do mundo atual quando falo em Star Trek. Roddenberry foi genial, incluindo elementos da cultura humana extremamente marcados em culturas alienígenas. A avareza, o machismo, a belicosidade, etc. Enfim, sempre há uma raça que possui um desses traços bem marcados. Como os humanos na franquia são seres totalmente evoluídos (que conseguiram erradicar a fome, a miséria, injustiças, problemas sociais, etc), os humanos normalmente atuam como mediadores. Fica bem claro que o interesse é mostrar que os humanos são a raça  moralmente mais evoluída, quando comparada com as outras que surgem nas diversas séries da franquia.

O menino Jono é criado dentro dessa realidade extremamente sexista dos talarians. Quando  ele vê Worf recebendo ordens da Dr. Beverly,  fica indignado. Worf explica que dentre os humanos, as mulheres podem atingir qualquer posição.

Quando revelam para Jono sua história real (dizem que ele é humano, que seus pais foram portos por talarians e etc), ele não aceita muito bem. Mostram para ele algumas fotos de seus falecidos pais biológicos. Em seguida, falam que sua avó está viva e tem vontade de vê-lo. Sua avó é Almirante da Frota Estelar, o maior cargo dentro possível dentro da frota. Jono só respeitava o Capitão Picard, porque ele é homem e é o líder da Enterprise. Quando ele descobre que sua avó é superior hierárquica de Picard, ele fica passado!

O garoto do vídeo (que ensinava a pegar meninas) e o Jono me fez pensar que eles não são personagens da internet ou de um seriado dos anos 80/90 que eu sou a única a assistir ainda.. rs. Existem vários Joninhos por aí. São meninos de seus 12-14 anos que repetem ideias machistas. Que classificam as meninas em “para ficar” e “para namorar”.  Que acreditam que a moça “não pode ser rodada”. Há vários garotos que ofendem as colegas que se divertem, que gostam de paquerar (eu sou velha, me deixem), que gostam de se divertir, etc. Lembro da quantidade de ofensas que li pela internet, direcionadas à Taylor Swift, dizendo que ela era ‘rodada’ ou qualquer barbaridade do tipo. Ddeixem ela namorar o quanto quiser! Não teve uma polêmica envolvendo um tal colírio da Capricho que escreveu umas groselhadas nesse nível? Então, o autor do colar de pérolas tem apenas 15 anos. Lembram quando contei que meninos de 10 anos reproduzem clichês sexistas? 10 anos!

A pergunta que faço é: o que os pais e as mães desses meninos andam conversando com eles dentro de casa? Certamente, as mães dessas criaturas não conversam com eles sobre machismo. Talvez esses pais ainda tenham uma visão estereotipada do feminismo e não achem que seja um tema que deve ser discutido. Infelizmente, a cultura do “vou levar meu filho no prostíbulo para ver se ele vira homem” ainda é comum em diversos locais. Existem vários homens que ainda pensam assim. É claro que é o tipo de coisa que me deixa muito pessimista, sem vontade de ter filhos. Escrevi um post nessa linha pessimista para o blog da Barbrinha e ele deve ir ao ar na semana que vem.

Talvez ter um filho seja uma experiência boa, que possa levar o pai ou a mãe a evoluir. Claro que não é uma experiência obrigatória para todos os seres humanos (conheço algumas ostras que acham que é obrigatório assim).  Existem inúmeras formas de evoluir e de tentar ser um ser humano melhor. O que eu quero dizer é que ter um filho pode ajudar a aprender novas coisas (para transmitir). Pode ajudar a repensar maneiras de agir e de pensar. Pode desafiar sua paciência e sua tolerância(pode não, desafia com certeza).  Sob esse ponto de vista, ter um filho pode ser uma experiência que vai ajudar em sua evolução pessoal. Só que eu vejo algumas pessoas que tem filhos simplesmente ‘por ter’ (porque os amigos/colegas/primos/família, todos têm). Eu não vejo transformação na vida dessas pessoas, uma vez que elas não conseguem passar certos valores essenciais para os filhos. Isso me deixa bastante pessimista.

Até quando, professoras e outras profissionais terão que ouvir que “estão bravas porque não tem marido”? A criança que fala isso para uma professora já ouviu dentro de casa, eu não tenho muita dúvida com relação a isso.

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Filed Under: Blog, Feminismo, Lifestyle, Opinião Tagged With: star trek

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Comments

  1. Sybylla says

    28/10/2013 at 9:26 pm

    Infelizmente, todos nós nascemos e fomos criados em uma sociedade machista e bebemos de sua fonte várias vezes, até que a ficha caiu e o feminismo nos mostrou a merda do mundo em que vivemos.

    E infelizmente, os meninos e meninas são criados com dois pesos e duas medidas. Meninas são encarregadas de ajudar a mãe em casa, os meninos podem ficar a noite na gandaia. Ninguém senta com o um menino para conversar com ele sobre respeitar o corpo das meninas, de ser justo, não ser ‘pegador’ ou desrespeitar outras pessoas. Mas a nós, meninas, os papos de que ‘estamos virando mocinhas’ sempre vem acompanhado com “não fale alto, não ria alto, não coma muito, não sente de perna aberta, não use roupa curta, justa ou decotada, não tome atitude, não transe na primeira noite, não transe nunca, a menos que esteja casada” etc.etc.etc..

    Nossos pais batem na nossa testa ‘medo, pudor e recato’ desde que nascemos, mas essas palavras não fazem parte do repertório da educação masculina. Se todos fosse criados de modo a respeitar o corpo do outro e o próprio outro, não teríamos esse batalhão de machistinhas retrógrados, que vomitam slut shamming na escola, na balada, na rua, enquanto as meninas continuam bebendo dessa fonte, chamando as amigas de vadias e competindo pra pegar garotos. Se os pais começassem a educar seus filhos de maneira diferente, muita coisa mudaria. E para melhor. 😀

  2. Gabriela França says

    28/10/2013 at 9:59 pm

    Sua reflexão sobre a avó ter se casado a contragosto e/ou passado a vida fazendo o que não queria, me lembra um conto de Bertolt Brecht chamado "Die unwürdige Greisin" ("A velha sem honra", em tradução livre). Se você ainda não o conhece, creio que o achará muito interessante. Nunca vi publicado em português; parece que na internet dá para ler em espanhol e em inglês, caso você não leia em alemão.

  3. Samantha says

    28/10/2013 at 10:28 pm

    Poxa, obrigada pela dica!
    Vou procurar

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