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You are here: Home / Blog / Quando uma brincadeira foge do controle – a ‘notícia’ de um furacão no Brasil

Quando uma brincadeira foge do controle – a ‘notícia’ de um furacão no Brasil

28/11/2013 By Samantha 6 Comments

Nós últimos meses, têm surgido diversos sites de humor que tem o mesmo ponto em comum: inventam uma notícia falsa e esperam que essa notícia viralize.

Os sites tem nomes interessantes (e até divertidos) como “jornal vdd” ou “erre 7”. Muitas das notícias divulgadas nesses sites dão claros indícios de que tratam-se de brincadeiras (ou trollagens), pois ilustram exageros (como essa da Angelina Jolie). Como toda boa mentira, usa elementos verdadeiros (a Angelina Jolie tem vários filhos adotivos) e insere nela elementos mentirosos e exagerados.

Só que os portais de notícia de verdade possuem aquela seção de curiosidades e bizarrices, como a seção Planeta Bizarro, do G1. Acontece que algumas das ‘notícias’ do Jornal Vdd são muito parecidas com essas notas jornalísticas curiosas, como por exemplo essa. A foto dessa senhora que possui uma capivara de estimação (cá entre nós, eu invejo rs) circulou em várias seções de curiosidades de diversos sites de notícias. O pessoal do Jornal Vdd pegou a foto e criou uma ‘notícia’ em cima da foto, notícia essa que evidentemente não corresponde à realidade.

Vocês devem estar observando que estou com dificuldades de escrever esse post. Estou tentando usar o termo ‘notícia’ para os textos desses portais de notícias falsas. Assim fica mais fácil entender…rs.

E essa confusão entre ‘notícia’ e notícia, certamente pode criar problemas. E foi o que aconteceu essa semana, quando o Jornal Vdd publicou  essa ‘notícia’. A manchete era ‘Furacão pode atingir o Brasil ainda esta semana, alerta meteorologista’. Pra começar, a imagem que ilustra a tal ‘notícia’ é um tornado, não um furacão!

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Em seguida, repare que a ‘notícia’ menciona um tal IMBRAIM, instituto que nem existe. Menciona também um tal Fraga Mello, meteorologista que também não existe (espero que nenhum colega tenha esse sobrenome rs). Além disso, não há indicação temporal (quando vai ocorrer) e nem espacial (em que lugar da costa ocorreria). Com senso crítico, é possível observar que a ‘notícia’ é uma farsa, uma brincadeira.

Bom, uma brincadeira de mal gosto. Essa notícia viralizou. Muitas pessoas acreditaram. Pânico foi criado e chegaram a ligar para o meu trabalho perguntando se de fato um furacão atingiria o Brasil. Atualmente, a internet é um meio democrático, acessado por diversas pessoas, de diversas origens, escolaridades, etc. Muita gente lê esse tipo de reportagem e não tem senso crítico para definir que trata-se de uma brincadeira. Muita gente lê apenas a manchete, infelizmente! E isso não é novidade, acontece desde a época do jornal tradicional, em papel. Por isso a manchete de uma notícia é uma parte importante: é praticamente o resumo do conteúdo escrito.

Sinceramente, não acho essa brincadeira saudável. Se a notícia ficasse apenas no exagero, como a da Angelina Jolie, até tudo bem. Criar pânico nas outras pessoas não é nada saudável. Eu sou daquelas que acha que piada é boa quando todo mundo ri. Se a piada faz alguém ficar preocupado ou se deprecia alguém, não é uma boa piada. E se for pra depreciar alguém, seja quem está no topo, não aqueles que já são oprimidos.

O Jornal Vdd continuou com sua Síndrome Gentilli-Bastos. Infelizmente, houve um acidente no campo de obras do Itaquerão. Ao que parece, 3 pessoas morreram. Esse triste fato foi noticiado por diversos meios de comunicação. Então o Jornal Vdd noticiou também. Ou seja: algumas pessoas podem ter achado que a notícia era brincadeira!

Percebam a terrível confusão que isso pode gerar em algumas pessoas: elas não sabem quando a notícia é verdadeira ou falsa. A propósito, o Vinícius me fez lembrar de um site muito bom, o e-farsas. O e-farsas dedica-se a checar a veracidade de boatos, correntes por e-mail (e por Facebook), sorteios falsos, dentre outras coisas que circulam por aí. O site existe há vários anos. Em sua última postagem, falaram sobre a farsa do furacão.  O que gosto no e-farsas é que eles explicam a farsa e fazem uma análise, tentando discutir por que aquela farsa foi criada e porque tanta gente acreditou nela. Os pontos levantados por eles foram:

O texto possui algumas das muitas características que denunciam um bom boato eletrônico e que já mostramos aqui no E-farsas:

-Não é datado
-Cita nomes de instituições (que existem ou não)
-Cita nomes de pessoas com cargos importantes (que existem ou não)
-Trata de um assunto que chame a atenção de muita gente

 

Leiam a matéria do e-farsas sobre o assunto, pois está bastante completa. Inclusive destaca as declarações oficiais do EPAGRI e da meteorologista da Climatempo, Josélia Pegorin. Parece que eu não fui a única a receber ligações de pessoas alarmadas com a possível ocorrência de um furacão.

E voltando a falar sobre essa questão da manchete: essa semana, um de meus contatos no Facebook compartilhou uma notícia cuja manchete era:

Fim do 13° Salário é aprovado pelo Deputado Tiririca.

Quando a notícia era compartilhada no Facebook, aparecia assim:
Screenshot

O link da notícia era esse. Só que infelizmente poucas pessoas clicaram na notícia para ler o conteúdo. Elas ficaram satisfeitas com a manchete, tão satisfeita que vociferaram indignações:

Screenshot-1

Se tivessem clicado na notícia, saberiam que é aqueles sites que criam links falsos para serem compartilhados no Facebook. Eu até fiz um para brincar com minhas primas, criadoras da Botons Dona Val:

Screenshot-2O lindo da foto é meu priminho (ou sobrinho? hehehe) lindo, Daniel Santos. Ele estava ajudando sua irmã nesse dia e tirou uma foto com os botons. Como foi a semana do Rei do Camarote e todo mundo fez todo tipo de paródia com o pobre sujeito, quis fazer uma brincadeira com meu primo :).

Eu adoro humor, mas não gosto quando o humor é usado para assustar ou oprimir outras pessoas. Isso pra mim é lamentável. Uma notícia falsa sobre um furacão não tem graça nenhuma, pois pode espalhar pânico e desespero.

Ok, eu gosto da história da narração de  “A Guerra dos Mundos”, por Orson Welles, confesso. Falei da história aqui, onde também recomendo um documentário muito bom sobre o assunto. Gosto dessa história pela novidade, pela inovação. Não sei se ele imaginava que as pessoas ficariam apavoradas e que diversos acidentes aconteceriam por conta do desespero.

O rádio tinha um papel importante na vida  das famílias na época de Welles. Depois da década de 60 e até a década de 90, eu diria que a TV substituiu o rádio. Talvez depois da década 00, a internet tenha ocupado esse papel. Assim como as pessoas acreditavam em tudo que ouviam no rádio e viam na TV, percebo que há pessoas que acreditam em tudo o que aparece na internet. Acreditam inclusive na autobiografia cor-de-rosa que muitos insistem em compartilhar.

Deixando as análises de lado, não acho correto rir das pessoas quando elas estão apavoradas.

P.S.: Para saber a diferença entre tornados e furacões, clique aqui.

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Filed Under: Blog, Furacão, Notícias, Opinião, Tornado Tagged With: farsas, mitos, notícias falsas, orson welles

Reader Interactions

Comments

  1. Anônimo says

    28/11/2013 at 2:47 pm

    A única coisa que eu vejo são pessoas que não dedicam 2 segundos para verificar/raciocinar.

  2. Samantha Martins Almeida says

    28/11/2013 at 4:44 pm

    Anônimo a internet é um ambiente em que participam pessoas de origens muito diversificadas. Algumas pessoas infelizmente não checam informações e acreditam em tudo o que leem. Quem leu e compartilhou achando que era verdade deveria checar? Deveria. Quem posta certas coisas deveria ter resposabilidade? Também deveria. Mas tenho certeza de uma coisa: com tragédias naturais não se deve brincar. A estação chuvosa está aí e não devemos nos esquecer das terríveis tragédias que ja atingiriam e atingem nosso país nessa época do ano, até março. Não quero imaginar que algum tipo de brincadeira relacionada a este tema surja e confunda as pessoas. Para muitos de nós, talvez furacões e tornados talvez sejam coisas distantes. Mas são fenômenos destrutivos, cuja comunicação correta e responsável pode ajudar a salvar vidas e minimizar perdas.

  3. Hank Lobo says

    28/11/2013 at 1:56 pm

    Excelente texto, gostei mesmo. As críticas foram recebidas e entendidas. 😉

  4. Anônimo says

    28/11/2013 at 5:45 pm

    Samantha Martins Almeida, vou fazer um exercício para que evidenciar o absurdo do seu discurso. Trocarei "notícias" por carros.
    —
    Samantha Martins Almeida a sociedade é um ambiente em que participam pessoas de origens muito diversificadas. Algumas pessoas infelizmente não se preparam apropriadamente e saem dirigindo por aí. Quem dirige de forma imprudente deveria procurar se preparar? Deveria. Quem produz carros deveria ter responsabilidade? Também deveria. Mas tenho certeza de uma coisa: com tragédias não se deve brincar. O carnaval está aí e não devemos nos esquecer das terríveis tragédias que ja atingiriam e atingem nosso país nessa época do ano, até março. Não quero imaginar que algum tipo de irresponsabilidade relacionada a este tema aconteça e atinja as pessoas. Para muitos de nós, talvez motoristas imprudentes sejam coisas distantes. Mas são fenômenos destrutivos, cuja comunicação correta e responsável pode ajudar a salvar vidas e minimizar perdas.
    —

    Lógica:
    1) há pessoas imprudentes dirigindo carros e a responsabilidade por acidentes de trânsito deve-se a elas;
    2) há quem produza carros; e a responsabilidade pelas pessoas imprudentes terem carros é sua;
    3) portanto, quem produz carros compartilha a responsabilidade da imprudência dos motoristas, pois forneceu carros a ela.

    Dessa forma, não consigo concordar que exista responsabilidade de um site, que gera receita para seus administradores se utilizando de humor, pelo seu uso errado.
    A internet como meio de comunicação tem uma diferença crucial das outras mídias:
    a) o usuário tem um universo de opções; diferente da televisão/rádio que dispõe poucas.
    b) qualquer pessoa gera conteúdo na internet; diferente da televisão/rádio que exige-se uma infra muito grande.
    c) na internet não existe concessão do Estado para dizer quem pode e quem não pode; diferente da televisão/rádio onde os grupos estão muito bem fechados.

    Então, não, não acredito que o site possua responsabilidade alguma. E sim, não vejo nada errado em rir de quem vive no piloto automático.

  5. Samantha Martins Almeida says

    28/11/2013 at 5:55 pm

    Anônimo Poxa vida, estou falando de FENÔMENOS NATURAIS e você vem alterar meu discurso, fazendo um paralelo com IMPRUDÊNCIA NO VOLANTE. Meus parabéns, compreendeu tudinho, -sqn.

  6. Anônimo says

    28/11/2013 at 6:52 pm

    Samantha Martins Almeida olhe bem a crítica. Você responsabiliza o site por veicular uma "notícia" falsa sobre FENÔMENOS NATURAIS.

    Não duvidei da importância do assunto fenômenos naturais em momento algum. Ataco a lógica que você colocou no texto, caso você não tenha entendido, a seguir:

    1) há pessoas que não verificam informações e a responsabilidade por acreditarem é sua;
    2) há quem produza "notícias"; e a responsabilidade pelas pessoas as lerem é sua;
    3) portanto, quem produz "notícias" compartilha a responsabilidade da pessoas acreditarem em qualquer coisa; pois forneceu "notícias" a ela.

    Novamente, isso é um absurdo. Não há responsabilidade nenhuma. A responsabilidade é única e exclusivamente de quem acreditou/compartilhou/não verificou.

    Esse tipo de site não é imprensa. Se uma pessoa utiliza um texto escrito em um site qualquer na internet para decidir, o site não compartilha de responsabilidade (vide lógica acima).

    Você agora está apelando para o lado emocional da questão com "Poxa vida, estou falando de FENÔMENOS NATURAIS". Pode ser errado do ponto de vista moral? Há espaço para debate, mas ainda assim não existe responsabilidade.

    Você não gostar que alguém fique desesperado com algo que você escreveu é um problema pessoal seu com sua consciência (e talvez profissional, uma vez que imagino que você trabalhe com isso).

    Não podemos é jogar responsabilidades por usos errados. Quem produz carro não tem responsabilidade por acidentes. Quem constrói prédios não tem responsabilidade por suicídios. Quem produz jogos de computador não tem responsabilidade por viciados.

    O individuo é o único responsável por suas decisões. Único. As pessoas devem sim escolher melhor sua fonte de informações, criticar, raciocinar; não terceirizar a culpa de sua ignorância e/ou falta de interesse.

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