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You are here: Home / Blog / Todo mundo que ama ciência deveria ler Julio Verne – Volta ao mundo em 80 dias

Todo mundo que ama ciência deveria ler Julio Verne – Volta ao mundo em 80 dias

06/11/2013 By Samantha 1 Comment

Simplesmente porque ele é demais. Nessa breve biografia, vocês podem entender o que quero dizer:

Até hoje Júlio Verne é um dos escritores cuja obra foi mais traduzida em toda a história, com traduções em 148 línguas, segundo estatísticas da UNESCO, tendo escrito mais de 100 livros.

Verne escreveu durante a metade do século XIX. Ele imaginou viagens espaciais, viagens de balão, exploração das profundezas do oceano, etc. O escritor simplesmente deixou um enorme legado, sendo inspiração de muitas pessoas até hoje.

Fotografia de Jules Verne, feita por Felix Nadar. A foto foi tirada aproximadamente em 1878. É uma das fotos mais famosas do escritor. Os olhos brilhantes dele não são os olhos de alguém muito criativo?  Fonte: Wikimedia Commons
Fotografia de Jules Verne, feita por Felix Nadar. A foto foi tirada aproximadamente em 1878. É uma das fotos mais famosas do escritor. Os olhos brilhantes dele não são os olhos de alguém muito criativo? Fonte: Wikimedia Commons

Muitos trabalhos da ficção científica moderna e até da divulgação científica certamente foram de algum modo inspirados por Julio Verne. Seu trabalho é citado em diversos filmes e livros.  Apenas como exemplo: em De Volta Para o Futuro – III, o Prof. Emmett Brown encontra o seu grande amor, Clara Clayton. Ela é professora e astrônoma. Eu adoro a história de amor entre Doc e Clara, porque é o amor que todo nerd (nerd de verdade…rs) sonha encontrar: alguém que compartilhe os mesmos interesses. Há uns filmes meio tontos em que os nerds se apaixonam pelos ~mais populares do colégio~ e isso não faz sentido algum.

“Clara was one in a million… One in a billion… One in a googolplex… The woman of my dreams, and I’ve lost her for all time.“

– Emmett “Doc” Brown, quando pensou ter perdido Clara pra sempre.

Doc e Clara casam-se e tem dois filhos: Jules e Verne. :). Antes de se casarem, enquanto Doc ainda está no Velho Oeste, os dois falam sobre as coisas que gostam: ciência, astronomia e claro, livros de Júlio Verne. Julio fala também de antropologia e faz observações sobre os costumes de locais diferentes. E olha que ele não necessariamente conhecia os locais que mencionava nos livros: ele pesquisava bastante, conversava com viajantes e usava a imaginação.

Na minha opinião, Doc e Clara formam  um dos casais mais interessantes da ficção! Fonte: IMDB
Na minha opinião, Doc e Clara formam um dos casais mais interessantes da ficção! Fonte: IMDB

O que gosto em Julio Verne é que ele escreve ficção e divulga ciência ao mesmo tempo. Atualmente, isso é muito comum. Carl Sagan fez isso em Contato, por exemplo. Muitos filmes e livros de ficção científica tentam transmitir conceitos científicos de maneira o mais acurada possível (nem sempre é possível, nossa imaginação não obedece as leis da física rs). Além disso, muitos cientistas escrevem trabalhos em que comentam a ciência por trás de alguns filmes/séries. Eu tenho dois livros dessa linha em minha biblioteca (e que são muito bons, principalmente o primeiro que mencionarei): The Physics of Star Trek e A Ciência de Star Wars. Os dois foram escritos por cientistas que discutem os conceitos científicos mencionados nos filmes/séries.

Verne, certamente foi um dos pioneiros em divulgar ciência/cultura usando ficção científica.

Muitos dos livros de Verne apresentam noções de meteorologia, física, matemática, astronomia, náutica, engenharia, etc. Vou dar um exemplo de Volta ao mundo em 80 dias, livro que recentemente li. Além de falar da cultura dos diversos locais por onde Fogg e Passepartout passaram, além de brincar  com as diferenças e com os estereótipos (Fogg é inglês e Passepartout é francês), o livro cita meteorologia, geografia, náutica e física diversas vezes!  Separei  dois momentos em que o barômetro é mencionado:

Mandavam-no para o barômetro, que não se resolvia a subir. Passepartout sacudia o barômetro, mas não acontecia nada, nem com as sacudidelas, nem com as injúrias com que cobria o irresponsável instrumento.

A passagem acima dá-se em um momento que eles estão fazendo uma viagem de navio e uma tempestade está atrasando a viagem. Apenas para situar aqueles que ainda não leram o livro: Fogg fez uma aposta com os membros do clube que ele frequenta. Nessa aposta, ele diz que consegue dar a volta ao mundo em 80 dias. Ora, num tempo em que não existiam viagens de avião, isso é certamente tido como um feito impossível. Passepartout é empregado de Fogg e o acompanha na empreitada. Enquanto Fogg é extremamente impassível e frio (praticamente um vulcano, rs), Passepartout é um desesperado.

Eu fico imaginando um cidadão descabelado (Passepartout), chacoalhando o barômetro, acreditando que ele só poderia estar funcionando mal.  A pressão atmosférica, grandeza medida pelo barômetro, é um indicativo da aproximação de uma tormenta. Qando a pressão está em tendência de queda, significa que uma tormenta se aproxima. Por outro lado, se a pressão tem tendência de aumento, é sinal de que o tempo vai ficar bom, com poucas nuvens. Inclusive nós falamos sobre como construir um barômetro caseiro nesse post.

Encontrei outra passagem de Volta ao Mundo em 80 dias em que o barômetro é mencionado:

Havia no céu indícios de borrasca. Demais, o barômetro anunciava uma mudança próxima de atmosfera; sua marcha diurna estava irregular, e o mercúrio oscilava caprichosamente. Via-se também o mar levantar-se para o sudoeste em longas ondas “que sentiam a tempestade”. Na véspera o sol tinha-se deitado em uma bruma avermelhada, no meio de cintilações fosforescentes do oceano.

Por “marcha diurna” entenda “ciclo diurno”.  A maré barométrica é responsável pelo ciclo típico de um barômetro: dois máximos e dois mínimos. No entanto, a aproximação de uma tempestade pode perturbar esse ciclo. O trecho também indica que o barômetro utilizado era o de mercúrio (instrumento inventado por Torricelli). Para conhecer um pouco mais sobre esse instrumento, leia esse texto da Estação Meteorológica do IAG-USP.

Outra coisa que fica bastante clara nesse último trecho, é a relação entre meteorologia e oceanografia. O vento é um dos responsáveis por gerar ondas. A aproximação de uma grande tempestade deixa o mar agitado. Nesse momento, se não estou enganada, os personagens faziam uma viagem entre Hong Kong e Shangai. Durante a viagem, um tufão  passou sobre aquela região do Oceano Pacífico. Tufão (não é o personagem da novela, rs) é o nome dado aos ciclones tropicais lá na costa da China, Indonésia, Filipinas e outros países daquela região. No Golfo do México, chamam de furacão, mas trata-se do mesmo fenômeno.

Ah sim, e a palavra borrasca, mencionada no trecho, significa tempestade intensa. Esse termo é usado em Portugal e em partes da Região Sul do Brasil.

Vocês entenderam porque todo mundo deve ler Verne? Imaginem na época em que os livros foram publicados pela primeira vez: ele ensinava e divulgava conhecimento, além de entreter.  É sem dúvida  um de meus escritores favoritos.

P.S.: Sabe o que é engraçado? Passepartout significa “serve pra tudo”, “chave mestra” ou “vai pra qualquer lugar”. É o empregado quebra galho, que pode fazer qualquer coisa. É o sonho de todo patrão, praticamente um canivete com 1000 utilidades. Fogg talvez viria de fog (nevoeiro), fenômeno bem típico de Londres? Não sei. Talvez já seja minha mente de meteorologista exagerando, hehehe. Mas faz sentido.

Número de stephenkingzinhos:

stephstephstephstephsteph

[cinco é o limite máximo e é injusto classificar com stephenkingzinhos, o correto seria juliovernezinhos, mas a escala tá mantida rs]

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Filed Under: Blog, Livros, Pressão do ar, Resenhas Tagged With: de volta para o futuro, juilo verne, volta ao mundo em 80 dias

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  1. Júlio Verne | Monolito Nimbus disse:
    29/11/2016 às 1:17 pm

    […] livro era uma forma de conhecer terras longínquas sem sair do lugar. Veja mais na resenha do site Meteorópole, que destaca aspectos de Meteorologia na […]

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