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Mais recente boletim da WMO fala do engajamento dos jovens na Meteorologia

30/04/2014 By Samantha 3 Comments

capa_boletim_WMO

Antes de falar do conteúdo do boletim n°63 da WMO (que pode ser acessado aqui), gostaria de comentar sobre a capa dele. Que maravilhoso ver uma mulher negra em uma posição analítica, uma cientista estudando o mundo, preocupada com os problemas do meio ambiente. Talvez algumas pessoas ainda não tenham saído da própria bolha, mas a representatividade dos negros é muito menor nos meios de comunicação (como exemplo, veja esse vídeo do Jairo para entender o que quero dizer). Além disso, quando aparecem, muitas vezes os negros são representados por estereótipos: a dançarina sensual, o atleta, etc. Ver uma mulher negra retratada como uma cientista é lindo. Parabéns a equipe da WMO responsável pela elaboração da parte gráfica do boletim.

 A capa tem relação com o conteúdo da página 23 desse boletim: como a juventude africana está participando nas discussões políticas sobre as Mudanças Climáticas, é o tema da matéria.

Segundo o boletim, muitos jovens africanos ficaram envolvidos em assuntos relacionados com mudanças climáticas após a criação da iniciativa AYICC (Iniciativa da juventude africana em assuntos sobre o clima – African Youth Initiative on Climate Change). Essa iniciativa foi criada durante a COP-12, da UNFCCC  ( Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança Climátoca – United Nations Framework Convention on Climate Change )que ocorreu em  Nairobi, no Quênia, em 2006. Apesar do evento ter ocorrido há quase 8 anos, desde então a rede de participantes cresceu e ganhou força.  Há cerca de 10000 participantes em 42 países do continente.  A África é um continente com população muito jovem, então engajá-los é mais do que essencial nas discussões sobre mudança climática.

Na reportagem, uma imagem chamou minha atenção. Eu extrai a imagem do pdf, mas ela não ficou muito boa. Felizmente vocês vão conseguir ler o que está escrito na placa segurada por Landry:

laundry_justica-clima

Esse é Landry Ndriko Mayigane. Ele é ruandês e é um dos fundadores da #YACA  (Aliança da Juventude para Ações no Clima – Youth Alliance for Climate Actions), que tem relação com a AYICC.  Ele é líder de movimentos de jovens desde 1998, quando ainda estava no Ensino Médio. Ele possui doutorado em medicina veterinária, mas também estuda mudanças climáticas, saúde pública, conservação da biodiversidade, desenvolvimento rural e empoderamento da juventude.

Em um mundo em que os tomadores de decisão são normalmente (para não dizer 100% do tempo) são homens brancos de meia idade, um movimento que busca o empoderamento da juventude, sobretudo o empoderamento da juventude negra, é muito bom de se ver. Todos buscam a merecida representatividade e merecem ser ouvidos.

Na placa que Landry segura durante um protesto em 2009, na Dinamarca (ocorria uma reunião de negociações da UNFCCC), ele clama por justiça climática. Os maiores afetados pelos efeitos da mudança climática serão os mais pobres. Os ricos tem recursos para mitigar os efeitos, terão possibilidade de mudarem-se, de comprarem alimentos e de obter água. Os pobres serão os mais afetados.

Quando ocorre uma chuva intensa e enchentes ou um deslizamento de terra, os mais afetados são os pobres. As secas intensas também vitimam as pessoas mais pobres. A Justiça Climática é um termo que vem sendo empregado cada vez com maior frequência. Tenho a impressão que começou a aparecer no AR4 (relatório do IPCC de 2007). Em 2012, o Globo Ecologia fez um ótimo programa sobre o assunto.  Recomendo o blog Combate ao Racismo Ambiental que denuncia diversos casos de Racismo Ambiental.

Nas discussões sobre Justiça Ambiental, não deixamos de falar do feminismo. Em muitas comunidades, quando falta água, são as mulheres as responsáveis por trazê-la de locais cada vez mais distantes. São as mulheres as responsáveis por lavar a roupa em locais cada vez mais distantes. De acordo com Úrsula Oswald Spring, médica e antropóloga mexicana, em uma entrevista concedida à Revista Fapesp:

Agência FAPESP – Quais são os grupos humanos mais vulneráveis aos impactos das mudanças climáticas globais? 
Úrsula Oswald Spring – Primeiro, as mulheres e meninas. Em segundo lugar, os grupos indígenas refugiados em comunidades com línguas e culturas diferentes das suas. E em terceiro todas as pessoas que vivem em cidades em pobreza extrema, em zonas de alto risco e de violência, sem apoio governamental, ilegais, sem emprego e expostas às intempéries climáticas. Coincidentemente, esses três grupos humanos também são os mais discriminados. Há um problema de discriminação estrutural e uma combinação catastrófica de fatores socioeconômicos, ambientais e culturais que potencializam as vulnerabilidades desses três grupos humanos aos impactos das mudanças climáticas.

Ao longo da entrevista (leia aqui na íntegra), Úrsula explica que as mulheres constituem na população mais pobre e mais vulnerável. Ainda de acordo com ela:

Mundialmente, elas representam 72% dos pobres extremos e, sem recursos financeiros, é muito difícil enfrentar os impactos dos eventos climáticos extremos. Além disso, as mulheres foram educadas a cuidar dos outros e, por isso, assumimos o papel de “mãe de todos”. Esse processo, que chamo de teoria das representações sociais, também nos torna mais vulneráveis, porque temos o papel de proteger primeiramente os outros, para depois nos preocuparmos conosco. Por trás de tudo isso também persiste há milhares de anos um sistema político excludente, reforçado por todas as crenças religiosas, denominado sistema patriarcal, que preceitua a autoridade de um ser – o homem –, resultando em muita violência, exclusão e discriminação contra as mulheres. O capitalismo, por sua vez, se aproveitou do sistema patriarcal e construiu um sistema vertical, excludente, autoritário e violento, que permitiu que hoje 1,2 mil homens comandem a metade de todo o planeta e que as mulheres tivessem pouco poder de decisão e de veto em questões que lhes afetam diretamente.

Mas voltando ao boletim n°63 da  WMO, ele possui diversos outros tópicos relacionados com o engajamento da juventude. Atividades meteorológicas nas escolas são mencionadas em diversas matérias. Isso porque mês passado tivemos as comemorações do Dia Meteorológico Mundial e o tema proposto pela WMO foi Comprometimento dos Jovens com o Tempo e com o Clima (leia aqui sobre as palestras que assisti).

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Filed Under: Blog, Educação Tagged With: áfrica, ativismo, justiça climática, racismo ambiental

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Comments

  1. Landry Ndriko Mayigane says

    05/05/2014 at 6:15 am

    Thank you Samantha for the article!

  2. Samantha Martins Almeida says

    06/05/2014 at 1:33 pm

    Thank you so much for your visit, I'm really glad you saw this article =). You motivate and inspire people.

  3. Landry Ndriko Mayigane says

    06/05/2014 at 1:38 pm

    Samantha Martins Almeida I am humbled!

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