Nos comentários desse post, o Rodrigo Gammaro fez a seguinte pergunta:
Por que o Rio é mais quente que algumas cidades da Região Nordeste, que também estão no nível do mar?
Antes de responder essa pergunta, preciso lembrar que a temperatura medida por um termômetro não é a mesma coisa que sensação térmica ou índice de calor. É importante esclarecer bem isso.
A temperatura medida por um termômetro é uma grandeza física. Ela mede a energia cinética média das partículas de um sistema em equilíbrio térmico. É mais completo dizer que a atmosfera encontra-se em equilíbrio térmico local, pois os parâmetros variam no espaço e no tempo, mas variam tão devagar que é possível assumir que em um determinado ponto da atmosfera (onde o abrigo de uma estação meteorológica está instalada, por exemplo), o equilíbrio termodinâmico é uma aproximação adequada. Como a medida do termômetro é “instantânea” (o técnico pega o instrumento e mede naquele instante e naquele local), é possível ter o um valor de temperatura, que representa aquele instante e aquele local.
Por outro lado, a sensação de calor é uma medida um pouco mais subjetiva e depende de indivíduo para indivíduo. Por exemplo, tem gente que gosta de calor e não se sente desconfortável em dias muito quentes. Outros ficam incomodados e chegam a apresentar problemas de saúde. A sensação de calor ou sensação térmica leva em conta não somente a temperatura, mas também o vento, a cobertura de nuvens e a umidade do ar. Falei sobre índice de calor nesse post de fevereiro de 2014, quando estava muito quente. E também já falei sobre sensação térmica, que está associada ao frio nesse outro post.
Outro fato que afeta a sensação de calor é a cobertura do solo. Por exemplo, se você estiver caminhando ao meio-dia no centro de São Paulo, sentirá mais calor do que quem estiver no Parque do Ibirapuera na mesma hora.
E não é incomum que os meteorologistas ouçam coisas como:
“Nossa, 28ºC? Parece mais, que calor, vocês estão medindo certo?”
“Nossa, 19ºC? Pensei que estivesse mais frio!”
No primeiro caso, ignore a sabitudisse do comentário rs. Mas a gente ouve isso, com muita frequência. Pode ser um dia úmido e o suor tem dificuldade em secar. Ou o sujeito estava correndo no Ibirapuera pouco antes de fazer essa observação.
No segundo caso, pode ser um dia nublado e garoento. E a sensação, em dias assim, é de mais frio.
Além disso, nos dois casos, depende muito do indivíduo. Até idade do indivíduo influencia. Pelo que observo, pessoas mais idosas são mais intolerantes ao calor e ao frio extremo. Tanto que ocorrem muitos óbitos nas duas situações.
Desse modo, há lugares com temperatura máxima alta, mas que são mais toleráveis do que outros locais cuja temperatura máxima nem é tão alta. Vou usar como exemplo a cidade de Fortaleza, no Ceará.

A cidade de Fortaleza está a aproximadamente 3°S de latitude. Ou seja, bem próxima a Linha do Equador. No entanto, é uma cidade onde venta bastante. Faz calor? Faz sim, claro. As pessoas sentem calor? Sim, sentem. Mas talvez algumas pessoas acreditem que a cidade Fortaleza é mais “fresquinha” do que Rio de Janeiro. Como vocês podem perceber, isso é bastante subjetivo. Depende da sensação, algo que difere entre indivíduos.
Agora vamos falar de dados. Vamos primeiro ver se Rio de Janeiro é realmente mais quente (no período de verão) do que algumas capitais da Região Nordeste. E para isso, vou usar dados de temperatura média máxima de 4 cidades:
– Rio de Janeiro-RJ
– Fortaleza-CE
– Salvador-BA
– Natal-RN
Não vou colocar todas as capitais nordestinas no gráfico para não poluí-lo. Eu obtive os dados no site WeatherBase. O site conta com um banco de dados de médias de temperatura, temperatura mínima, temperatura máxima, vento, precipitação, etc de diversas cidades ao redor do mundo. No caso do Brasil, a maior parte das médias que o site disponibiliza foi obtida a partir de registros do INMET. Há casos em que os registros tem 30 anos, ou seja, trata-se de uma normal climatológica. Em outros casos, eles tem menos tempo. Para as cidades escolhidas na comparação, todas tem pelo menos 30 anos de registro.
Claro que o WeatherBase provavelmente não é adequado para um trabalho acadêmico que será publicado. Nesse caso, é melhor procurar direto os institutos de meteorologia responsáveis pelos dados. Mas eu acredito que o WeatherBase é adequado para viajantes que pretendem conhecer mais sobre o clima de seu destino. Também pode ser usados em atividades escolares, por professores de Geografia ou Ciências que pretendem elaborar uma atividade com seus alunos. Inclusive proponho uma atividade nesse link.
Agora vamos ao gráfico que montei a partir das informações do WeatherBase/INMET:

O que podemos observar: Rio de Janeiro possui uma amplitude térmica anual para temperatura média máxima maior do que as outras cidades do gráfico. Isso quer dizer que as diferenças entre inverno/verão são mais perceptíveis com relação as outras cidades do gráfico, pois o formato do gráfico do Rio de Janeiro tem um formato mais próximo de um U (linha azul). Salvador (linha verde) também tem um pouquinho dessa característica. Das cidades do gráfico, Rio de Janeiro é a que está mais distante da linha do Equador, seguida por Salvador, depois Natal e finalmente Fortaleza (que está bem pertinho da Linha do Equador). O mapa abaixo pode ajudar aqueles que não são do Brasil e não estão familiarizados com a localização das cidades:
O Rio de Janeiro está mais sujeito as influências da inclinação do eixo terrestre e consequentemente das Estações do Ano. Vou falar um pouco mais sobre isso adiante, por isso continuem lendo =).
Ou seja, a observação do Rodrigo é pertinente sim. Mas agora fica a pergunta: por quê? Uma parte pode ser explicado pela sensação térmica, como mencionei acima. Além disso, a posição da cidade com relação a costa pode terminar quais serão os ventos predominantes. E se os ventos do local forem predominantes de quadrante S, teremos ventos frios. Se forem predominantes de quadrante N, teremos ventos mais quentes. Detalhe que essa questão só vale para o Hemisfério Sul e só vale para locais distantes da linha do Equador. Quando o local está muito próximo do Equador, não há tanta diferença, porque as massas de ar que atuam na região não diferem tanto em termos de temperatura. O que afeta bastante o clima em localidades muito próximas ao equador é a altitude e a continentalidade, ou seja, a distância do oceano. Como esse post está ficando enorme, falo sobre isso em outra ocasião.
Há uma consideração, talvez a mais importante, nesse caso: o Rio está mais distante do Equador. Isso significa que está mais sujeito as influências da inclinação do eixo da Terra do que outra cidade mais próxima do Equador, como Fortaleza, por exemplo. Inclusive falei disso nesse post sobre estações do ano. Em outras palavras, quanto mais distante o local é do Equador, mais perto o local está de ter as 4 estações do ano bem definidas. No post, inclusive mencionei a cidade de Bagé, que fica no Rio Grande do Sul. É uma cidade bem quente no verão e bem fria no inverno. Ou seja, as duas situações são bem marcadas.

Durante o Solstício de Verão do Hemisfério Sul (e o período pouco anterior e pouco posterior a ele), temos a época mais quente do Ano. O Hemisfério Sul está recebendo mais radiação solar do que o Hemisfério Norte. o Solstício de Verão do Hemisfério Sul foi em 22 de Dezembro de 2014. Acontece todo ano, mais ou menos entre os dias 22-23 de Dezembro, o que marca o início do verão. Entretanto, se a localidade está próximo da linha do Equador, isso nao faz tanta diferença, já que a quantidade de radiação solar recebida é quase igual o ano todo. As regiões bem próximas ao Trópico de Capricórnio, essas sim sentem diferença. E se estiverem um pouco mais ao Sul do Trópico de Capricórnio, já na região que chamamos de subtrópicos, as estações do ano serão ainda mais marcadas, que é o caso de Bagé-RS. E claro, nessa mesma época, é inverno no Hemisfério Norte.
No Hemisfério Norte é a mesma coisa. Por volta de 21-23 de junho temos o Solstício de Verão do Hemisfério Norte. Aqui no Hemisfério Sul é inverno. Para quem mora em cidades que tecnicamente estão no Hemisfério Norte, mas que estão bem próximas do Equador (como Oiapoque, no Amapá), isso não faz diferença nenhuma. Mas para cidades do norte dos EUA e da Europa, por exemplo, faz toda a diferença. O verão é bastante marcado, com altas temperaturas. Em Nova York a máxima no verão pode facilmente ultrapassar os 32°C.
Cabe lembrar também que além da latitude da cidade, a altitude também influencia bastante no clima. E isso é especialmente marcado nas regiões tropicais. Por isso em Campos do Jordão-SP temos temperaturas mais frias do que em São Paulo-SP no inverno. Campos do Jordão está acima de 1600m do nivel do mar, enquanto São Paulo-SP está, em média, por volta de 750m acima do nível do mar. Claro que isso não se aplica as cidades que comparamos no post (Rio de Janeiro e algumas capitais do Nordeste), mas é um fator que deve ser mencionado quando formos pensar em outras cidades. São Paulo mesmo tem um clima mais ameno do que Rio de Janeiro porque está 750m (em média) acima do nível do mar. Já o Rio está no nível do mar. Inclusive falei dessa comparação entre Rio de Janeiro e São Paulo nesse post, que respondia uma dúvida do leitor Cícero.
Na figura abaixo, comparo a temperatura média máxima em 3 cidades: São Paulo, Rio de Janeiro e La Paz (Bolívia), com o objetivo de mostrar o efeito da altitude. Para saber mais, leia o post.
Espero que a dúvida tenha sido respondida. E se você, querido leitor, tiver alguma dúvida sobre meteorologia, preencha o formulário, mande por comentário ou pelas redes sociais do Meteorópole.
Desculpe ter sido repetitiva em alguns momentos, mas acredito que é a melhor forma de fixar a informação. Nos últimos dias tenho ouvido muita “pérola meteorológica” na imprensa. Infelizmente chamam profissionais que não são da área para opinar, e bobagens acabam sendo ditas. Com a crise energética e com o racionamento de água, a imprensa tem chamado profissionais para opinar e muitos não são meteorologistas. Acabam emitindo seus achismos e opiniões sem fundamentos, quando a entrevista para explicações relacionadas ao tempo e ao clima.
P.S (18/01/2018): Acho que abriram-se as portas do inferno (deve ser o calor em excesso). Estou de licença maternidade e a quantidade de comentários grosseiros, com mansplaining e gente querendo ensinar a madre a rezar (e ensinando errado) não está no gibi!
Como o calor foi intenso no Rio de Janeiro nos últimos dias, entendi que muita gente deve ter feito essa busca no Google e caiu aqui em meu blog. Aos que comentaram educadamente, bem vindos. Aos que comentaram sem nenhuma noção de educação e cheios de machismo na cabeça, SUMAM DAQUI PARA TODO SEMPRE. Eu fechei os comentários desse post porque eu não aguento mais tanta chatice. Eu censurei vários comentários, deletei tantos outros mas ainda assim um leitor razoável vai ver que passou muita porcaria pelo meu crivo. Esse é meu post com os PIORES comentários!
(Querida leitora ou leitor, se seu comentário é educado você certamente sabe disso e entende que o recado não é para você).
Dica para os homens: não cheguem aqui me chamando de querida. A propósito, não cheguem em blog NENHUM chamando a autora de querida. Não sou sua parente, seu interesse romântico e nem sua amiga. Estamos aqui discutindo um assunto e há coleguismo e cortesia.
O post está bom? Está razoável. Claro que eu poderia abordar novamente esse assunto, escrever novamente sobre o tema e não descarto essa possibilidade. A gente tem mesmo é que melhorar nosso conteúdo, ler mais e encontrar novas formas de explicar. E
Só que eu tive que fazer algo que nunca fiz em nenhum outro post: fechei os comentários desse post. Simplesmente não aguento mais, virou várzea, virou briga de Programa do Ratinho, virou caos e confusão.
Outra coisa, recado para alguns: aprendam a pesquisar coisas na internet. Meu blog não é a única fonte de informação sobre o tema. Repararam na data desse post? Pois então, a qualidade do meu conteúdo evoluiu consideravelmente desde então. Leiam meus outros posts do blog, leiam outros blogs sobre climatologia, leiam livros, pesquisem. E aprendam a comentar em blogs e outras plataformas de conteúdo usando educação e bom senso.
Interessante o texto, mas não consegui entender afinal o porquê de o RJ ser mais quente que as cidades do nordeste. Pelo que entendi do texto, seria porque no equador a temperatura é mais constante, enquanto no trópico seria mais quente no verão e mais frio no inverno. Mas por essa lógica, então quanto mais distante do equador, maior deveria ser essa diferença. Então Buenos Aires, por exemplo, deveria ter invernos mais frios e verões mais quentes que o RJ. Mas o que vemos é que lá é sempre mais frio. Talvez você pudesse esclarecer melhor este ponto. Obrigado.
O Rio de Janeiro é um inferno. Um calor insuportável e sem qualquer esperança. A um dia de 40 graus, segue-se outro de 41, 42, 43, 44… tudo com sesação térmica de 49, 50, 51…já tendo chegado a 55 na semana passada. Mas, como postado, pode ser que o quente seja eu e existam pessoas que estejam sentindo uma temperatura de 20, 25, …é o caldeirão do diabo…
É um calor insuportável nos meses quentes, quais sejam, outubro até abril. Mudei-me para o Sul do Estado e apenas é mais seco, muito embora as noites sejam mais frescas. O mais impressionante é a Baía de Guanabara, essa coisa maravilhosa do mar que envereda pelas cidades do Rio, da Baixada e São Gonçalo e Niteroi, não conseguir dar um refresco nesse mal-estar.
adoro o rio sou extremamente apaixonado..porém nos meses de novembro e dezembro tenho sentido muito calor e essa sensacao termica pode me matar
Na verdade, complementando, o Rio de Janeiro é o lugar que o Diabo, isso mesmo, o Diabo, escolheu para dar plantão o ano inteiro. Então, estamos mesmo todos f…
Só novembro e dezembro, amigo Macário? Estamos praticamente em março e tive que trocar meu ar de 7.500 para um de 12.000btus. E naõ há esperança até o próximo janeiro…
mudei do rio de janeiro lá e´um inferno……aquilo não e calor é uma lava de vulcão escorrendo la do morro
hehehehehehehe morrendo de rir com seu comentário. É calor mesmo!
Abraços
O Rio é quente porque lá no inicio, São Pedro queria encher de gelo a baía da guanabara, os maciços rochosos que circundam a cidade e blá e blá,.. mas foi reprovado. Daí então ele pegou o sol e direcionou para o Rio. Pronto´, é isso.
Escreveu, escreveu, escreveu e não disse nada. Era só deixar o gráfico que por si só já respode corretissimamente a pergunta.
Bom, expliquei os fatores básicos que determinam o clima de uma localidade, dei uma pincelada em tudo. Se você não tem bases o suficiente em Meteorologia para compreender isso, não me culpe. Tento ajudar aqui no blog, mas nem sempre é possível. Se você conseguisse explicar o que não entendeu no meu texto, poderíamos iniciar um diálogo bacana e eu poderia enriquecer o conteúdo. Mas você simplesmente usou uma frase genérica para mostrar o quanto você é especial por saber ler um gráfico. Nossa, estou impressionada!
Não, o gráfico por si só não responde. Porque o gráfico não apresenta a explicação, apenas os dados. Isso já mostra o quanto você está manjando!
Sinceramente, os comentários desse post me surpreendem. É fulaninho querendo pagar de engraçadão, é gente querendo mudar o sistema Terra-Sol. O nível está baixíssimo. Desculpe se não consigo convencer vocês com ciência. Eu deveria ter simplesmente dado como resposta algo como “porque Deus quis assim” ou “porque o capeta castigou o Rio”. Acho que isso iria convencer melhor vocês.
Oi Samantha, pq às vezes o ar fica parado no verão?
Ana, vou responder sua pergunta na forma de post, em breve.
A grande confusão que se faz em conforto térmico é com a umidade relativa do ar, 30 graus em Fortaleza é mais agradável, nem tanto pelo vento e sim mais pelo clima mais seco. No Rio de Janeiro essa mesma temperatura já é muito quente devido a alta umidade relativa do ar.
Não necessariamente, Edson.
Obrigada pela visita.
Uma das coisas que alteram o clima local também são as ações do homem na natureza, como desmatamentos de enormes áreas verdes para estabelecimento de pastagens, redução de matas de galeria, matas ciliares, destruição das nascentes, crescente urbanização principalmente em metrópoles, pouca área verde nas regiões centrais e adjacentes destas cidades, entre outras. Isso altera e muito o microclima local e deve ser encarado como política pública no sentido de se buscar planos de melhoria da urbanização como um todo, além de projetos de recomposição das matas, proteção das nascentes, entre outros.
Abraços,
Fulvio Mendes
Engenheiro Agronomo
Excelente comentário, seja bem-vindo.
“Não vou colocar todas as capitais nordestinas no gráfico para não poluí-lo.” preconceituoso do crlh
Sério mesmo? Espero que você esteja de brincadeira.
Qualquer pessoa acostumada com gráficos sabe que muitas linhas atrapalham em sua visualização. A quantidade de cidades que coloquei no gráfico já é o suficiente para mostrar o que quero dizer.
Tem que ter muita, mas MUITA má vontade para achar que eu fui preconceituosa com meu comentário. Ou tem que ser compltamente ignorante com gráficos. Ou tem que ter muita maldade dentro de si para projetar isso nos outros.
Por favor, faça outro post que explique realmente por que razão aqui é tão mais quente. Continuo sem entender. Até em relação a Vitória, a cidade do Rio de Janeiro é mais quente. Post bem escrito, mas não respondeu. Escreva de novo, por favor. Moro no Rio de Janeiro e nunca vi alguém realmente explicar este horror (não falo de sensação térmica, falo de temperatura máxima).
Vou considerar sua sugestão, quem sabe eu volte a falar sobre esse assunto?
Tenho uma notícia pra dar: o Rio não é mais quente do que qualquer capital do nordeste, é que o verão no Rio que é mais quente do que todas do nordeste, mas nas outras estações do ano as mínimas e as máximas do Rio são mais baixas do que qualquer capital do nordeste, mais uma lenda que contam sobre o Rio, dessa vez contada pelos calorentos.de plantão as quais as estatísticas desmentem.
Fico pensando se as pessoas que comentam aqui leram o texto rsrs.
Explicou nada. Obrigada 👍🏻
Esse não é o único material da internet. De nada 😉
Olá Samantha. Sou carioca e sempre me faço a mesma pergunta rsrs. Posso trazer alguns dos seus argumentos para as particularidades da cidade, talvez possa ajudar: o município do Rio é espremido entre dois maciços, o da Tijuca e o da Pedra Branca, o que dificulta (e muito) a circulação dos ventos; alia-se a isso a maritimidade (se é que posso chamar assim) que acontece dentro da própria cidade, já que os bairros oceânicos (Copacabana, Leblon, Ipanema), nos dias mais quentes, apresentam temperaturas bem mais baixas do que os bairros interiores; há também a influência de sistemas de alta pressão no interior do estado e da região sudeste, que quando se estabelecem, acabam trazendo para a cidade ventos Norte que transformam o ar da cidade em um maçarico; por fim, quando temos alta umidade e nebulosidade, a sensação térmica fica insuportável.
Achei a explicação um incompleta. Eu acho que tem a ver com os morros que circundam a cidade, talvez alguma corrente marítima quente, algum padrão de pressão atmosférica, pois o RIo é um portal do inferno, inclusive as cidades no entorno, mesmo no litoral, não são tão quentes. Agora mesmo, só o rio está vermelho no mapa da temperatura no jornal, as cidades no entorno, laranja escuro.
Murilo, pretendo um dia reescrever esse post colocando mais detalhes.
O que infelizmente os leitores não perceberam é que resumi a questão ao máximo. Sei que o Rio de Janeiro (e toda área metropolitana) é uma cidade enorme, com algumas variações entre um bairro e outro. Quando escrevi esse post, queria apenas falar em linhas gerais!
Obrigada pelos comentários e tanto o seu quanto os outros me incentivaram a escrever mais e pesquisar mais sobre a questão.
Samantha estou impressionado com sua educação e boa vontade. Meus parabéns (infelizmente no BR devemos parabenizar rsrs) No mais excelente texto. Compreendi tudo e acabou de tirar minha dúvida sobre o errejota
Obrigada, Eduardo. Realmente preciso abordar mais esse assunto, trazendo novos dados. Eu ja tenho até um esboço de como reescrever alguns aspectos desse post.
Agradeço pelo comentário positivo.
Samantha querida, existem varios fatores que determinam a temperatura de uma cidade. No entanto, no rio de janeiro há muitas rochas que impedem a circulação do vento, como nas proximidades dos bairros bangu e santa cruz. La a sensacao termica no verão é de 50 pra cima.
Pretendo me formar e ir morar na regiao serrana, so pra ver se tenho um pouco mais de alívio. Beijos.
Olá, Samantha, parabéns pelo seu post, leitura bem interessante! Pelo que percebi, um fator importante para essa temperatura tão alta na capital fluminense, no período do solstício de verão do hemisfério sul, é o fato dessa cidade ser cortada pelo Trópico de Capricórnio. Ou seja, cidades que são cortadas por esse trópico sofrem com temperaturas similares, desde que estejam ao nível do mar. Entendi corretamente? Se sim, a capital do RJ foi realmente castigada no sentido do calor pela mesma natureza que a abençoou por sua beleza. Abraço e sucesso sempre!
A média de temperatura anual do Rio de Janeiro é de 23,5º, menor portanto que a maioria das capitais do norte/nordeste.. Porto alegre no verão as temperaturas chegam muitas vezes próximas dos 40º e isso não faz daquela cidade mais quente do que as capitais do nordeste. O clima é uma coisa anual e não só a verificação de uma estação especifica do ano.
Rio tem média anual de 23,5º, portanto mais frio do que a maioria das capitais do Brasil, não se pode levar em conta somente uma estação do ano, no caso o verão.
Perfeito Samantha! O gráfico ajudou bastante a demonstrar a sua pesquisa. Sou do interior do Estado do RJ e minha cidade (Volta Redonda) possui uma sensação tão ruim quanto a da capital em termos de verão, porém no inverno batemos 12 graus. Eu não entendo muito de meteorologia, aliás sempre fui ruim em geografia, nunca entendi muito bem. Um ano cheio de oportunidades para você! 🙂
Gostei muito do seu post! (E realmente tem que ter paciência pra ler os comentários!) não entendo muito de metereológia e hoje eu estava me perguntando se tem lugar mais quente que o Rio de Janeiro! Hahaha está muito calor aqui. Sempre escutei falar que o Nordeste eh bem quente; e todas as vezes que fui estava mesmo. Mas o verão daqui é bem mais! Lá escurece mais cedo e as noites pelo menos tem uma sensação mais fresquinhas! Aqui de noite eu já vi marcar 32 graus! Não para! Mas realmente durante as outras estações a temperatura melhora bastante! Adorei! Vou ler mais coisas suas e aprender mais sobre isso!
Conclusão: quer um verão mais ameno? Mude-se para outra localidade. Rio de Janeiro é para os fortes!! Eu adoroooo o Rio, mas não aguento isso aqui não..socorrooo
Da série ” como falar muito sem dizer p**** nenhuma “. Objetividade…
Eu agradeço o texto e reconheço que você se esforçou pra escrevê-lo, mas para um público leigo no qual eu faço parte ficou muito confuso… Afinal a pergunta não foi respondida, e ainda não sei por que o Rio é mais quente do que o nordeste. Um pouco mais de objetividade seria essencial! Abraços
Então! A Samantha fez um comentário breve e isso dificulta bastante a visão do leigo! Sou geografo há 40 anos e entender dinâmicas atmosferica pode ser muito dificil! Só recordo o que a Samantha falou sobre ventos determinantes. A geografia da cidade do Rio de Janeiro é muito peculiar. Existe dois paredões que dificultam a circulação atmosférica estendendo -se ao longo de todo Estado: a Serra do Mar e a Serra da Mantiqueira! Entre outros fatores, no período do verão elas, as montanhas, facilitam a penetração das massas de ar: Tropical Oceânica, Tropical continental, Equatorial Oceânica e Equatorial Continental. Essas massas são quentes e úmidas . Ao mesmo tempo impedindo a penetração das massas de ar polares para arrefecer o sistema! Resumindo: o Rio de Janeiro, fisicamente, funciona como uma caixa receptora de ventos quente e onda não há circulação dos mesmos!(PAULO AMORIM _ GEÓGRAFO).
Meu blog não é a única fonte de pesquisa, procure outros conteúdos na web.
Vocês não sabem fazer pesquisa, procure outros blogs e sites. Leiam várias fontes, não tenho obrigação de responder todas as perguntas de vocês. Faço o que posso, dentro de minhas condições.
Que bom, até que enfim um comentário positivo e que reconheceu meu conteúdo. Obrigada, Nathalia. Claro que não somos perfeitas, a gente se comunica na medida do que pode e dentro de nossas condições (e isso vai melhorando, claro). Mas recebi cada comentário absurdo por aqui que vou ter que fechar os comentários desse post.
Obrigada pelo comentário, mas o “querida” foi de doer. Senti um tom de mansplaining, mas beleza. Ao menos foi educado. Fechando os comentários desse post, apenas aprovando os pré-existentes.