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You are here: Home / Blog / Por que as nuvens não caem em cima da gente?

Por que as nuvens não caem em cima da gente?

25/02/2016 By Samantha 19 Comments

Um nome alternativo para esse post poderia ser: Quanto pesa uma nuvem? 

E esse post nasceu no Twitter! Fiquei surpresa ao constatar que nunca escrevi um post sobre esse assunto tão interessante.

Primeiro foi esse tweet do Uber Facts que chamou minha atenção:

But… they look so light! pic.twitter.com/KxUUpQ6kXm

— UberFacts (@UberFacts) February 24, 2016

Convertendo de pounds para quilos, temos aí cerca de 500.000kg (ou 500 toneladas, para facilitar). É muita água! Lembrando que as nuvens são compostas por água no estado líquido e/ou cristais de gelo.

Foi quando meu amigo Marcelo fez a seguinte pergunta:

@samanthaweather Me xinga se a pergunta for tosca, mas como isso não cai? (ou, na verdade, cai, pq né, chuva e tals)? 😀

— Marcelo Serrano (@mserrano) February 24, 2016

Os leitores mais antigos conhecem o Marcelo desse guest post sobre Meteorologia e Cinema.  E é claro que essa pergunta não é tosca. Pelo contrário, é uma ótima pergunta! E é sobre isso que falarei nesse post.

As nuvens mais “pesadas” são as nuvens de desenvolvimento vertical. E é fácil entender a razão, basta observar o volume delas quando comparados a outros tipos de nuvem:

Alturas dos diferentes tipos de nuvens. Adaptado de AHRENS, C.D.: Meteorology Today 9th Edition

Uma nuvem como essa pode pesar até cerca de 500 toneladas, de acordo a meteorologista Margaret “Peggy” LeMone, da NCAR (National Center for Atmospheric Research). São 500 toneladas de gotículas de água e cristais de gelo. E porque toda essa quantidade de água não cai em cima da gente? Porque uma nuvem, sobretudo as nuvens de desenvolvimento vertical, não é uma estrutura “estática”. No interior das nuvens de desenvolvimento vertical há correntes ascendentes (que partem do solo para a atmosfera). Essas correntes empurram as gotículas de água e cristais de gelo para cima. A propósito, são essas correntes que empurram as gotículas d’água tão para cima que, ao atingirem alturas com temperaturas bem abaixo de 0°C, essas gotinhas transformam-se em cristais de gelo. Esses cristais podem crescer e dependendo da maneira que crescem e de uma série de condições, podem transformar-se em granizo ou em neve.

Essas correntes ascendentes fazem com que as gotículas d’água e os cristais de gelo fiquem suspensos no ar. Há no entanto um limite para essa subida. Na tropopausa, limite entre troposfera e estratosfera, a temperatura deixa de cair com a altura. Isso limita a convecção e a nuvem para de crescer. Nem todas as nuvens crescem tanto, claro. Apenas nuvens tipo Cb (Cumulonimbus) chegam até bem perto da tropopausa. Essas são as nuvens de tempestade severa, comuns no verão.

A figura acima mostra o processo de formação de nuvens através de termas, que são parcelas de ar quente que sobem, já que são menos densas. Fonte: FORSDYKE, A.G.: Previsão do tempo e clima.
A figura acima mostra o processo de formação de nuvens através de termas, que são parcelas de ar quente que sobem, já que são menos densas. Fonte: FORSDYKE, A.G.: Previsão do tempo e clima.
Adaptado para o português de AHRENS, C.D.: Meteorology Today 9th Edition
Camadas da atmosfera. A troposfera é a camada mais alta. Adaptado de AHRENS, C.D.: Meteorology Today 9th Edition

No interior da nuvem, as gotículas vão aumentando de tamanho conforme vão subindo, se movimentando e se chocando com outras gotículas. O mesmo ocorre com os cristais de gelo. Esses elementos que compõe a nuvem vão ficando pesados. Chega um momento em que a corrente ascendente não consegue mais sustentá-los no alto e eles caem em forma de precipitação .

Precipitação é definida como os produtos líquidos ou sólidos da condensação do vapor de água que cai de nuvens ou é depositado a partir do ar para o chão. Esse termo inclui chuva, granizo, neve, orvalho, sincelo, geada e névoa precipitação, de acordo com a definição da Organização Meteorológica Mundial. Leia mais nesse post.

Processo de formação de uma nuvem de tempestade e depois sua dissipação, durante a chuva. Durante a formação, predomina o movimento ascendente. Quando as gotas crescem e a chuva começa a cair, temos movimento descendente. Fonte: Wikimedia Commons
Processo de formação de uma nuvem de tempestade e depois sua dissipação, durante a chuva. Durante a formação, predomina o movimento ascendente. Quando as gotas crescem e a chuva começa a cair, temos movimento descendente. Fonte: Wikimedia Commons

As correntes ascendentes no interior das nuvens podem ir de 2-4m/s e chegar a até 15 m/s (54km/h) em algumas nuvens de tempestade.

Para estimar o peso das nuvens e a velocidade no interior delas, utiliza-se técnicas de sensoriamento remoto (usando radares e satélites meteorológicos).

Espero que tenham gostado. E eu agradeço ao Marcelo por me dar a ideia =).

Um FAQ relacionado: Qual o Peso da Atmosfera?

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Filed Under: Blog, Chuva, Nuvens, Tempestades Tagged With: cumulonimbus, Curiosidades, nuvens, Tempestades

Reader Interactions

Comments

  1. Vinicius says

    26/02/2016 at 12:07 pm

    Muito bem bolado esse título! Até o título alternativo ficou bom. E a explicação também, mostrando que a “nuvem não é uma estrutura ‘estática'”, ela está sempre em transformação, é praticamente um evento, mas numa duração de tempo que faz as pessoas pensarem que é um objeto lá pairando no ar. E incrível pensar que isso é muito pesado, e mais ainda que somente a força do ar subindo é que segura tudo lá em cima.

  2. José Smokovicz says

    09/04/2016 at 8:37 pm

    INTERESSANTE…. EU SEMPRE SABIA QUE A GEADA SE FORMAVA…MAS VOCÊ DIZ QUE CAI!!!!

  3. Samantha says

    20/04/2016 at 4:06 pm

    Eu não disse isso, leia novamente, por favor.

  4. hudson barney says

    24/10/2016 at 9:37 pm

    Apesar de ler e reler a matéria diversas vezes algo ainda me intriga, é o fato da neblina, ele é ou pode ser considerada uma nuvem ao nível do solo?

  5. Samantha says

    25/10/2016 at 2:21 pm

    Olá Hudson
    Pode sim. Falei um pouco sobre esse assunto nesse post: https://meteoropole.com.br/2012/06/nevoeiro-neblina-cerracao/

    Obrigada pela visita!

  6. Andrelino Silva says

    18/12/2016 at 11:06 pm

    Algo que interessante também, é porque o granizo não cai em cubos gigantes e sim de tamanhos pequeno em relação.

  7. Romildo DaCruz says

    14/03/2018 at 9:04 pm

    Me tirou uma curiosidade que tinha ha tempos, como que a água não caia logo que se formava na nuvem? E sim depois que acumulava a ponto de formar a chuva. O brigado pelo esclarecimento.

  8. Samantha says

    14/03/2018 at 9:09 pm

    Por nada, seja sempre bem-vindo ao blog 🙂

  9. Flávio Augusto Justino de Oliveira says

    28/07/2018 at 6:33 pm

    Obrigado pela dúvida tinha a tempos, muito bom o Artigo.

  10. Nuno Bregieira says

    24/10/2018 at 11:06 pm

    Exelente explicação, mas…
    Porque é que as nuvens de baixa altitude têm uma base plana? E, já agora, as outras não têm?

  11. Samantha says

    25/10/2018 at 4:48 pm

    A maior parte das nuvens tem uma base relativamente plana (altas, baixas ou médias). Se não tem, é porque estamos tendo um processo de precipitação ou tempo severo associado (virga, mamma, etc) ou porque temos ventos intensos que estão atuando no sentido de dissipar a nuvem.
    Obrigada pela visita.

  12. Nuno Bregieira says

    25/10/2018 at 9:34 pm

    Obrigado pela explicação parcial, mas porque são planas? Até perece que existe um vidro a uma altitude e todas as nuvens deslizam nele. É para explicar ao meu filho de 9 anos.

  13. Samantha says

    26/10/2018 at 12:56 am

    Bom, quando o ar quente sobe, o vapor de água permanece invisível até que o ar esfrie o suficiente para que ele se condense em gotículas de água. A altitude em que isso acontece marca a base da nuvem. As parcelas de ar quente vão subindo e formando como se fossem ‘nuvens novas’ que se misturam com a que está acima, sempre noesse mesmo nível que marca a base da nuvem. Essa ‘nuvem nova’ empurra a que está acima, preservando a base plana e permitindo o crescimento na vertical ou espalhando-se horizontalmente.
    Será que eu consegui explicar? se tiver mais dúvidas, só falar.

  14. Jaime says

    03/01/2019 at 11:23 pm

    As correntes ascendentes são causadas pelo calor desprendido do solo, também chamadas de térmicas. Contudo tenho dúvida como essa massa de ar e água ainda se sustentam a noite mesmo em dias de frio e inverno intensos.

  15. claudio ferreira da costa says

    10/03/2019 at 8:02 pm

    agradeço pela explicação sobre as nuvens. Mas tenho uma pergunta, nesse desenvolvimento vertical na formação das nuvens quantos metros chega a alcançar uma nuvem CB?

  16. Samantha says

    12/03/2019 at 1:33 pm

    Olá Cláudio, veja aqui: https://meteoropole.com.br/2019/03/qual-o-tamanho-de-uma-nuvem-cumulonimbus-cb/
    Obrigada pelo comentário.

  17. vinicius garcia says

    28/04/2019 at 1:13 am

    Deixa eu pergunta
    Por que quando nós fervemos a agua no fogão, e o vapor sobe, nao forma nuvens em cima do fogão ??

  18. Samantha says

    02/05/2019 at 5:39 am

    Vinicius
    Sua pergunta foi tão boa que eu vou escrever um post para respondê-la. Acompanhe!
    De qualquer maneira, quando o post ficar pronto, colo o link como resposta a este comentário.

Trackbacks

  1. Quanto pesa uma nuvem? - que bicho te mordeu disse:
    15/11/2019 às 3:29 am

    […] consultadas: Mental Floss | Meteoropole | Geofísica | NCAR & UCAR News […]

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