Nesse post, contei um pouquinho sobre um de meus métodos de estudo. Eu gosto de usar cartões com resumos ou diagramas (como esses aqui). Acredito que esses diagramas ajudam a organizar as ideias e a estruturar textos, pois os uso inclusive para escrever alguns posts aqui para o blog.
Também já contei para vocês sobre um site chamado Laifi, que ajuda a montar esses esquemas. Dá para montar linhas do tempo, o que e ótimo para quem está fazendo uma revisão bibliográfica sobre a história de um determinado assunto/personagem/tema.
Agora vou contar mais um pouco de minha experiência e mostrar alguns exemplos de diagramas. Nem sei se o nome correto para isso é diagrama. Podemos chamar de “esquemas” (mas o termo esquema sempre me parece alguma coisa ilegal 😳) ou simplesmente de anotações.
Como eu faço?
- Escolho folhas A4 ou metade de folhas A4, dependendo do “tamanho” do tema. Aconselho o papel A4 todo, assim sobra mais espaço para escrever;
- Normalmente reaproveito papéis. Sabe aquela impressão que não deu certo ou aqueles trabalhos escolares de alguns anos atrás? Eu uso o verso dessas folhas.
- Gosto de folhas sem linhas, assim posso fazer desenhos e ter mais ‘liberdade’;
- Coloco o tema principal do que estou estudando bem no centro da folha e vou “puxando” os tópicos usando setas. Normalmente estabeleço o sentido horário para a lógica da escrita. Ou seja, começo no canto superior direito e vou descendo, em sentido horário.
- Em algumas situações, quando quero fazer um contraponto, divido a folha em dois. Veja o exemplo abaixo em que falo das causas naturais e antropogênicas do aquecimento global:
Observem no exemplo acima, assim como em todas minhas anotações mais recentes, que tenho usado um bloquinho que corresponde a metade de uma folha A4. Como eu ganhei esse bloquinho e queria aproveitá-lo, estou usando mesmo preferindo uma folha maior. Gosto de aproveitar caderninhos e bloquinhos que ganho em eventos ou cursos, os quais nunca usamos totalmente durante o curso ou evento em questão.
Como outro exemplo, veja abaixo um esquema que fiz para falar das consequências do aquecimento global. Eu estava estudando o AR5, para escrever um post aqui para o blog e para ajudar alguns jovens de ensino médio que me procuraram para um projeto.
Observe que coloco a fonte do que estou estudando bem abaixo do título principal (no centro do diagrama). Como eu disse, não existe fórmula mágica para isso ou fórmula única. Acredito que o importante aqui é escrever. Eu tenho a impressão que absorvemos muito mais conteúdo quando escrevemos a mão. Quem tem o costume de fazer a mesma coisa que faço escrevendo em um editor de textos, por exemplo, também deve ter a mesma impressão.
Eu devo estar soando old school, mas recentemente conversei com uns adolescentes e eles apenas tiravam fotografias do quadro negro do professor 😱. Isso não me parece muito eficaz, embora eu me lembre de algumas aulas de Preparação Pedagógica que fiz há alguns anos e nessas aulas, era dito que cada aluno absorve o conteúdo mais facilmente de uma determinada forma. Ou seja, alguns são mais “visuais”, precisam de ilustrações e fotos. Outros conseguem, apenas com textos, absorver o conteúdo. O importante na preparação de uma aula é levar em conta essas diferentes formas de aprender e é por essa razão que os professores trazem recursos didáticos variados.
Como outro exemplo de esquema, tenho um abaixo intitulado Mudanças Climáticas e Escassez Hídrica. Eu o preparei por ocasião de uma entrevista que concedi a alguns alunos do Ensino Médio, que queriam falar sobre o assunto para um trabalho de ciências. O artigo que menciono no esquema é esse, escrito pelo Dr. José Antonio Marengo, pesquisador do INPE.
Ou seja, esse método também ajuda na leitura de artigos científicos, pois ajuda a listar os principais pontos do artigo. Há também quem prefira imprimir o artigo e ir escrevendo ao longo dele. Se você tem facilidade para ler textos em .pdf (normalmente o formato dos artigos científicos, quando a gente os baixa) diretamente do monitor, recomendo esse programa, o Xournal. Com ele, é possível anotar nos pdf’s como anotaríamos em uma versão impressa do artigo.
Minha conclusão para esse post é a seguinte: não existem regras para estudar, não há uma fórmula secreta. Há quem venda essa tal fórmula, como coaching e tudo mais, mas não acredito nessas soluções prontas. Tem que sentar a bunda na cadeira, manter o foco e estudar. Se você está apenas lendo o conteúdo e não está tendo sucesso, tente escrever como sugiro ao longo do post.
Leia o livro ou texto uma vez, depois comece a fazer suas considerações em uma folha de papel. Releia quantas vezes precisar para relembrar os tópicos, consulte diversas fontes sobre o tema. E repetindo, mantenha o foco! Acredito que é isso que está faltando para a maioria das pessoas, inclusive para mim em diversas tarefas do dia a dia 😂.
Quando a gente foca, consegue fazer uma autoanálise e inclusive descobrir de qual maneira é possível aprender melhor (com exemplos, fotos, jogos, fichas, etc, dependendo de cada pessoa). Eu acredito muito nisso e espero conseguir, com esse texto, te incentivar a estudar melhor.
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