
Em março de 2017, a Operação da NASA IceBridge voltou para o Ártico. A operação entrou em seu nono ano e continua realizando importantes pesquisas a respeito da cobertura de gelo e neve. Essas pesquisas são de extrema importância, já que a cobertura de gelo e neve na Terra são um importante determinante de nosso sistema climático e ajuda inclusive na compreensão a respeito das mudanças climáticas.
O gelo nos polos derrete sazonalmente, ou seja, dependendo da estação do ano. O que o monitoramento procura observar é se esse derretimento está próximo ou não de uma quantidade média.
A imagem que abre esse post foi capturada no último 29 de março durante um vôo sobre Ilha Ellesmere, que é a ilha mais setentrional (mais ao norte) do arquipélago ártico canadense. A Imagem foi adquirida pelo Sistema de Mapeamento Digital (Digital Mapping System – DMS). Esta câmera digital de alta resolução, instalado em um avião P-3 Orion, aponta diretamente para baixo e faz imagens sobrepostas ao longo de um vôo. As imagens fornecem uma referência visual para ajudar os pesquisadores a entender melhor os dados coletados por outros instrumentos. Esta imagem mostra canais sinuosos de derretimento na Geleira DeVries.
“Esta é provavelmente um canal de derretimento que sobrou do derretimento do ano passado e simplesmente não está coberto de neve”, disse Jeremy Harbeck, cientista da NASA especializado em gelo. Ele diz isso baseando-se nas observações do ano passado. A observação de Harbeck é preocupante, porque o ideal seria a geleira se recuperar do derretimento do verão durante o inverno, recomeçando assim um novo ciclo.
Os pesquisadores pretendem fazer mais sobrevoos na região até 12 de maio. A primavera foi escolhida porque é mais seguro voar tão próximo assim do pólo durante o inverno, quando uma tempestade de grandes proporções pode acontecer e prejudicar a integridade da aeronave e dos cientistas.
Os cientistas pretendem também estudar partes da Groelândia, Alasca e pela primeira vez, Svalbard (território Norueguês mais setentrional).
Nesse post vimos que o sensoriamento remoto também pode ser feito a partir de um avião. Além de ser possível realizar medições meteorológicas (usando instrumentos) a partir de um avião, também é possível obter imagens de alta resolução que podem servir como metadata (‘dados sobre os dados’ ou informações sobre os dados) para as pesquisas.
Fonte: EO-NASA.
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