
Foram muitas as notícias a respeito do frio intenso na América do Norte e na Europa nesse inverno 2017/2018. Eu falei sobre o assunto em dois posts:
No entanto, apesar dessas notícias sobre frio intenso nesse inverno 2017/2018, o Ártico teve o verão mais quente já registrado. O gráfico abaixo mostra a extensão do gelo do Oceano Ártico para o mês de fevereiro, de 1980 até 2018. Observe como fevereiro de 2018 é o mês de fevereiro com menor área de gelo.

Outro dado importante, também do National Snow and Ice Data Center mostra como a temperatura média no Ártico para o período do inverno do hemisfério norte (DJF 2017/2018) foi alta, sendo o inverno mais quente registrado desde 1950.

Acho que eu já comentei em outras ocasiões no blog, mas as estações do ano nos estudos climatológicos normalmente são divididas como DJF (inverno Hemisfério Norte, verão Hemisfério Sul), MAM (primavera Hemisfério Norte, outono Hemisfério Sul), JJA (verão Hemisfério Norte, inverno Hemisfério Sul) e SON (outono Hemisfério Norte, primavera Hemisfério Sul).
“Maluco” foi a palavra usada por Mark Serreze, diretor do National Snow and Ice Data Center em Boulder, Colorado, que tem estudado o Ártico desde 1982. Em declaração dada à APNews, ele disse “It’s just crazy, crazy stuff,” (Isso é maluco, coisa maluca).
Referências
Além do que foi mencionado ao longo do texto:
- Esse tweet do Seth Borenstein
- Science Says: Arctic not so chill this record warm winter
- A warm approach to the equinox
- Sea Ice Index – Arctic- and Antarctic-wide changes in sea ice – National Snow and Ice Data Center
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