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You are here: Home / Blog / A precária manutenção do status quo

A precária manutenção do status quo

25/04/2018 By Samantha 1 Comment

Imagem bonita que remete conhecimento, porque o post de hoje será chato. Cortesia de Pixabay

O texto de hoje vai ser um rant. Eu vou desabafar aqui e claro, quando escrevo texto assim sempre imagino que alguém em algum lugar vai ler esse texto e vai dizer que se identifica. Eu particularmente penso que é reconfortante saber que eu não estamos sós, pois tem alguém em algum lugar que tem uma angústia parecida.

Eu já passei por várias situações, principalmente em conversas com familiares, que as pessoas compartilham uma notícia falsa ou falam algo que eu sei que trata-se de um conceito errado ou incompleto. Em outras ocasiões, simplesmente exibem um ponto de vista muito limitado ou preconceituoso e eu tento de alguma maneira apresentar minha opinião para mostrar que há outros pontos de vista e que talvez aquela seja uma oportunidade para repensar sua opinião.

Por serem familiares, até pouco tempo atrás eu acreditava que eu tinha acesso à eles. Eu acreditava ter liberdade para debater, discutir e apresentar meu conhecimento quando o assunto se tratava de um tema que eu dominava. Ora, se falavam quando eu estava gorda/magra ou opinavam sobre a criação de filhos, por que não podiam ouvir opiniões sobre outros temas?  Só que eu me enganei.

Percebi que há um desconforto por parte de algumas pessoas quando eu rebato uma fake news em um grupo de WhatsApp, por exemplo. Quando eu apresento uma contradição na maneira de pensar dessas pessoas, percebo também um desconforto. Não gente, não me considero “salvadora”, “gênio incompreendido” ou “modelo de opinião”, mas eu gostaria de ser ouvida também. Se eu posso ler/ouvir tanta coisa (alguns absurdos até), por que não posso expor o que penso sem trazer desconforto? Foram várias as situações em que eu fui ouvida. Pelo contrário, diminuíram minha fala, usaram de sarcasmo ou indiretas e já chegaram a dizer que se incomodaram com meus textões.

Há um desconforto ainda maior quando dou uma opinião contrária àquela da maioria dos familiares. Foi quando eu entendi que lamentavelmente muitos familiares meus acreditam que uma família precisa exibir uma uniformidade ideológica. Quando essa uniformidade demonstrou-se falsa, o mundo dessas pessoas caiu.

Houve uma ocasião há alguns anos em que me posicionei a favor da união homoafetiva, dizendo que era uma questão de ética da responsabilidade. Um parente veio me questionar, horrorizado, dizendo que ‘não sabia que eu pensava assim’, dando a entender que como todos da família (toda família?) eu deveria ter uma opinião imutável de que casamento seria apenas uma união entre homem e mulher.

Ocorre que esse parente nunca tinha me perguntado a respeito dessa questão, no entanto ele pode ter acesso à opinião sobre o assunto através do Facebook e se “demonstrou horrorizado”. Com as redes sociais, meus parentes puderam me conhecer melhor e teve gente (acredito que uma quantidade significativa de gente) que se incomodou com o que descobriu sobre mim. E olha que interessante, não foram coisas sobre mim que eu me esforcei para esconder: sempre estiveram na superfície, porém nunca haviam visto.

Em geral eu não sou uma pessoa mal educada. Eu trato meus familiares com bastante cortesia, mesmo que eu não tenha muita afinidade com alguns. Sou bastante aberta a debater e conversar e essa busca por tolerância e flexibilidade ficaram mais fortes nos últimos anos. Só que ainda assim eu sou alvo de indiretas e recentemente fui tentar dialogar com uma parente e fui grosseiramente atacada: até minha maternidade a parente colocou em jogo, assunto que não estava em pauta. Logo a bloqueei, porque realmente não estou disposta a discutir assuntos com pessoas que partem para o ad hominem. Isso para mim mostra despreparo, imaturidade, desrespeito e covardia. Jogar xadrez com pombos? Estou fora!

A conclusão que cheguei é que alguns de meus familiares e conhecidos não querem trocar e não querem aprender. Querem continuar na ignorância, fazendo uma precária manutenção do status quo e acreditando que sua visão de mundo é a correta e é a única correta.  E eu não sou nenhum tipo de redentora. Lá pelos menso 20 anos eu achei que pudesse ser exemplo para os meus primos que são 10-15 anos mais novos que eu, mas eu hoje eu sei que eu não tenho uma vida tão interessante assim para que seja exemplo para alguém. E eu também me coloquei no meu devido lugar, sou responsável por mim mesma e pelos meus, não posso distribuir livros e obrigar que eles estudem.

Outra conclusão que cheguei foi meio repugnante e até difícil de admitir. Talvez algumas pessoas tenham inveja de mim, mas é difícil de comprovar isso, trata-se de uma sensação. Eu sempre acho que dizer que alguém sente inveja de você indica que você tem uma certa “mania de grandeza” ou percepção irreal sobre quem você realmente é. Eu não me acho grandes coisas para que as pessoas sintam inveja de mim, mas cheguei a conclusão que deve ter sim quem inveje. E eu nem vou me preocupar com isso, porque sou do time que acredita que o invejoso é muito mais prejudicado que o invejado.

Não quero convencer ninguém de minhas ideias, mas eu gostaria de viver em um mundo onde pudéssemos realmente conviver com opiniões distintas, onde possamos aprender a ouvir o ponto de vista do outro. Não quero conviver com “eternas crianças birrentas”, que é a maneira como agem algumas pessoas. Como um exemplo de birra infantil, veja um comentário que recebi recentemente aqui no blog:

“Devemos lutar para remover o ferengismo de dentro da gente e tornarmos o mundo um local mais justo para todos.” Ohhhhhh!!! Você é socialista de iphone também?

A pessoa citou um trecho de um texto que escrevi (sobre Regras de Aquisição Ferengi) onde eu sugiro que o mundo poderia ser um lugar um pouco mais justo para me chamar de “socialista de iPhone”, que é uma expressão extremamente imbecil que se popularizou e é utilizada como um grande argumento.

O que quero dizer é que a briguinha esquerda x direita fez com que pessoas deixassem coisas fundamentais de lado porque elas “pertencem a ideologia oposta, ao time oposto”. Dentro desse contexto, a gente vê o aquecimento global sendo tratado com desprezo por pessoas “da direita” porque elas acreditam que o aquecimento global é “coisa de esquerda”, assim como outras pautas ambientais.  E a gente também vê pessoas “da direita” achando que lutar por uma sociedade mais justa e com renda melhor distribuída é apenas uma “coisa de esquerda” e portanto não é algo importante. E teve gente que reduziu a gravidade da morte da Marielle Franco e do Anderson Gomes porque ela era uma “parlamentar esquerdista”. Esse é o nível da discussão brasileira: polaridade e fanatismo que levam ao desrespeito e só ampliam a ignorância.

Outra coisa fundamental que as pessoas tem deixado de lado é o respeito e o amor. Lamentavelmente, 2018 será mais um ano polarizado, onde será impossível falar de política com a maioria das pessoas  sem provocar pequenas crises de relacionamento. Talvez você também se desentenda com familiares e conhecidos. E talvez você também se depare com pessoas que nada querem aprender.

 

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Filed Under: Blog, Opinião, Política Tagged With: filosofia de buteco, filosofia de chuveiro

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Comments

  1. PGM says

    28/04/2018 at 7:08 pm

    Só posso lhe dizer:
    Benvinda ao clube.
    8)

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