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A Terra está realmente esquentando: GISS Surface Temperature Analysis (GISTEMP)

17/04/2018 By Samantha Leave a Comment

O GISS Surface Temperature Analysis (GISTEMP) são dados de estimativa de mudanças na temperatura da superfície. Os dados são atualizados todos os meses usando informações de estações meteorológicas, oceânicas e da Antártica da rede da NOAA (conhecidas respectivamente pelos códigos  NOAA GHCN v3, ERSST v5 e SCAR). Esses dados são combinados conforme descrito em Hansen et al. 2010 e o responsável pela combinação e processamento dos dados é o Goddard Institute for Space Studies (GISS), por isso essa base de dados ficou conhecida por GISS ou GISTEMP e esses dados podem ser baixados aqui.

A partir desses dados, foi feito o gráfico a seguir, que calculou a anomalia de temperatura a partir da média calculada entre 1880-1920. Ou seja, em outras palavras observamos a evolução da anomalia de temperatura ao longo dos anos e essa anomalia de temperatura foi calculada fazendo-se uma subtração entre a temperatura média de cada um dos anos da série (1880 até 2017) e a temperatura média climatológica (chamaremos assim para simplificar), que aqui nesse caso é a média calculada entre 1880-1920.

A escolha do período de cálculo dessa temperatura média climatológica (período entre 1880-1920) é importante, pois trata-se de um período em que muitos países ainda não eram industrializados. Sendo assim, é possível comparar cada ano com um período anterior a industrialização.

Anomalia de temperatura entre os anos de 1880 e 2017 (calculada a partir da média entre 1880 e 1920). Fonte: pesquisa de James Hansen e Makiko Sato, obtido em site da University of Columbia.

Observe que nos últimos 50 anos temos um ajuste quase linear dos dados (linha verde), indicando uma elevação vertiginosa nas temperaturas (quando comparamos com as décadas anteriores). Os autores do estudo que contem o gráfico (James Hansen e Makiko Sato) também indicaram dois últimos El Niños recentes que foram responsáveis por temperaturas médias anuais significativamente mais altas. Essa questão dos El Niños também foi mencionada por Ed Hawkins no famoso gráfico de espiral.

Para suavizar os dados, primeiro foi colocada a anomalia de temperatura média anual (janeiro-dezembro) em pontinhos pretos e depois os autores fizeram a média contínua a cada 12 meses (linha azul). A linha vermelha do gráfico corresponde a uma média no período de 132 meses e a linha verde trata-se do ajuste linear dos últimos 50 anos (1970-2017), que indica que ocorreu uma elevação de 0,17°C por década.

Vocês se lembram daquele famoso gráfico em espiral que foi exibido na abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016? Pois então, eu falei sobre ele aqui e os dados utilizados para fazê-lo partem de outro pacote de dados, o pacote HadCRUT4. O HadCRUT4 é um conjunto de dados em grade de anomalias históricas globais de temperatura da superfície relativas a um período de referência de 1961-1990. Os dados estão disponíveis para cada mês desde janeiro de 1850, em uma grade de 5°. O conjunto de dados é um produto colaborativo do Met Office Hadley Centre e da University of East Anglia {x}.

Ou seja, aquele gráfico famoso em espiral é de um outro pacote de dados que não o GISTEMP. E onde eu quero chegar? Bom, aqui temos dois conjuntos de dados (GISTEMP e HadCRUT4) que apontam para a mesma evidência: as temperaturas médias da superfície elevaram-se gradativamente quando comparamos com o final do século XX a elevação ficou ainda mais evidente e mais “rápida” nas últimas décadas.

São fortes evidências do aquecimento global, um assunto que precisa sempre ser levado a sério, para que o obscurantismo e a desinformação não tomem conta da discussão.

O aquecimento global não é coisa de “esquerda” e é realmente lamentável que pautas científicas venham sendo tratadas dessa maneira por pessoas que pegam birra de um assunto que é discutido por pessoas que não compartilham a mesma ideologia política que si mesmas. Acredito que temos que ser equilibrados e nada como avaliar e estudar ideias antes de abraçá-las ou jogá-las fora: é a tal metáfora da caixa de bombom. Aqui no blog dou a minha contribuição quando o assunto é Meteorologia, para que vocês possam entender que o aquecimento global não tem bandeira política.  Como muito bem disse o Prof. Alexandre, certa vez: molécula de CO2 não possui orientação política (acho que foi ele que disse isso, não encontrei a fonte original).

Há um consenso atual de 97% da comunidade científica, que concordam que o aquecimento global que estamos vivendo nas últimas décadas é consequência das atividades humanas. Ter isso em mente é o primeiro passo para tomarmos atitudes e a ciência nem sempre nos dá boas notícias.

Bibliografia

  • Dados e informações sobre o GISTEMP
  • Global Temperature – University of Columbia
  • PDF de James Hansen  e de Makiko Sato falando sobre o gráfico
  • Fonte original do gráfico na University of Columbia

Dica de livro

O Meteorópole é afiliado da Oficina de Textos, uma editora séria que reconhecidamente conta com livros de qualidade e em português dentro de diversas áreas do conhecimento. Um livro super recomendado para quem está iniciando seus estudos em Meteorologia é Meteorologia: noções básicas, que conta com um time de autores excelentes (Rita Yuri Ynoue, Michelle S. Reboita, Tércio Ambrizzi, Gyrlene A. M. da Silva), todos professores de cursos de Meteorologia de diversas regiões do Brasil.

Hoje, o jornal em qualquer mídia apresenta e explica a dinâmica meteorológica. Embora façam parte de um sistema complexo, os fenômenos meteorológicos são apresentados nesta obra de forma simples e didática, desde os conceitos básicos de composição e estrutura da atmosfera até a previsão do tempo e do clima e as mudanças climáticas. {x}

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Filed Under: Blog, Mudanças Climáticas Tagged With: aquecimento global, gráficos, HadCRUT4, mudanças climáticas, temperaturas

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