
Ontem eu cometi uma gafe muito engraçada e depois fiquei pensando a respeito de como eu mudei a minha percepção e minha maneira de reagir diante de uma gafe ou mico, como preferirem.
A temporada de furacões no Atlântico e no Pacífico Oriental começa agora no final de maio e vai até o final de outubro, aproximadamente. Os meteorologistas sabem disso porque depois de mais de 100 anos observando furacões nesses lugares (e nas últimas décadas, com a ajuda dos satélites), sabemos que o período do ano em que eles costumam ocorrer é este: final de maio até o final de outubro. Em outras palavras, a climatologia nos permite saber qual a época do ano mais chuvosa, mais seca, mais fria, mais quente, que há maior incidência de nevoeiro, maior incidência de frentes frias, maior incidência de furacões, etc. O estudo ao longo de vários anos nos permite obter médias que auxiliam no preparo e nos planos de contingência diante da maior probabilidade de situações extremas.
Pois bem, esse preâmbulo é para dizer que os olhos dos meteorologistas já estão voltados para o Golfo do México, local onde costumam ocorrer os furacões mais destrutivos. Os Estados Unidos contam com o NHC (National Hurricane Center), que é um centro de monitoramento voltado para identificar as áreas onde furacões podem se desenvolver e monitorá-los para alertar a população. Além disso, outros países banhados pelo Golfo do México também possuem seus próprios serviços meteorológicos nacionais que trabalham em conjunto com o NHC.
Dentro desse contexto, ontem compartilhei esse tweet:
Hurricane experts are keeping an eye on storms brewing in the Gulf of Mexico https://t.co/phwgPkLcNe pic.twitter.com/UPpICfmtjE
— Newsweek (@Newsweek) May 14, 2018
Ou seja, assim como meus demais colegas de profissão, já estou de olho no Golfo do México. Eu estou tão maluca dos furacões que eu cometi uma gafe engraçadíssima: eu compartilhei o tweet a seguir achando que tratava-se da América do Norte (e por desatenção, li Atlântico no lugar de Pacífico):
01:37 on Sunday May 13th, over the North Pacific Ocean pic.twitter.com/zbe0MCB5AT
— DSCOVR:EPIC (@dscovr_epic) May 14, 2018
Que erro mais bizarro e que enorme falta de atenção. Quem chamou minha atenção para o erro foi o Daniel e claro, eu apaguei meu RT com o meu comentário.
Como vocês podem perceber, um erro bobo que denota falta de atenção e ansiedade em querer compartilhar uma informação com velocidade. Isso é bem perigoso, pois é dessa forma que a gente acaba acreditando em fake news e pior, compartilhando a informação falsa. Sempre tome muito cuidado:
- Nunca leia apenas a manchete da matéria;
- Atente para todos os detalhes do texto (leia mais sobre isso aqui);
- Leve em consideração a credibilidade de quem compartilha a informação;
- Preste MUITA atenção nas imagens para não passar vergonha como eu passei nessa ocasião.
- Pense e repense sobre o conteúdo lido antes de compartilhá-lo.
No meu caso não foi uma fake news que compartilhei (mas poderia ter sido). Foi realmente uma falta de atenção!
Eu agradeci o Daniel por ter me avisado e ri bastante. Eu decidi falar sobre isso porque eu quero compartilhar uma vitória com vocês. Como muitos dos meus leitores já sabem, passei da curva dos 30 anos há algum tempo. E eu posso dizer com vocês que a maturidade é uma coisa maravilhosa: quando eu me comparo com a Samantha de uns 10 anos atrás, eu nem me reconheço. Hoje sou uma pessoa mais segura, mais madura, mais confiante e que sabe priorizar o que realmente vale a pena.
Se eu tivesse cometido a mesma gafe há uns 10 anos atrás, eu teria feito uma enorme tempestade em um copo d’água. Eu teria ficado sem graça, teria inclusive ignorado o Daniel e eu me sentiria super mal comigo mesma. Hoje olho para trás e penso na imaturidade desse comportamento. O bom é rir de si mesma e agradecer quem te corrige e te ensina com amizade e respeito. Fiquei rindo bastante dessa mulher maluquinha que enxergou uma América do Sul na Austrália e uma América do Norte na Ásia😅🤣. E o principal, fico muito orgulhosa dessa mulher maluquinha que aprendeu a rir de si mesma e que aprendeu a ser grata pela vida e pelo aprendizado.
Essas pequenas vitórias são maravilhosas. Conseguir olhar para dentro de mim e ter condições de fazer uma auto-análise para perceber o quanto melhorei é algo que me deixa tão feliz e por essa razão eu decidi escrever esse texto. E sempre desejando que você também seja grata por sua história e aprenda a olhar para trás não com arrependimento, mas sim com orgulho de quem se tornou.
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