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Giro Meteorológico pelo Brasil – período de 16 a 24 de agosto de 2018

24/08/2018 By Samantha Leave a Comment

Feito com o Canva

Vamos ao nosso terceiro Giro Meteorológico pelo Brasil (confira os demais através da tag correspondente).

Seca no Nordeste – um dossiê

Vou começar falando sobre seca na Região Nordeste e recomendando um link bem interessante que conheci recentemente, que faz uma análise da seca em cada um dos estados nordestinos.

Na estação chuvosa de 2018 (fevereiro a maio), as chuvas atingiram a maior parte dos municípios do Semiárido brasileiro, aliviando a seca que já durava sete anos. No entanto, o meteorologista Humberto Barbosa explicou que o volume de chuvas foi inferior à média histórica, sobretudo nos estados da parte sul do Nordeste (parte de Pernambuco, Alagoas, Bahia e parte do sul do Piauí). “Essas chuvas foram insuficientes para diminuir o déficit de precipitação que a região vem sofrendo há sete anos, decorrentes dos impactos das secas meteorológica e hidrológica nos anos anteriores”, observou {x}.

Estive na região do semiárido em 2012 e os sinais da seca prolongada estavam começando. Lembro de moradores antigos da região que fui falarem que nunca tinha acontecido de a água não “descer a serra” para abastecer o vilarejo. As notícias da temporada de chuvas de 2018 foram animadoras, mas como destacou o colega anteriormente, ainda não foi o suficiente para acabar com o déficit de chuvas prolongado na região.

Vale a pena ler tudo, para entender melhor a situação da seca no Semiárido através de dados de satélite meteorológico (no caso, o Meteosat-10).

Tempo esquisito no Brasil?

É comum a gente ouvir por aí que o tempo está “esquisito”. Em alguns lugares falta chuva e em outros faz calor no inverno, por exemplo. Até que ponto isso é apenas percepção das pessoas (e que podem estar equivocadas) ou de fato há algo realmente estranho? Bom, para batermos o martelo e chegarmos a uma conclusão real, a gente precisa de dados meteorológicos.

Por exemplo, aqui em São Paulo-SP muita gente comenta que já não é tão frio quanto antigamente. E os dados confirmam isso, uma vez que as médias das temperaturas mínimas (menor temperatura do dia, geralmente no comecinho da manhã) tem se elevado ao longo dos anos. Falei sobre isso em várias ocasiões aqui no blog e recomendo esse post em especial.

Ou seja, nesse exemplo de São Paulo que mencionei acima, os dados meteorológicos ajudaram a explicar a percepção geral da população. Claro que manhãs frias no inverno não foram completamente extintas, mas a verdade é que os dados mostram que elas estão ficando cada vez mais raras.

Ao longo desse mês de agosto 2018, várias coisas atípicas, meteorologicamente falando, aconteceram no Brasil. A meteorologista Josélia Pegorim destacou por exemplo essa imagem de satélite (satélite GOES-16) para o dia 17 de agosto de 2018:

E o que tem de tão esquisito nessa imagem? Essa faixa de nebulosidade cruzando o país. Isso não parece coisa de mês de agosto, mas sim coisa de mês de setembro! Historicamente (ou seja, de acordo com as médias climatológicas), agosto é um mês seco em toda a região central do país.

E essas nuvens não eram apenas nuvens altas, que não causam precipitação. Foi possível observar nuvens baixas do tipo Cumulus com potencial para se desenvolverem em Cumulonimbus (Cb), que são nuvens de chuva forte e com raios. Na imagem acima, podemos observar essas nuvens no sul do Pará, no oeste do Tocantins, norte do Mato Grosso e boa parte de Minas Gerais (são os pontos quase circulares e bem branco-brilhante e as áreas azuis mais fortes, na imagem). Essa situação é muito atípica para esta época do ano. A imagem de satélite em questão é do canal IR ou IV (infravermelho) do satélite GOES-16. Lembrando que falei das primeiras imagens do GOES-16 nesse post e dei também algumas dicas de como interpretar imagens de satélite nesse outro post (na verdade, uma série de 3 posts, como vocês vão perceber ao clicarem no link).

As fortes pancadas de chuva observadas no extremo norte de Mato Grosso, de Goiás, no Tocantins, no Sul do Brasil, no oeste da Bahia são pouco comuns em agosto. Pela medição do Instituto Nacional de Meteorologia, São Miguel do Araguaia no extremo noroeste de Goiás, acumulou 71,4 mm em 6 horas no dia 16/8/18 {x}.

Para vocês terem uma ideia, a média climatológica de precipitação para São Miguel do Araguaia – GO é inferior a 50mm. Ou seja, em apenas 6h, choveu mais do que a média climatológica.

Quem leu o giro climatológico anterior reparou que vínhamos com um tempo muito seco no começo agosto (me refiro a região central do Brasil), o que é muito típico dessa época para essa região, já que a estação chuvosa ainda não deu as caras (só começa a chover em setembro). No giro anterior também falamos da neve na Serra Gaúcha e Catarinense no começo do mês. A neve costuma acontecer mais em junho e julho, mas ter neve em agosto nessa região ainda não é tão estranho assim, já que ainda estamos no inverno e as áreas subtropicais seguem mais a risca essa ideia “didática Sandy e Junior” de estações do ano.  E já que falei em neve, fala-se em previsão de neve para o próximo fim de semana na Serra Gaúcha e Catarinense.

Entre os meses de junho e julho, as frentes frias costumam ficar mais confinadas na Região Sul e avançam no máximo até o sul do Mato Grosso do Sul e São Paulo. Elas não conseguem se deslocar pela região central do Brasil e por essa razão, as chuvas ficam confinadas no Sul do Brasil. No máximo as frentes frias conseguem fazer despencar a temperatura em São Paulo e Mato Grosso do Sul nessa época do ano (sem trazer chuvas significativas para esses Estados).

Um padrão atmosférico que também é muito comum nessa época do ano são os bloqueios atmosféricos (região de alta pressão) no Oceano Pacífico (próximo à costa da América do Sul). Esses bloqueios fazem com que as frentes frias fiquem confinadas no Sul do Brasil durante essa época do ano (lembrando que me refiro ao inverno do Hemisfério Sul, meses de junho a agosto). Esse padrão de bloqueio foi rompido e permitiu que algumas frentes frias avançassem pelo território brasileiro, situação que foi destacada como exemplo na imagem de satélite mencionada anteriormente.

Além disso, quando esse padrão de bloqueio atmosférico se rompe, um maior fluxo de umidade vindo da Região Norte (o Jato de Baixos Níveis) consegue se deslocar até o Sul, criando um corredor de umidade que é raramente observado no mês de agosto (e é caracterizado por essa faixa de nuvens que ‘cruza’ o Brasil, que vimos na imagem de satélite usadas como exemplo).

A Climatempo fez um ótimo infográfico destacando essa situação atípica em agosto de 2018 e vale a pena conferir.

 

  🌦☔🌦

Dicas de livros: Atenção! 

Compre, amplie sua biblioteca e ajude o Meteorópole

Vou falar de um livro em português que é super recomendado para quem está iniciando seus estudos em Meteorologia. Meteorologia: noções básicas conta com um time de autores excelentes (Rita Yuri Ynoue, Michelle S. Reboita, Tércio Ambrizzi, Gyrlene A. M. da Silva), todos professores de cursos de Meteorologia de diversas regiões do Brasil.

Hoje, o jornal em qualquer mídia apresenta e explica a dinâmica meteorológica. Embora façam parte de um sistema complexo, os fenômenos meteorológicos são apresentados nesta obra de forma simples e didática, desde os conceitos básicos de composição e estrutura da atmosfera até a previsão do tempo e do clima e as mudanças climáticas. {x}

Vale muito a pena comprá-lo!

Outro livro bem bacana é o Geografia Aplicada ao Turismo, livro escrito por vários autores com organização do Raphael de Carvalho Aranha e do Antônio José Teixeira Guerra.

A obra apresenta uma abordagem ampla e integradora das ciências sociais e ambientais, numa perspectiva interdisciplinar, evidenciando a aplicabilidade da climatologia, geologia, geomorfologia, biogeografia, cartografia, geopolítica e cultura no Turismo, auxiliando esses profissionais a planejarem suas atividades turísticas, em escalas locais e regionais.

Todos os autores do livro são especialistas nas suas áreas e já vêm trabalhando há bastante tempo nos temas que se propuseram a escrever. Os sete capítulos abordam questões cruciais para a boa formação de um profissional em Turismo e para aqueles formados em Geografia que também se interessam pelo tema.

A grande quantidade de fotos, ilustrações, tabelas e gráficos pode auxiliar os leitores a entender melhor essas questões. A bibliografia apresentada também possibilita aos leitores se aprofundar em algum tema abordado no livro. O livro Geografia aplicada ao turismo pretende atender tanto a alunos de graduação como de pós-graduação em Turismo, Geografia e áreas afins, bem como a outros profissionais e ao público em geral interessado nessa temática. {x}

Geografia Aplicada ao Turismo é um livro muito indicado para profissionais da área do Turismo e Geografia. Se você viaja bastante, também é super recomendado! Confira!

E preciso indicar também dois livros de Climatologia, matéria essencial nos cursos de Geografia e Meteorologia (embora com abordagens diferentes). Indico Climatologia Fácil, de Ercília Torres Steinke. De acordo com o texto de divulgação:

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O que faz a asa-delta voar? O que é o fenômeno El Niño? Como são formados os desertos? Qual a diferença entre furacão e tornado? Perguntas cotidianas, feitas por alunos e reunidas pela autora durante seus mais de 15 anos de experiência no ensino de Climatologia, servem como ponto de partida para explicar conceitos e fenômenos climáticos de forma prática e original.
Ricamente ilustrada, a obra utiliza exemplos práticos para explicar os principais conceitos da Climatologia Geral, como movimentos de rotação e translação da Terra, radiação solar, umidade, precipitação e circulação atmosférica. Ao final do livro, a autora discute o aquecimento global e as polêmicas que o envolvem, levando o leitor a refletir sobre esse importante tema.

Climatologia fácil é uma referência prática e descomplicada para alunos de graduação em Geografia e Meteorologia e professores de ensino fundamental e médio, assim como todos aqueles interessados em conhecer mais sobre os fenômenos climáticos a partir de exemplos do nosso dia a dia. {x}

Recomendo!

O próximo livro de Climatologia é o Climatologia: noções básicas e climas do Brasil. Os autores são Francisco Mendonça e Inês Moresco Danni-Oliveira. De acordo com o texto de divulgação:

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Climatologia: noções básicas e climas do Brasil é uma obra de referência que reúne conceitos básicos de climatologia e meteorologia, com destaque para os domínios climáticos e sistemas atmosféricos que regem tempo e climas do continente sul-americano e Brasil.

Ao longo de sete capítulos, o livro traz um panorama sobre o clima e define didaticamente as diferenças entre climatologia e meteorologia. Iniciando com o ambiente onde ocorrem os fenômenos, analisa as propriedades da camada atmosférica com 10km de altura em torno da Terra e sua circulação. Mostra a dinâmica determinada por massas e frentes de ar na América do Sul.

O livro resgata o papel histórico das classificações, discute os modelos de classificação climática da Terra e apresenta os grandes domínios climáticos. Analisando as variações de temperatura e pluviometria ao longo dos anos, nas diversas regiões do País, define e apresenta os tipos climáticos do Brasil.

O livro reserva um capítulo final para falar sobre efeito estufa, desertificação, El Niño e La Niña, associados às mudanças climáticas globais.

Francisco de Assis Mendonça é mestre em Geografia Física, doutor em Clima e Planejamento Urbano. Atualmente é professor titular da Universidade Federal do Paraná (UFPR), pesquisador do CNPq, consultor da CAPES e FAPESC. É professor colaborador do mestrado em várias universidades do País. Atua nas áreas de climatologia, epistemologia da geografia, ambiente urbano e geografia da saúde.

Inês Moresco Danni-Oliveira é mestre e doutora em Geografia Física. Atualmente é professora adjunta da UFPR. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Climatologia Geográfica, atuando principalmente em clima urbano, poluição do ar e saúde, acidentes climáticos, impactos socioambientais e variabilidade climática. {x}

Recomendadíssimo!

Vocês já sabem: todos os livros da Oficina de Textos comprados a partir dos links no Meteorópole vão me gerar uma pequena comissão. Enriqueça sua biblioteca e ajude a manter o blog!

Observações adicionais

Notem que todas as notícias que serviram como base para esse Giro Meteorológico pelo Brasil estão indicadas como links ao longo do texto. Nunca esqueço de um leitor sem noção que disse que eu não coloco referências. Achei isso tão injusto que nunca vou me esquecer! Sempre coloco referências, seja como links ao longo do texto ou ao final do texto (indicando os links e os nomes dos livros, quando for o caso).

Quem me conhece sabe que eu sou ferrenha defensora da internet-livro e uma das coisas que eu realmente acredito e considero ético é que devemos sempre colocar os links e todas as referências que nos permitiram escrever determinado post.

Todos os Giros Meteorológicos pelo Brasil serão arquivados nessa tag.

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Filed Under: Blog, Notícias Tagged With: frente fria, giro meteorológico brasil, jato de baixos níveis, neve, seca

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