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Perguntas sobre tornados dos alunos da Prof. Gabriela – parte 2

22/08/2018 By Samantha Leave a Comment

Figura 1: edição de 8 imagens que mostram a evolução de um tornado que ocorreu em Minneola, Kansas, em 24 de maio de 2018. A primeira imagem (a esquerda) mostra o funil de nuvens se formando a partir da base das nuvens. A partir das imagens seguintes, esse funil começa a atingir a superfície, forma um giro mais intenso e fica mais ‘encorpado’. Cortesia de Wikimedia Commons

Esse post é uma continuação do post anterior, onde contei para vocês que participei ao vivo de uma aula de ciências de alunos do 5° e 6° ano. No post anterior respondi duas perguntas:

  • Se eu pular em um tornado, eu vou sobreviver?
  • Como é o aspecto de um furacão? E um tornado?

E no post de hoje vou responder mais 3 perguntas sobre o mesmo tema:

  • Como o tornado se forma?
  •  Posso surfar em um tornado?
  • Um peixe pode sobreviver em um tornado?

Essas perguntas foram enviadas pela Prof. Gabriela para que eu pudesse ter uma ideia do que os aluninhos dela poderiam me perguntar. Vamos portanto responder essas 3 perguntas faltantes e eu já convido vocês a fazerem perguntas sobre o tema através dos comentários.

3) Como o tornado se forma?

Eu respondo essa pergunta em mais detalhes nesse post, mas eu vou resumir os principais pontos. Esse post também trata bastante do tema!

Quando uma massa de ar quente e úmida encontra uma massa de ar quente e seca em uma região plana, podemos ter probabilidade do desenvolvimento de tornados. Se o encontro dessas duas massas de ar gerarem ventos que possuem rápida mudança de intensidade e direção com a altura (cisalhamento do vento), podemos ter o giro característico de um tornado (veja a Figura 1 como exemplo do desenvolvimento do tornado).

Esse encontro de massas de ar tem relação com áreas onde as super-células de tempestade podem se formar e essas super-células estão associadas á formação de tornados. Tornados quase sempre estão associados com tempestades intensas, com direito a granizo, chuva intensa, ventos intensos e raios.

4) Posso surfar em um tornado?

Acredito que a resposta para essa pergunta acabe tendo relação com o que discutimos na primeira pergunta. Como nem sempre tornados se formam na água e eles são pequenos e duram pouco para realmente formarem ondas significativas, vamos falar rapidamente dos furacões.

Como também discutimos no primeiro post, furacões são maiores e duram mais tempo e dependendo da posição do furacão em relação à costa, o fenômeno pode ajudar a formar ondas boas para o surf. É claro que a prática não é recomendada, principalmente se o furacão estiver muito perto da costa e se o surfista não for  experiente. É importante sempre estar atento com relação aos avisos sobre furacões, se você vive em uma área sujeita ao fenômeno.

Em um post recente, falei sobre surfistas da Califórnia que surfaram nas ondas formadas pelo Furacão John (Categoria 2) no início de agosto. O Furacão John não estava muito próximo da costa e ele era somente de categoria 2, mas é importante ressaltar que é necessário ser um surfista experiente, estar atento aos perigos e informado sobre a previsão do tempo e de ondas para realizar práticas assim.

5) Um peixe pode sobreviver a um tornado?

Acredito que essa pergunta deve ter vindo de alguns fãs da franquia Sharknado.

Bom, as trombas d’água (tornados que ocorrem na água) não se formam de baixo para cima, mas sim de cima para baixo. Ou seja, se formam nas nuvens e o funil vai se deslocando para o solo (veja Figura 1). Ao tocarem a água, as trombas d’água podem fazer a água da superfície espirrar.

Quando toca a água, o tornado (tromba d’água, no caso) encontra uma superfície mais rugosa e gradualmente vai perdendo sua intensidade. Mas conforme essa água da superfície vai espirrando, é possível que pequenos animais (peixes ou sapos) possam ser espirrados ou lançados com a força dos ventos e há até alguns relatos nesse sentido, porém a comunidade científica é bastante cética com relação a esses relatos. Até porque sapos se deslocam por conta própria e podem surgir em áreas urbanas também por exemplo.

Nos relatos que narram “chuvas de animais”, é dito que os animais já caíram mortos ou bem debilitados, certamente devido a queda.

A tromba d’água não chega a “entrar” muito na água e ele não carrega uma enorme quantidade de água a ponto de carregar um peixe grande. Entretanto, fiz algumas pesquisas e encontrei alguns relatos assustadores sobre tubarões:

  • Tubarão que fica fora d’água e ‘anda’ sobre as pedras
  • Tubarão pulando para fora d’água em busca de uma presa

Muita gente vai ler essas notícias e acreditar que o filme Sharknado poderia ser realidade, mas além do tornado não carregar uma grande quantidade de água, um animal desses certamente morreria com a queda, assim que o fenômeno cessasse.

Conclusão

Participar da aula da Prof. Gabriela foi muito interessante e eu acredito que outros professores poderiam se inspirar e chamar profissionais de várias áreas para interagir com os alunos. Obrigada pela oportunidade, Prof. Gabi!

Os alunos da Prof. Gabi acabaram me fazendo outras perguntas muito interessantes. Uma aluninha quis saber porque escolhi ser meteorologista e outro me perguntou sobre terremotos e tsunamis.

Vi naquelas crianças uma curiosidade muito vívida e que com toda certeza deve ser encorajada e valorizada. Se você é professora, educadora, mãe, pai, tio, tia, madrinha, padrinho etc, atue no encorajamento das crianças, levando-as a museus, bibliotecas, parques, espaços de divulgação científica, espaços culturais, etc. Isso faz um enorme bem para eles!

Links, referências e leituras adicionais

Além do que já indiquei ao longo do texto, temos:

  • Landspouts e waterspots também são tornados 
  • Como se formam os tornados?
  • Objetos que perfuraram troncos de árvore em tornados – AccuWeather 
  • O que acontece quando dois tornados colidem ou se aproximam?
  • Escalas de tempo e tamanho na atmosfera
  • Furacão Katrina
  • Como se formam os furacões?
  • Tornados e furacões são a mesma coisa?
  • Tornado – Wikipedia
  • Tornado pelo satélite? É possível?
  • O que é TORCON?
  • Chuva de peixes e sapos devido tornados?

Dicas de livros: Atenção! 

Vou falar de um livro em português que é super recomendado para quem está iniciando seus estudos em Meteorologia. Meteorologia: noções básicas conta com um time de autores excelentes (Rita Yuri Ynoue, Michelle S. Reboita, Tércio Ambrizzi, Gyrlene A. M. da Silva), todos professores de cursos de Meteorologia de diversas regiões do Brasil.

Hoje, o jornal em qualquer mídia apresenta e explica a dinâmica meteorológica. Embora façam parte de um sistema complexo, os fenômenos meteorológicos são apresentados nesta obra de forma simples e didática, desde os conceitos básicos de composição e estrutura da atmosfera até a previsão do tempo e do clima e as mudanças climáticas. {x}

Vale muito a pena comprá-lo!

Outro livro bem bacana é o Geografia Aplicada ao Turismo, livro escrito por vários autores com organização do Raphael de Carvalho Aranha e do Antônio José Teixeira Guerra.

A obra apresenta uma abordagem ampla e integradora das ciências sociais e ambientais, numa perspectiva interdisciplinar, evidenciando a aplicabilidade da climatologia, geologia, geomorfologia, biogeografia, cartografia, geopolítica e cultura no Turismo, auxiliando esses profissionais a planejarem suas atividades turísticas, em escalas locais e regionais.

Todos os autores do livro são especialistas nas suas áreas e já vêm trabalhando há bastante tempo nos temas que se propuseram a escrever. Os sete capítulos abordam questões cruciais para a boa formação de um profissional em Turismo e para aqueles formados em Geografia que também se interessam pelo tema.

A grande quantidade de fotos, ilustrações, tabelas e gráficos pode auxiliar os leitores a entender melhor essas questões. A bibliografia apresentada também possibilita aos leitores se aprofundar em algum tema abordado no livro. O livro Geografia aplicada ao turismo pretende atender tanto a alunos de graduação como de pós-graduação em Turismo, Geografia e áreas afins, bem como a outros profissionais e ao público em geral interessado nessa temática. {x}

Geografia Aplicada ao Turismo é um livro muito indicado para profissionais da área do Turismo e Geografia. Se você viaja bastante, também é super recomendado! Confira!

E preciso indicar também dois livros de Climatologia, matéria essencial nos cursos de Geografia e Meteorologia (embora com abordagens diferentes). Indico Climatologia Fácil, de Ercília Torres Steinke. De acordo com o texto de divulgação:

O que faz a asa-delta voar? O que é o fenômeno El Niño? Como são formados os desertos? Qual a diferença entre furacão e tornado? Perguntas cotidianas, feitas por alunos e reunidas pela autora durante seus mais de 15 anos de experiência no ensino de Climatologia, servem como ponto de partida para explicar conceitos e fenômenos climáticos de forma prática e original.
Ricamente ilustrada, a obra utiliza exemplos práticos para explicar os principais conceitos da Climatologia Geral, como movimentos de rotação e translação da Terra, radiação solar, umidade, precipitação e circulação atmosférica. Ao final do livro, a autora discute o aquecimento global e as polêmicas que o envolvem, levando o leitor a refletir sobre esse importante tema.

Climatologia fácil é uma referência prática e descomplicada para alunos de graduação em Geografia e Meteorologia e professores de ensino fundamental e médio, assim como todos aqueles interessados em conhecer mais sobre os fenômenos climáticos a partir de exemplos do nosso dia a dia. {x}

Recomendo!

O próximo livro de Climatologia é o Climatologia: noções básicas e climas do Brasil. Os autores são Francisco Mendonça e Inês Moresco Danni-Oliveira. De acordo com o texto de divulgação:

Climatologia: noções básicas e climas do Brasil é uma obra de referência que reúne conceitos básicos de climatologia e meteorologia, com destaque para os domínios climáticos e sistemas atmosféricos que regem tempo e climas do continente sul-americano e Brasil.

Ao longo de sete capítulos, o livro traz um panorama sobre o clima e define didaticamente as diferenças entre climatologia e meteorologia. Iniciando com o ambiente onde ocorrem os fenômenos, analisa as propriedades da camada atmosférica com 10km de altura em torno da Terra e sua circulação. Mostra a dinâmica determinada por massas e frentes de ar na América do Sul.

O livro resgata o papel histórico das classificações, discute os modelos de classificação climática da Terra e apresenta os grandes domínios climáticos. Analisando as variações de temperatura e pluviometria ao longo dos anos, nas diversas regiões do País, define e apresenta os tipos climáticos do Brasil.

O livro reserva um capítulo final para falar sobre efeito estufa, desertificação, El Niño e La Niña, associados às mudanças climáticas globais.

Francisco de Assis Mendonça é mestre em Geografia Física, doutor em Clima e Planejamento Urbano. Atualmente é professor titular da Universidade Federal do Paraná (UFPR), pesquisador do CNPq, consultor da CAPES e FAPESC. É professor colaborador do mestrado em várias universidades do País. Atua nas áreas de climatologia, epistemologia da geografia, ambiente urbano e geografia da saúde.

Inês Moresco Danni-Oliveira é mestre e doutora em Geografia Física. Atualmente é professora adjunta da UFPR. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Climatologia Geográfica, atuando principalmente em clima urbano, poluição do ar e saúde, acidentes climáticos, impactos socioambientais e variabilidade climática. {x}

Recomendadíssimo!

Vocês já sabem: todos os livros da Oficina de Textos comprados a partir dos links no Meteorópole vão me gerar uma pequena comissão. Enriqueça sua biblioteca e ajude a manter o blog!

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Filed Under: Blog, Educação, Furacão, Tornado Tagged With: ciclone tropical, commonplace book, dicas, formação de furacões, formação de tornados, furacão, furacões, instagram, livros, tornado, tufão, tufões

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