
A imprensa muitas vezes utiliza o termo ativismo como um sinônimo para manifestação o protesto. Normalmente o termo pode ser entendido como uma militância ou ação continuada com objetivo de uma transformação social ou política. Em algumas situações, o ativismo pode apresentar alguma afronta aberta à Lei (prática de terrorismo, por exemplo) ou afronta aos costumes (ativismo usando nudez, por exemplo).
Um grande exemplo de ativismo na história recente do Brasil foi o movimento Diretas Já, que reivindicava eleições diretas para Presidente da República. Nós pudemos votar no último domingo porque um enorme grupo de pessoas dispostas e ávidas por transformação possibilitaram essa liberdade e essa oportunidade.
O ativismo pode ser uma manifestação ao ar livre (uma passeata, uma marcha prol alguma mudança, por exemplo) ou pode ser um boicote ao consumo de certos produtos. São manifestações públicas organizadas e hoje em dia essa organização tornou-se mais fácil devido ao uso das redes sociais.
Definir ativismo é difícil, pois como sugeri nos parágrafos anteriores, ele pode assumir várias formas. Pode ser uma passeata tranquila, pode ser a invasão de terrenos ou propriedades, pode assumir a forma de desobediência civil de um modo geral, pode ser até a coleta de assinaturas (abaixo-assinados) ou através de uma carta-manifesto pública. Até um grupo em uma rede social que promove ações como tuitaços ou compartilhamento em massa de posts ou imagens que representem ideias específicas também pode ser considerado um grupo de ativistas.
O que une os ativistas é a causa que eles representam. Há ativistas ligados à causa feminista, à causa LGBTQI+, à movimentos políticos, etc. Mas também há ativistas que estão unidos por motivos bem específicos e pontuais como um grupo de vizinhos que se une contra a destruição de uma praça ou pede a construção de um posto de saúde ou centro cultural. Professores ou outros grupos profissionais que se unem para pedirem melhores salários e melhores condições de trabalho também são ativistas. Em geral, membros de sindicatos que denunciam os patrões ou acolhem colegas que foram desrespeitados também podem ser considerados ativistas.
Não sou da área de Ciências Sociais e escrevo com base naquilo que conheço na prática e através da leitura de jornais, por isso o texto está bem simples. O que quis mostrar aqui é que o ativismo é importante para provocarmos transformações na sociedade. Dentro de uma sociedade livre, as pessoas tem o direito de se manifestar. Nem sempre concordamos com um determinado grupo que se manifesta por alguma razão e nem sempre concordamos com os métodos utilizados pelos ativistas, pois em algumas situações esses métodos colocam vidas de pessoas em risco. E é evidente que há certas ações que os ativistas tomam que precisam ser analisadas e julgadas com justiça, para que pessoas responsáveis por atos perigosos possam responder por crimes que cometeram. No entanto, todos temos o direito de nos manifestar e precisamos ouvir os manifestantes de outros grupos para compreendermos o que eles manifestam, pois é uma oportunidade importante para compreendermos os pontos de vista e as reivindicações dos outros e permitirmos uma abertura para o diálogo. A sociedade não é composta por pessoas que pensam e se comportam de maneira exatamente igual. Todos temos que cumprir leis e deveres, porém há grupos pertencentes à realidades distantes das nossas que possuem reivindicações legítimas e que merecem serem ouvidas em busca de uma melhor qualidade de vida e uma sociedade mais justa.
Você pode nunca ter ido a uma passeata, mas certamente já discordou de alguma coisa que seu empregador fez e certamente se revolta com diversas situações envolvendo a política de nosso país. Certamente, como consumidor, você já foi desrespeitado por uma empresa e provavelmente manifestou seu descontentamento com amigos ou em uma rede social. Essas coisas, de certo modo, são formas de ativismo, nem que sejam bem pontuais. Numa sociedade livre, todos tem o direito de se manifestar e temos que permitir que mesmo aqueles com quem não concordamos também tenham esse direito. O ativismo não pode ser proibido. Podemos discordar dos motivos dos ativistas, porém proibir o ativismo é impedir que nós mesmos possamos nos manifestar em outras situações.
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