Não vou mentir para vocês: toda essa discussão sobre as eleições de 2018 tem me deixado bem desanimada, sem vontade de postar. É lamentável, eu sei. Inclusive tenho refletido muito sobre isso.
Além disso, tem toda a questão dos meus afazeres, comuns a qualquer pessoa. O blog é apenas cuidado por mim, eu tenho um trabalho além dele e outras tarefas cotidianas. Então infelizmente não tive tempo de escrever mais. Semana passada por exemplo foram poucos posts. Se você quiser um acompanhamento mais em “tempo real” dos furacões e não se importa em ler meus comentários sobre outros temas, siga-me no Twitter (@samanthaweather). Eu tenho uma troca bem bacana com a maioria dos meus seguidores, apareça lá e interaja também.
Para quem não está entendendo a conversa, eu tenho escrito posts sobre a temporada de ciclones tropicais de 2018 e eu demorei para escrever uma atualização sobre o assunto. Enfim, depois de quase 1 mês, decidi continuar escrevendo e vamos falar sobre o Furacão Leslie e sobre o Furacão Michael, que foram certamente os destaques dos últimos dias. Porém também vou falar do Tufão Trami e do Tufão Kong-rey e também falarei dos furacões Rosa, Sergio e Walaka.
Ciclones tropicais, furacões e tufões são o mesmo fenômeno! Se você não sabia disso, veja esse post onde também conto como eles se formam.
Quem acompanhou os outros posts da série sabe que eu separo a discussão pelas regiões de formação ou bacias de formações de ciclones. Vou falar sobre as áreas I e II (indicadas na Figura 1 abaixo), sobre a área III e sobre a área IV de formações de ciclones (também indicadas na Figura 1 abaixo). Vou acabar focando mais nas área I e II, pois há dados mais organizados sobre essas áreas, onde o NHC faz um tradicional e excelente trabalho de monitoramento.

Área I: Golfo do México + Atlântico
Essa área é monitorada pelo NHC (National Hurricane Center), que é ligado a NOAA (National Oceanic and Atmospheric Research). Para essa região, os nomes designados para as tempestades tropicais e furacões são:
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Na cor rosa na lista acima, temos os furacões e tempestades tropicais que se desenvolveram desde o último post da série. Vou falar primeiro do Furacão Leslie, que eu inclusive destaquei em um tweet:
#Leslie em Coimbra! Isso mesmo, fez um caminho completamente diferente do esperado para um furacão. Vou ver se consigo escrever sobre isso essa semana.. https://t.co/BpkkIlSUp0
— 🇧🇷🖖Samantha Martins🌈🌧️ (@samanthaweather) October 15, 2018
E o que menciono no tweet é exatamente o que mais chamou a atenção no Furacão Leslie: sua trajetória diferente. Ao invés de nascer na costa da África e se deslocar em direção ao Golfo do México (atravessando o Atlântico), Leslie foi para Portugal.
Uma das condições necessárias para que um furacão se desenvolva é que já exista próximo a superfície uma área de baixa pressão ou uma região de convergência. Essas áreas precisam ser quentes e úmidas e climatologicamente nós já conhecemos essas áreas, pois com a melhoria dos métodos de observação da atmosfera (principalmente com o surgimento de satélites meteorológicos) pudemos ter dados de várias regiões do globo ao longo de vários anos e assim chegar a algumas conclusões.
As ondas tropicais (ou ondas de leste) são especialmente importantes para a formação dos furacões. As ondas de leste se deslocam de leste para oeste pelo Atlântico Tropical através dos ventos alíseos (trade winds). As ondas tropicais são uma região alongada de relativa baixa pressão atmosférica (chamamos de cavado). Uma região de baixa pressão é uma região onde tipicamente temos movimento ascendente de ar (o ar sobe), o que favorece a formação de nuvens {x}.
No Atlântico, a área onde muitos furacões nascem é a costa da África. Ali, nascem como distúrbio ou perturbação tropical, que podem evoluir para tempestades tropicais ou até para furacões conforme vão se deslocando e encontrando águas mais quentes e pouco cisalhamento do vento (eu conto tudo isso nesse post). Essas depressões tropicais também podem surgir mais no “meio do caminho” entre a África e a América e também podem surgir já próximo a costa da Flórida ou dentro do Golfo do México, dependendo das condições atmosféricas serem favoráveis em cada região.
Por volta do dia 22 de setembro, uma área de baixa pressão surgiu mais ao norte do Oceano Atlântico. Como vocês podem notar na Figura 2, essa área surgiu mais ao norte e bem “no meio” do Atlântico e aparece como o primeiro triângulo de cor azul da linha que destaca a trajetória de Leslie. Esse triângulo é um ciclone extratropical, ou seja, não é um furacão.

Aparentemente, esse ciclone tropical acabou surgindo ao longo de uma área frontal associada ao que restou do Furacão Florence. Se você quiser “voltar no tempo” e entender o Furacão Florence, confira o post anterior.
Bom, no dia 23 de setembro, essa área ficou mais organizada e foi chamada de tempestade subtropical Leslie. E vejam como a gente vai aprendendo a cada temporada de furacões: eu não imaginava (ou nunca tinha reparado) que nomeassem também as tempestades subtropicais e Leslie foi um exemplo para mim, nesse sentido.
Entre o dia 23 e 25 de setembro, Leslie enfraqueceu e voltou a ser apenas uma depressão subtropical. Entre os dias 25 e 26 de setembro, Leslie ganhou status de ciclone extratropical e após interagir com um pequeno sistema frontal atuante na região e acabou ganhando status de furacão. Leslie é um exemplo perfeito para falarmos sobre processos baroclínicos e me faz pensar que ainda há uma infinidade de assuntos que preciso tratar aqui no blog. Mas apenas para resumir, regiões baroclínicas são zonas onde há muita instabilidade (ocorrem em frentes frias, por exemplo).
Quando Leslie ganha o status de furacão pela primeira vez (por volta do dia 25-26 de setembro), é quando na figura 2 podemos ver as “bolinhas brancas” ainda no meio do Atlântico. Nos dias seguintes, Leslie volta a enfraquecer, porém mantém características de tempestade tropical. Dias depois voltou a ser um ciclone extratropical e transicionou novamente para ciclone tropical (furacão), quando por fim atingiu a cidade de Figueira da Foz, ao norte de Lisboa, na noite do dia 14 de outubro. Foram registrados destelhamentos e quedas de árvores na região, com rajadas máximas que atingiram cerca de 170km/h. Infelizmente duas pessoas faleceram em decorrência de causas relacionadas ao furacãoLeslie.
O que restou de Leslie depois de sua dissipação gerou áreas de instabilidade que causaram chuvas relativamente intensas na Espanha e na França. Na França, foram registradas 13 mortes em decorrência das enchentes.
Furacões irem em direção ao Atlântico Norte na costa européia não são um fato completamente incomum. Ano passado mesmo tivemos o Furacão Ophelia, que causou problemas na Grã-Bretanha e ameaçou as ilhas portuguesas.
Agora vamos falar do Furacão Michael, um nome que certamente será removido da lista de nomes de furacões (talvez até Leslie também seja removido da lista). Como já disse anteriormente, as listas de nomes são re-aproveitadas a cada 6 anos. Quando um furacão causa muitas mortes e muita destruição, o nome costuma ser removido da lista. O Furacão Michael causou mortes nos Estados Unidos, em Honduras, na Nicarágua e em El Salvador. Michael se desenvolveu em 7 de outubro e se dissipou em 15 de outubro. Cerca de 300 pessoas foram evacuadas de uma área a oeste de Cuba, para prevenir mortes. Algo que precisa ser elogiado em Cuba é a seriedade do serviço meteorológico e dos serviços de evacuação, sempre minimizando as fatalidades.
Michael nasceu no Golfo do México bem na costa da Honduras e Nicarágua e rapidamente se desenvolveu em Furacão. Ao atingir a Florida (na região da Panhandale, que é aquela parte da Flórida que não fica na península e fica mais a oeste no Golfo do México), tinha categoria 4. Nos EUA, Michael provocou estragos e mortes na Florida Panhandale e na Georgia. Na Florida, na Mexico Beach, as imagens que mostram o antes e o depois da passagem de Michael são assustadoras.

O furacão Michael obteve um recorde interessante: é o terceiro em termos de menor pressão registrada em seu centro. A menor pressão registrada no centro de Michael foi 919 hPa. Em primeiro e segundo lugar estão o famoso furacão do dia do trabalho (Labor Day) de 1935 com pressão mínima de 892hPa e na sequência está o furacão Camille (1969) com 900hPa de pressão mínima.
Um destaque do Furacão Michael e que possibilitou seu rápido desenvolvimento foi a temperatura média da superfície do mar no Golfo do México estar acima da média climatológica. Outro destaque foi a região mais atingida, a Florida Panhandale, que não é tão normalmente atingida por furacões. {x}

Outra coisa importante a se destacar sobre o furacão Michael é que ele foi um furacão intenso e não teve o nome de mulher (ok, pessoas do contra mencionarão Michael Burnham). É importante destacar isso e quem compreendeu como os furacões recebem seus nomes já entendeu que os nomes são alternados entre nomes masculinos e femininos (isso pelo menos nas áreas I e II, que são monitoradas pelo NHC – Figura 1).
Imagem mostra os sedimentos e detritos carregados para o mar como consequência do Furacão Michael: https://t.co/nv74Vt61qp
Observe a costa da Florida Panhandale (parte da Florida que fica fora da península).
— 🇧🇷🖖Samantha Martins🌈🌧️ (@samanthaweather) October 17, 2018
Área II: Pacífico Oriental (costa pacífica dos EUA, México e outros países da América Central e Canadá)
Essa região também é monitorada pelo NHC. Os nomes para o Pacífico Oriental para a temporada de 2018 são:
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Cabe como destaque e não aparece na lista acima o furacão Walaka. E o furacão Walaka não aparece na lista acima porque ele se desenvolveu no limite da Área II com a Área III (Pacífico Central) e acabou ficando sob responsabilidade do CPCH, que monitora a área III. Para facilitar, vou falar do furacão Walaka quando eu falar sobre a Área III.
Bom, tivemos como destaques o furacão Rosa e o Furacão Sérgio e ambos atingiram categoria 4 na escala Saffir-Simpson. Como estou falando muito dessa escala ao longo do post, vou deixar esse link para vocês entenderem. A questão é que furacões categoria 1 são mais fracos (ventos menos intensos) e furacões categoria 5 são mais intensos (ventos mais intensos). Mas claro, isso depende de o furacão atingir ou não uma área habitada. Além disso, um furacão pode atingir categorias altas em alto mar e reduzir sua intensidade ao se aproximar da costa. Foi por exemplo o que aconteceu com o Furacão Sérgio e com o Furacão Rosa. Ambos chegaram a categoria 4 em alto mar, bem distantes da costa da Califórnia e distantes de ilhas. Claro que isso é um perigo para embarcações, que não devem passar pela área de atuação do fenômeno.
Além disso, se o furacão não faz seu landfall (atinge a área continental) porque se dissipa antes disso, também temos aí uma vantagem importante. Se uma tempestade chega com o status de furacão na costa, temos riscos sérios para as pessoas e para as infra-estruturas. Se o furacão se dissipa antes de chegar na costa, podemos ainda esperar ventos fortes (acima de 50km/h) de uma tempestade tropical, porém nada comparado com um furacão. Podemos também ter chuvas intensas e áreas de instabilidade, mas isso nem se compara ao que um furacão de fato pode causar quando atinge a área costeira, como o Furacão Michael que discutimos anteriormente.
Área III: Pacífico Central
Quem monitora os furacões no Pacífico Central é o CPCH, também ligado à NOAA. É uma área estratégica para os EUA, uma vez que o Hawaii constitui também em um Estado norte-americano.
Agora sim vamos falar do Furacão Walaka que foi motivo de muita preocupação no Atol Johnston, ilhas noroestes do Hawaii e também na Columbia Britânica (Canadá) e Alasca. Walaka começou a se desenvolver por volta do dia 29 de setembro e em apenas 2 dias tornou-se um furacão. Já no dia 01 de outubro, evoluiu para um furacão categoria 4. Foi a primeira tempestade da temporada de 2018 no Pacífico Central a ganhar um nome. A última havia sido o Furacão Ulika, em 2016.
Como não é comum termos o desenvolvimento de furacões dentro da Área III (muitas vezes eles ‘nascem’ na área II e vão passear pela área III, como vimos anteriormente esse ano para o caso do Furacão Lane), acho que eu ainda não havia falado para vocês como funcionam os nomes dos furacões que se desenvolvem na área III. São na verdade 4 listas e os nomes são utilizados um após o outro. Quando o final de uma lista é alcançado, o primeiro nome da lista seguinte é utilizado. As listas não recomeçam ano após o início de cada ano: a nomeação começa de onde parou. Sendo assim, tivemos o furacão Ulika em 2016 e este ano tivemos o furacão Walaka (veja as listas abaixo) porque era o próximo nome na sequência (veja a lista 4 abaixo). O próximo furacão que se desenvolver na Área III se chamara Furacão Akoni (veja o primeiro nome da Lista 1 abaixo). A fonte dessa informação é a própria NOAA.
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Apesar de causar preocupação e provocar evacuações em diversas áreas, felizmente Walaka não fez nenhuma fatalidade. O fenômeno contornou o Hawaii, local onde os habitantes já tinham uma preocupação e um certo medo devido a passagem do Furacão Lane em agosto deste ano. Daqui a pouco vou falar da Área IV (Pacífico Ocidental), mas já adianto uma curiosidade interessante: mais ou menos no mesmo instante que Walaka era um furacão de categoria 5, no Pacífico Ocidental o Tufão Kong-rey também atingia categoria 5. É a primeira vez, desde 2005, que dois ciclones tropicais de categoria 5 existem ao mesmo tempo. Quem gosta de estatísticas curiosas talvez goste dessa informação. É importante, no entanto, destacar que o desenvolvimento do Tufão Kong-rey e do Furacão Walaka não estavam diretamente relacionados e essa informação foi apenas uma coincidência.
Área IV: Pacífico Ocidental
Como eu mencionei nesse post, a questão dos nomes no Pacífico Ocidental é um pouco complicada. Embora a maior parte dos países membros do ESCAP/WMO Typhoon Comittee concorde com o que chamam de uma lista internacional de nomes, as Filipinas acabam tendo sua própria lista de nomes. Para não deixar o post confuso, vou falar apenas da lista internacional de nomes (elaborada pelo ESCAP/WMO Typhoon Comittee) para a temporada de tufões de 2018:
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O nome tufão é empregado nessa região (entre 180°E e 100°E). Como sempre reforço, é uma questão de nomenclatura local. Tufões e furacões são o mesmo fenômeno e o nome técnico em ciclone tropical.
Desde o último post da série, os tufões que se desenvolveram na área IV foram Trami e Kong-Rey, que atingiram categoria 5. O Tufão Trami se formou por volta do dia 21 de setembro e no dia 24 de setembro atingiu categoria 5. Felizmente ao atingir a região de Wakayama, no Japão, estava enfraquecido (categoria 2), mas causou sérios problemas na região. Até onde li, 4 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas. Faltou eletricidade em boa parte da região de Wakayama, como consequência dos danos nas infra-estruturas.
Já o Tufão Kong-Rey começo a se formar por volta do dia 29 de setembro na Ilha Pohnpei, na Micronésia. Por volta do dia 2 de outubro, atingiu categoria 5. No dia 6 de outubro, já enfraquecido como tempestade tropical, atingiu a região de Gyeongsang, na Coréia do Sul e também impactou o sul de Hokkaido, no Japão. O Tufão Kong-rey deixou mortos e desabrigados na Coréia do Sul. O Tufão Kong-rey atingiu o Japão apenas 48h depois do Tufão Trami (embora em regiões diferentes do país). O Japão é marcado por catástrofes naturais (vulcanismo, tsunamis, terremotos e tufões) e apesar de tudo isso aparece em posições de destaque em indicadores socio-econômicos. Sem dúvida uma lição de organização e resiliência para o restante do mundo.
Nota final
Os tweets que mencionei ao longo do texto foram compartilhados por mim em minha conta no Twitter. Para acompanhar meus comentários e compartilhamentos de informações sobre ciclones tropicais em tempo real, sigam-me: @samanthaweather. Falo também sobre outros assuntos relacionados com Meteorologia, Divulgação Científica, Educação e Arte. Muitas vezes reclamo e falo de política, embora tente me policiar para não ser chata. A vida é assim, quem tem perfil no Twitter acaba tratando o serviço como um ‘boteco’ em certos momentos.
E eu falo coisas sobre meu cotidiano e sobre meu trabalho no Instagram também: @samanthaweather.

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Leia mais + bibliografia usada ao longo do texto
- Site do NHC/NOAA
- Site do Central Pacific Hurricane Center – PRH/NOAA
- Temporada de furacões de 2018 no Pacífico
- Temporada de furacões de 2018 no Atlântico
- Temporada de tufões de 2018
- Furacão Florence
- Confira todos os posts do Meteorópole sobre a temporada de furacões de 2018
- Storm Surge
- Tufão Mangkhut
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