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Sofro preconceito por cristã no meio científico?

14/03/2019 By Samantha Leave a Comment

Mãos em oração com uma cruz ao fundo. Cortesia de Stock Unlimited.

Em minhas andanças por igrejas evangélicas desde que nasci, já ouvi bem mais de uma vez o discurso da perseguição. A história é sempre a mesma: o líder religioso lá na frente da igreja diz que os cristãos são perseguidos no Brasil e justifica essa afirmação de maneiras subjetivas e bizarras, tais como:

  • porque hoje em dia tem muita pouca vergonha com os gays e carnaval;
  • porque a ciência quer tomar o lugar de Deus;
  • porque as mulheres querem ser a cabeça do lar;

Esse discurso da perseguição é muito útil porque faz com que as pessoas tornem-se mais unidas para se defenderem dessas supostas ameaças apresentadas pelo pastor. Além disso, ao meu ver esse tipo de discurso tem um quê expiatório, uma vez que coloca os holofotes da natureza pecaminosa humana no outro já que quem age assim se considera “eleito” ou “escolhido”. Esse discurso sempre me incomodou. Nunca consegui aceitar que os gays são menos dignos do que héteros ou que as mulheres de alguma maneira são menos capazes do que os homens. Eu acho a Ciência um dos maiores presentes que Deus deu para a humanidade e eu conheço várias mulheres fortes. Inclusive nós podemos ser a cabeça do lar e somos, já que ao menos 40% dos lares são chefiados por mulheres: eu e você conhecemos alguma família em que não há a figura do pai. Essas incongruências e a hipocrisia que eu vi recorrentemente em várias igrejas eram uma bomba que podia explodir a qualquer momento na minha cabeça.

Essas coisas estavam fervilhando na minha cabeça no final da adolescência e início da vida adulta. Sempre fui bem direcionada aos estudos, meus pais sempre me incentivaram e quando estudamos, a mente expande. Na mesma época, tomei algumas decisões muito equivocadas em minha vida sentimental e sofri uma desilusão amorosa por parte de uma pessoa extremamente hipócrita de dentro da igreja. Olhei para mim e percebi que estava me tornando hipócrita convicta. De repente, a bomba explodiu.

Eu sempre tive fé em Deus. É algo que eu não consigo explicar. Já questionei essa fé e muitas vezes ainda questiono, mas ela retorna cada vez mais forte. Não me sinto especial ou melhor por ter essa fé, na verdade muitas vezes meio que invejo meus amigos ateus. Eu tenho fé em Deus porque isso faz parte de mim, não consigo deixar de ter essa fé.

Já tive muitas experiências negativas em igrejas cristãs evangélicas. Vivi coisas desagradáveis em algumas igrejas e muito disso aconteceu quando eu estava na adolescência, uma fase que naturalmente já é difícil.

Passei muito tempo dentro de uma igreja evangélica neopentecostal, cuja denominação (nome da igreja, existem vários nomes de igreja) eu prefiro não mencionar para não causar polêmica desnecessária mas é aquela igreja que tem quatro símbolos (entendedores entenderão). Eu lembro que a cobrança por sua vida ter um propósito e por você ter um ‘chamado’ ou um trabalho dentro da igreja eram coisas que me chateavam. Eu já estudava, fazia curso técnico e fazia curso de inglês. Pensando bem hoje, vejo o quanto meus pais se empenharam para que minha vida tivesse um propósito e eu não precisava daquelas cobranças sem sentido da igreja. Com o que estudei, posso ganhar meu sustento e ajudar outras pessoas. Pude constituir família e conhecer pessoas incríveis. Ou seja, minha vida tem propósito. E mesmo naquela época, adolescente, eu estava fazendo o que todo jovenzinho deve fazer: estudar. E estudar é ter um propósito na vida.

Minha vida espiritual foi muito pouco alimentada nessa igreja. Eu sinto falta de alguns amigos que fiz lá e lembro com carinho de algumas atividades que ajudei a realizar. Porém percebo que não recebi o alimento espiritual que eu precisava, porque a igreja se preocupava com “cargos”, “batismo no Espírito Santo” (falar em línguas) e fofocas.

Eu acabei me afastando da igreja, passei por crises de culpa, altos e baixos e problemas de autoestima. É realmente um milagre que eu tenha conseguido passar por tudo isso sem ajuda de um profissional da psicologia. Por fim, os anos passaram, eu senti sede de buscar a Deus e percebi que eu me sentia muito bem orando em casa e lendo a Bíblia. Tentei frequentar igrejas outras vezes e grupos de estudo bíblico, mas nunca consigo me firmar em nada desse tipo. O “fantasma” das situações desagradáveis que vivi sempre me acompanha, além disso atualmente minha vida tem outras demandas e me sinto feliz com elas. E como eu disse, eu me sinto bem buscando a Deus em minha casa, não acho que eu seja menos cristã por isso.

Conheci muita gente incrível com histórias que continham elementos parecidos com a minha própria história (como o Cedric e o Leo, do Teolabcast e o Lemke) e a minha fé na salvação através de Jesus Cristo foi se consolidando. Hoje posso dizer que minha fé e certeza da salvação são mais fortes do que foram em qualquer outro momento de minha vida.

Bom, vocês sabem que meu blog é um espaço de divulgação científica, mas aqui também falo sobre minha vida e sobre outras coisas que eu gosto. Eu colaboro e participo de diversas produções de conteúdo de divulgação científico. Conheço muitos ateus, muitas pessoas sem religião e pessoas de outras religiões. Nunca ninguém chegou até mim, diretamente, questionando o fato de eu ser cristã. Meu conteúdo sempre tentando buscar a verdade fala por si e isso me garante. Além disso, nunca tentei converter ninguém para o Cristianismo através do blog. Eu apenas vivo minha vida e como crer em Cristo é parte de minha vida, claro que vocês vão me ouvir falando disso aqui ou nas redes sociais.

Claro que já li/ouvi piadinhas ou críticas mais contumazes contra cristãos ou contra o Cristianismo em muito mais de uma ocasião. Quando a crítica é válida, eu leio com atenção e reflito sobre ela. Quando a crítica é vazia e ignorante, motivada por um sentimento de mágoa, eu simplesmente ignoro ou me mantenho em oração se for o caso. Eu entendo que como eu, muita gente teve experiências negativas dentro de igrejas e isso abala profundamente a fé e a opinião das pessoas.

Quem diz que cristãos são perseguidos, não deve ter notado que mais de 80% da população brasileira é cristã e mais ou menos 20% é protestante/pentecostal/neopentecostal/evangélico/crente. Em várias ocasiões, se dizer “crente” é considerado como um sinônimo de integridade (não sejamos tolos, por favor). Perseguidos são os membros de crenças minoritárias, principalmente se essas crenças envolverem o uso de trajes específicos (como os muçulmanos e os praticantes de religiões de matriz africana). Esses são perseguidos porque são considerados inimigos ou são considerados demoníacos, discurso muito recorrente por parte de alguns líderes evangélicos. Quem critica os terroristas que justificam sua violência através da religião islâmica, não sabe que por exemplo o IRA era um grupo paramilitar católico que foi responsável por diversos atos de terrorismo. Talvez também não se lembrem, por exemplo, dos Cruzados que foram um grande exemplo de violência justificada pelo Cristianismo. A Escravidão foi outro exemplo. Enfim, professores de História e pessoas mais informadas do que eu, deixem outros exemplos nos comentários.

Perseguidos são os membros de crenças minoritárias, principalmente se essas crenças envolverem o uso de trajes específicos (como os muçulmanos e os praticantes de religiões de matriz africana). Esses são perseguidos porque são considerados inimigos ou são considerados demoníacos, discurso muito recorrente por parte de alguns líderes evangélicos. Quem critica os terroristas que justificam sua violência através da religião islâmica, não sabe que por exemplo o IRA era um grupo paramilitar católico que foi responsável por diversos atos de terrorismo. Talvez também não se lembrem, por exemplo, dos Cruzados que foram um grande exemplo de violência justificada pelo Cristianismo. A Escravidão nas Américas foi outro exemplo. Enfim, professores de História e pessoas mais informadas do que eu, deixem outros exemplos nos comentários.

Eu não fico o tempo todo falando que sou cristã dentro de um ambiente de trabalho ou acadêmico, por exemplo. Eu só trabalho e pronto, ninguém tem que ter nada a ver com minhas orações. Mas é natural que o assunto religião surja em uma roda de conversa entre pessoas que convivem entre si há algum tempo. E eu falo sobre isso naturalmente e cada um vai tirar suas próprias conclusões sobre mim, mas isso não me incomoda. Se alguém questionasse minha capacidade apenas pela minha fé, isso diria muito mais sobre essa pessoa do que sobre mim. Afinal, tanta gente por aí que se apresenta como vanguardista desconstruído e na verdade tem mais preconceitos que muitos religiosos.

Algumas piadas que as pessoas fazem com a figura de Cristo me incomodam porque eu considero ofensivas, mas eu jamais exigiria a censura de coisa alguma. Eu acho que Deus é tão grandioso que ele não vai “soltar um raio fulminante” em cima de alguém que fez uma piada, por mais de mau gosto que seja. Se eu acreditasse que Deus é assim, não o seguiria.

Sendo assim, estou de boa e nunca me senti perseguida. Há inclusive membros do alto escalão do atual governo que consideram que cristãos são perseguidos, mas eu não estou vendo ninguém ser preso aqui no Brasil por crer em Jesus. Também não vejo ninguém ser agredido e morto simplesmente por ser cristão, não aqui no Brasil.

Leia também

  • Cristã imperfeita
  • Não sou criacionista

Livros que indico

São dois livros que li e que tem um pouco a ver com esse post e com a reconstrução de minha fé:

  • Jesus e as mulheres: o que Ele pensa de nós? – Sharon Jaynes
  • Submissa? – Fabiana Bertotti

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Filed Under: Blog, Opinião Tagged With: bíblia, cristianismo, divulgação científica, opinião, religião

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