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Não sorrir é uma defesa

11/11/2020 By Samantha 2 Comments

O que seria da internet sem os gatinhos com cara de bravo? Achei essa imagem ótima para ilustrar o texto. Gatinho cinza com cara de bravo e ao fundo uma parede de tijolinhos. Cortesia de Pixabay.

Quando publiquei o texto Mulheres Carrancudas, mostrei para algumas amigas e colegas. Elas gostaram, o que sempre me incentiva e me deixa bem contente. Teve uma moça que disse que meu texto é necessário, olha que massagem gostosa na ego, daquela que faz querer ser melhor. Essas leitoras vip me contaram muitas histórias absurdas e revoltantes de desrespeito e abuso. E em muitos casos, tudo começou porque a moça foi gentil ou simpática e com isso o cara pensou que poderia ultrapassar a barreira do respeito, como se houvesse algo que legitimasse o desrespeito.

Querida leitora, se você foi simpática com alguém e sofreu algum tipo de abuso ou agressão, eu não estou aqui para te culpar. A culpa nunca é sua, é sempre do agressor! Você é uma pessoa bondosa e doce e um sujeito podre se aproveitou disso.

Eu sou uma mulher com quase 40 anos que depois de ter sido feita de trouxa por homens e por algumas mulheres também, eu decidi fechar mais minha cara. Decidi sorrir menos, guardar meu sorriso apenas para quem merece de fato. E era sobre isso que eu falava no texto anterior. O que eu argumentava é que muitas mulheres se tornam aparentemente carrancudas ou “amargas” provavelmente porque sofreram com pessoas ruins ao longo da vida.

Sobre as histórias que minhas amigas e colegas contaram, tem de tudo. Uma contou que apenas desejou bom dia para um sujeito no lobby de um hotel e de noite o sujeito resolveu que seria uma boa ideia bater na porta dela solicitando uma intimidade. Ela precisou chamar a gerência do hotel para expulsar o cara da frente do quarto dela. Outra me contou que foi abusada dentro de um avião, quando o vizinho de poltrona colocou a mão na coxa dela. Outras relataram assédio em empresas onde trabalharam e esse assédio é mais acentuado com estagiárias. Eu mesma fui estagiária de uma empresa há muitos anos e a atenção masculina sobre mim era exagerada e cansativa. Porque cansa você ficar dizendo não para todo mundo que se aproxima com segundas intenções, seria muito melhor se simplesmente não se aproximassem. Até porque, dentro de um ambiente profissional esse tipo de coisa é o oposto do profissionalismo.

Há homens que acreditam que o feminismo destruiu qualquer possibilidade de flertar. Discordo. Na verdade o feminismo veio para expor homens que nunca souberam flertar e só nos fazem mal com sua insistência e grosseria. Não digo o feminismo como ideologia fechada, mas as ideias e discussões propostas pelo feminismo permitiram que a gente pudesse expor esse tipo de comportamento desrespeitoso e discutir mudanças.

Em uma das situações que relatei, a que o cara bateu na porta do quarto da minha conhecida simplesmente porque ela disse bom dia, temos uma total violação de espaço. Um sujeito razoável iria ouvir o bom dia e se ficasse interessado na moça, puxaria conversa, sondaria, chamaria para um drink, algo assim. No outro texto contei sobre uma amiga que foi perseguida na faculdade. Ora, se o sujeito estava a fim, era só puxar conversa, tentar fazer amizade, tentar ser agradável e quem sabe convidar para sair. Há etapas muito claras de aproximação com respeito. A questão é que somos constantemente desrespeitadas e há muitos homens mimados que não sabem ouvir e aceitar um não. Se a moça não quer, ela não está fazendo doce ou coisa assim. Se ela disser não querendo dizer sim, tonta é ela que não sabe se comunicar e manter qualquer tipo de relacionamento com uma pessoa assim não me parece uma boa ideia.

Não é não e pronto. Parta para outro flerte e vida que segue. Deveria ser assim, porque entender isso é simples demais.

Além de sofrermos com homens insistentes, ser sorridente e simpática faz com que muitos te considerem trouxa. Já cansei de fazer trabalho de graça, de me sobrecarregar e de ser tratada com desrespeito simplesmente porque “pareço ser boazinha”. Uma vez uma conhecida, professora, ouviu de sua coordenadora que ela deveria mostrar menos os dentes. Essa conhecida é bem sorridente e a coordenadora foi bem grossa mas no fundo estava dando um conselho importante: não pareça boazinha demais, os alunos aproveitam.

Vejam, não estou dizendo que a gente tem que chegar chutando bundas nos lugares. Ser educada e cortês é obrigação e não tem nada a ver com “ser fofinha”. E outra coisa, tudo que escrevo aqui é minha opinião. Eu apenas aprendi, com a idade (e posso ter aprendido errado), que a gente tem que ser mais firme e buscar ser justa. Porque ser boazinha é diferente de ser bondosa. A bondade tem a ver com justiça. E é realmente triste que esse mundo machista tenha feito tantas mulheres sorridentes se fecharem numa concha.

Por fim, não estou mandando ninguém parar de sorrir até porque não sou desse tipo de pessoa autoritária que acha que minha própria vivência e opiniões determinam qualquer coisa para todos. Eu estive conversando com uma amiga que diz que se recusa deixar de sorrir, mesmo tendo sofrido tanto na vida com machismo (e ela sofreu mesmo). Essa amiga consegue sorrir dizendo não e até sendo dura, é o jeito dela e ela é uma mulher incrível. O sorriso também pode ser um protesto, depende do ponto de vista.

Imagem: Pixabay

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Filed Under: Blog, Crônicas, Feminismo, Opinião Tagged With: feminismo, reflexões

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Comments

  1. Izabel Lima says

    11/11/2020 at 9:00 pm

    Já perdi as contas de quantas vezes fechei a cara para evitar situações como as que você descreve no texto.

  2. Samantha says

    11/11/2020 at 9:46 pm

    Não é?
    Eu jamais culparia uma moça que sofreu abuso porque “foi simpática demais”. Errado, sem nenhuma sobram de dúvidas, é o abusador. Mas a gente vai criando uma casca dura, deixando a doçura de lado, para evitar certas situações… E muitas vezes nem é garantia, acabamos sendo importunadas mesmo sendo sisudas.
    Obrigada pela visita. Bjinhos <3

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